quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O VÍDEO QUE PODE DERRUBAR JOAQUIM BARBOSA

DILMA: MENOR DESEMPREGO DA HISTÓRIA É SEU TRUNFO

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

DISCURSO DE DILMA EM DAVOS, SUIÇA


O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios, afirma Dilma


Dilma Rousseff discursa no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

"A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (24), em Davos, na Suíça, a uma plateia de empresários que participam do Fórum Econômico Mundial, que o Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios e que o país sempre recebeu bem o investimento externo, adotando medidas para facilitar ainda mais essa relação.

“O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios. Nosso sucesso nos próximos anos estará associado à parceria com os investidores de todo o mundo. O Brasil sempre recebeu bem o investimento externo. Meu governo adotou medidas para facilitar ainda mais essa relação. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade. Como eu disse até aqui o Brasil precisa e quer a parceria com o investimento privado nacional e externo”.

Dilma afirmou que um novo Brasil, menos desigual, está sendo construído mantendo a solidez dos compromissos macroeconômicos, onde a estabilidade é valor central. Aos empresários, ela garantiu que o país não transige com a inflação, mantém sob controle as despesas, tem um dos menores endividamentos públicos do mundo e respeita os contratos, além de apresentar um ambiente estável e atrativo aos investimentos.

A presidenta avaliou que um novo ciclo de crescimento econômico mundial está em fase de gestação e à medida que a crise vai se dissipando, um olhar mais atento sobre os países emergentes ganhará fôlego. De acordo com a presidenta, com uma estratégia de longo prazo focada na promoção dos investimentos, na educação e no aumento da produtividade, o Brasil sairá ainda melhor desta crise internacional.

Dilma alertou que é apressada a tese segundo a qual, depois da crise, as economias emergentes serão menos dinâmicas. Para Dilma, a saída definitiva dessa crise requer um enfoque que privilegie não apenas o curto prazo. Ela ressaltou ser natural que, em um ambiente de crise e contaminado pelos seus efeitos adversos, muitas avaliações acabem privilegiando só essa dimensão temporal.

“Nessa perspectiva, ainda que as economias desenvolvidas mostrem claros indícios de recuperação, as economias emergentes continuarão a desempenhar um papel estratégico. Estamos falando dos países com as maiores oportunidades de investimento e de ampliação do consumo”.

FONTE: Blog do Planalto

EXCELÊNCIA DO CONTROLE AÉREO BRASILEIRO EM MEGAEVENTOS É DESTAQUE EM MÍDIA EUROPEIA



Foto: FAB

"A reportagem de capa da revista da "Airspace Magazine", publicação oficial da "Civil Air Navigation Services Organization" (CANSO), órgão sediado na Holanda, publicou uma matéria de capa sobre a experiência bem sucedida do controle do espaço aéreo brasileiro durante a Rio+20, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude.

A publicação internacional ressalta que os grandes eventos registraram aumento médio de, aproximadamente, 18% no tráfego aéreo, mas que os controladores brasileiros foram treinados em simulações para uma elevação de até 30%.

Com o título “Brazil warms up for the 2014 Football World Cup" (Brasil se aquece para a Copa de 2014), a reportagem trata a experiência nos eventos anteriores como um treinamento para a Copa do Mundo, que deve trazer mais de 600 mil turistas estrangeiros ao Brasil.

Leia AQUI em inglês


FONTE: site "DefesaNet"

MAINARDI ("GLOBO") É MINHA ANTA

Mainardi é minha anta

Por Eduardo Guimarães



"Em 2007, o ex-colunista da revista Veja (hoje um dos apresentadores do programa Manhattan Connection, da Globo News) Diogo Mainardi publicou livro que surpreendeu o país por ter como título insulto ao então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que batia recordes sucessivos de popularidade e terminou seu governo com 80% de aprovação.

O livro “Lula é minha anta”, porém, segundo seu autor não questiona a inteligência do ex-presidente – e seria prova ainda maior de burrice se o fizesse –, pois cita o animal como “substantivo” e não como “adjetivo”.

Explico: Mainardi via Lula como “anta” no sentido de um animal a ser caçado, ou melhor, a ser cassado. Literalmente.

O título do livro teve origem em uma das colunas do sujeito publicada na Veja em 2005 sob o título “Uma anta na minha Mira”. No trecho do texto reproduzido abaixo, o autor explica a “razão” do insulto ao então primeiro mandatário do país.
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“(…) Passei o ano todo amolando Lula. Dediquei-lhe mais de trinta artigos. Prometi derrubá-lo em 2005. Fracassei. Prometo derrubá-lo em 2006. Chegaram a atribuir motivos ideológicos à minha campanha contra o presidente. Não é nada disso. Tentei derrubá-lo por esporte. Há quem pesque. Há quem cace. Eu não. Prefiro tentar derrubar Lula. Ele é minha anta. Ele é minha paca (…)”
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O ex-editor da "Editora Globo" Paulo Nogueira escreveu recentemente em seu blog, Diário do Centro do Mundo, que se tornou desafeto de Mainardi por ter dito que ele “vivia de Lula”, ou seja, que a única projeção real que obteve em sua carreira se deveu à caça que empreendeu ao petista ao longo dessa obsessiva campanha de três dezenas de artigos.

Alguém pode discordar do blogueiro do DCM?

Mainardi não conseguiu “derrubar” Lula em 2006 nem nos anos seguintes por uma simples razão: não é um homem de ideias, não faz críticas sérias a Lula, ao PT, a Dilma, aos governos petistas e ao país em que vive, o qual, aliás, ele detrata de uma forma que brasileiro algum pode aceitar.

Após recente polêmica em que esse indivíduo se meteu ao tentar – e não conseguir – humilhar a empresária Luiza Trajano, presidente da rede varejista Magazine Luiza, no programa de que participa na "Globo News", eclodiu nas redes sociais um outro texto dele, também de 2005, em que faz um pavoroso ataque a este país.

Sim, o Brasil tem muitos problemas – entre os quais sua classe política, suas instituições em geral, como ocorre em tantos outros países jovens como este –, mas o que Mainardi disse não deriva desses problemas, mas de um verdadeiro ódio que nutre não só ao país, mas ao seu povo.

Um trecho daquele texto hediondo esclarece tudo:
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“(…) Entre viajar para os Estados Unidos e rodar pelo Brasil, é muito mais recompensador viajar para os Estados Unidos. O potencial turístico brasileiro costuma ser grandemente superestimado. Jamais seremos uma meta preferencial dos estrangeiros. O país tem pouco a oferecer. Só desembarcam aqui os turistas mais desavisados. Ou então os que buscam sexo barato. O mundo está cheio de lugares mais atraentes que o Brasil. Da Tunísia à Croácia, da Indonésia à Guatemala. Temos muitas praias. Mas nosso mar é feio. Turvo. Desbotado. Com despejos de esgoto. Pouco peixe. Peixe ruim. Chove demais. Chove o ano todo. Não temos monumentos. Não temos ruínas arqueológicas. Nossas cidades históricas são um amontoado de casebres ordinários e igrejas com santos disformes. Não temos o que vender porque não sabemos fazer nada direito. Não temos museus (…)”
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É por proferir “pérolas” como essas que tanta gente, no Brasil, despreza Mainardi.

Aliás, a repulsa nacional a esse sujeito é tanta que post que publiquei nesta semana sob o sugestivo título “Diogo Mainardi paga mico na Globo News” bateu o recorde de audiência deste Blog, com mais de 32 mil pessoas que curtiram o texto no Facebook – até o momento em que escrevo (23/01), pois a “curtição” continua correndo solta naquela rede social.

O comportamento sociopático do "enfant terrible" em questão ecoa desde 1979, no período “black block” dele, quando, de relógio Rolex no pulso – filhinho de papai que era –, apareceu depredando uma agência bancária durante uma greve do setor (vide foto acima). A cena saiu em destaque na revista "Veja" (edição nº 576 de 19 de set. de 1979).

Ao longo da vida, essa anta (adjetiva) continuou praticando depredações. Depredou a boa educação, depredou o bom gosto, depredou – ou tentou depredar – a imagem de seu país, depredou a lógica, depredou o jornalismo, depredou a literatura, depredou a verdade e, no último domingo (19/01), depredou o programa 'Manhattan Connection'."


FONTE: escrito por Eduardo Guimarães em seu blog "Cidadania".

75% DOS BRASILEIROS ESTARÃO NA CLASSE MÉDIA ATÉ AS OLIMPÍADAS (2016)


Itaú prevê que 75% dos brasileiros estarão na classe média até 2016


Da "Folha" [jornal pautador do PSDB]

Em dois anos, 75% da população será de classe média, prevê Itaú

Por CLÓVIS ROSSI

Ricardo Villela Marino, executivo-chefe para América Latina do Itaú Unibanco, tocou música para os ouvidos do público de Davos, ao anunciar que 75% dos brasileiros estarão na classe média de hoje até 2016.

Classe média significa consumo, que significa bons negócios, e bons negócios são o que mais perseguem os executivos que compõem a principal clientela do encontro anual na cidade suíça.

Mas classe média numerosa tem uma vantagem adicional, política: "Uma classe média que se sinta parte da economia contribui para a estabilidade política", diz Rob Davies, ministro do Comércio e Indústria da África do Sul.

Um segundo efeito político foi apontado por Villela Marino, mas este é no mínimo polêmico: "Quando os pobres sobem para a classe média, o voto não está mais atado a benefícios sociais".

No Brasil, pelo menos, há inúmeros pesquisas que mostram que programas de inclusão social atam, sim, o voto aos governantes que os introduzem ou ampliam.

Por essas e outras razões, o tema classe média permeou duas das sessões de ontem do Fórum Econômico Mundial.

A previsão do executivo do Itaú impressiona ainda mais se somada aos dados que esgrimiu, depois, o ministro de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri: de 2003 a 2013, 54 milhões de brasileiros subiram para as classes A, B e C.

Se a nova classe média fosse um país, seria o 23º mais populoso, à frente da Espanha, compara Neri.

Como já havia 67 milhões na classe média, pelas contas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), tem-se que o Brasil está hoje com 121 milhões de pessoas -ou dois terços da população- na classe média.

Se a previsão de Marinho se confirmar, seriam 39 milhões de uma novíssima classe média, até chegar, portanto, aos 75% da população.

Pelos critérios da Secretaria de Assuntos Estratégicos, fazem parte da classe média (classe C) famílias com renda per capita de R$ 291 a R$ 1.019.

ARMADILHAS

O aumento da classe média, fenômeno mundial, mas particularmente forte na região da Ásia Pacífico, não traz apenas flores, constataram os debatedores.

Para Enrique García, presidente da Corporação Andina de Fomento (CAF), esse avanço pode provocar o que os economistas chamam de "armadilha da renda média". Traduzindo: os pobres têm um ganho de renda, mas estacionam no novo patamar e dele não conseguem sair.

Para essa armadilha, "o calcanhar de aquiles é a baixa qualidade da educação", diz o executivo da CAF.

Uma segunda questão é o pipocar de manifestações em inúmeras partes do mundo, em geral tendo como eixo a classe média (nova ou antiga).

Maurício Macri, prefeito de Buenos Aires e único candidato presidencial assumido para 2015, cunhou uma bela frase de efeito para se referir aos protestos: "Um pobre de hoje é rico em informação e milionário em expectativas". Logo, sai às ruas para cobrar dos governos.

Os debates não serviram, em todo o caso, para esclarecer o que, exatamente, é classe média. "É uma definição muito arbitrária", disse, por exemplo, o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo.

Neri preferiu brincar com uma antiga definição americana: classe média seria quem possui dois carros, dois cachorros e uma piscina.

Se é assim, a classe média dos EUA está minguando, disse Laura D'Andrea Tyson (Universidade da Califórnia, em Berkeley): "A classe média não se recuperou das grandes recessões".

FONTE: escrito por Clovis Rossi, na "Folha de São Paulo" [jornal pautador do PSDBe transcrito no blog de Luis Nassif no "Jornal GGN" [Trecho entre colchetes adicionado por este blog 'democracia&política'].

O STF VAI ABRIR O GAVETÃO TRANCADO POR JOAQUIM BARBOSA


O STF vai abrir o mais bem guardado segredo de Joaquim Barbosa

Por Luis Nassif



"Entre hoje e amanhã, o presidente interino do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski tornará publico o Inquérito 2474, o chamado “gavetão”, o mais bem guardado segredo do Ministro Joaquim Barbosa.

O “gavetão” é a peça originária do Inquérito 2245, que resultou no “mensalão”. Na ocasião, o relator Joaquim Barbosa cindiu o inquérito 2245 e as partes não aproveitadas se transformaram no inquérito 2474, aberto em março de 2007, que ele manteve sob segredo de Justiça.

Apesar de garantir que não haveria mais “gavetas” no STF, Joaquim Barbosa recusou-se a divulgar o conteúdo do inquérito.

Em 2011 deferiu pedido formulado pela defesa de Daniel Dantas, abrindo apenas a ele o inquérito (http://tinyurl.com/kgnobew). Mas negou a dois condenados do “mensalão” alegando que não teria nenhuma relação com a AP 470. No entanto, soube-se que laudos da Polícia Federal, que atestariam a participação de Daniel Dantas no financiamento de Marcos Valério, foram encaminhados para o Inquérito 2474, e não para o 2245. Assim como laudos que atestavam a aplicação dos recursos da Visanet em campanhas promocionais.

Ao dar publicidade ao Inquérito, Lewandowski permitirá que não apenas Dantas, mas todos os interessados possam conhecer seu conteúdo.
AS DÚVIDAS SOBRE A 2474

Há suspeita de que, ao excluir as contribuições de Dantas, atestadas por laudos da Polícia Federal, a PGR teria encontrado dificuldades em justificar o montante movimentado por Valério. Daí a razão de ter tratado como desvio os R$ 73 milhões da Visanet, ignorando laudos técnicos que atestavam a aplicação dos recursos em campanhas.

O PGR Antônio Fernando de Souzase fixou em um parágrafo do relatório de auditoria inicial do Banco do Brasil:

“A inexistência, no âmbito do Banco do Brasil, de formalização de instrumento, ajuste ou equivalente para disciplinar as destinações dadas aos recursos adiantados às agências de publicidade dificulta a obtenção de convicção de que tais recursos tenham sido utilizados exclusivamente na execução de ações de incentivo ao abrigo do Fundo”.

O relatório não nega a aplicação dos recursos. Apenas – dada a fragilidade dos relatórios – informava não ser possível assegurar que “foram utilizados exclusivamente nas ações de incentivo ao abrigo do fundo”.

O PGR Souza ignorou o “exclusivamente” e entendeu que o relatório atestava que a totalidade das verbas publicitárias da Visanet haviam sido desviadas. Posteriormente, aposentou-se e passou a trabalhar em um escritório de advocacia agraciado com um contrato gigante com a Brasil Telecom.

A divulgação do 2474 poderá ser de boa valia para Barbosa esvaziar boatos de que seu filho teria sido contratado por uma das empresas beneficiadas com recursos da Visanet, e cujo caso foi transferido para o “gavetão”. Ou de que o Banco Rural teria feito com a TV Globo operações semelhantes às que fechou com o PT."

FONTE: do blog de Luis Nassif no "Jornal GGN".

O PREÇO DA GASOLINA

Do Blog "Fatos e Dados", da Petrobras:

Confira nosso card e entenda como é feita a composição de preço da gasolina.


Você também pode obter mais informações sobre combustíveis no site da Petrobras Distribuidora.




FONTE: blog "Fatos e Dados", da Petrobras

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

MÉDICOS BRASILEIROS REPROVADOS EM EXAMES BANAIS


Conselho “reprova” 60% dos formandos em medicina. Mas não eram os estrangeiros os incapazes?


Por Fernando Brito




Saíram os resultados do exame de suficiência aplicado pelo Conselho de Medicina de São Paulo.

59,2% dos mais de 2.843 médicos formandos foram reprovados por não terem atingido 60% de acertos nas questões oferecidas, resultado pior do que o de 2012, quando 54,5% não atingiram o índice esperado.

Pediatria foi a área de pior desempenho: a média não atingiu mais que 47% de acertos entre os médicos formados em São Paulo.

Boa parte das questões pediátricas foram as de pior índice de acerto:

Transcrevo, sem alterações, o documento do próprio Cremesp:

Questões que tiveram baixa proporção de acertos podem revelar a falta de conhecimento dos participantes na solução de eventos frequentes no cotidiano da prática médica. Muitos daqueles que participaram do Exame do Cremesp de
2013 demonstraram desconhecer o diagnóstico ou tratamento adequado de situações comuns e problemas de saúde frequentes, como pneumonia, tuberculose,hipertensão, atendimento em pronto-socorro, dentre outros. A seguir, alguns exemplos de questões com alto índice de erro:
71% erraram qual é o ganho ponderal (em kg); crescimento de perímetro encefálico e de comprimento (ambos em cm) esperados em criança no primeiro e no segundo ano de vida: primeiro ano (7 kg; 12 cm. e 25 a 30 cm) e segundo ano(2,5 Kg; 2cm e 10 a 12 cm).
67% erraram, no atendimento a menino de 8 anos, qual é o agente causador de tosse gradualmente progressiva num período de duas semanas: Mycoplasma pneumoniae.
68% erraram o fato de que a bronquiolite tem seu pico de incidência em crianças entre 3 e 6 meses de idade.
67% não souberam afirmar que o grau de redução da pressão arterial é o principal fator determinante na diminuição do risco cardiovascular em paciente hipertenso"
.

Nenhum desses médicos deixará de ter o registro concedido pelo Conselho.

Muitas de suas deficiências serão supridas na residência médica, pela prática e pelo tempo.

Mas existe uma que, infelizmente, não foi medida na prova e não vai ser corrigida, ao contrário, tende a piorar.

O desinteresse pelo paciente e o mercantilismo com que se observa a saúde.

O resultado do exame do Cremesp não é razão para debochar ou desmerecer estes médicos, dos quais o país e as pessoas precisam.

É razão, sim, para olharmos o que está se tornando a medicina.

Quando os dirigentes da categoria parecem mais assustados com a chegada de médicos para atender pessoas que estão abandonadas e às quais os médicos brasileiros – nem mesmo os novos, recém formados – querem ir atender do que com mais da metade dos formandos não saber que reduzir a pressão arterial diminui o risco cardíaco num hipertenso, há algo muito mais sério que esta surpreendente ignorância.

Porque a ignorância se supre, com esforço. Um esforço que muito raramente vemos existir, infelizmente.

Mas a indiferença, o mercantilismo e a desumanidade, nem com muito esforço."

FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço"

HÁ ALGO DE PODRE NO STF

Por Fábio de Oliveira Ribeiro

Há algo de podre nos corredores do palácio do Supremo Tribunal Federal

"O julgamento do Mensalão petista foi o maior espetáculo judiciário de 2013. Ninguém pode discordar dessa proposição. A discordância só se dá em relação ao resultado do processo. Alguns juristas, poucos e irrelevantes, consideraram as condenações rigorosamente justas. Vários juristas de peso, como Celso Antonio Bandeira de Mello, Ives Gandra Martins e Claudio Lembo, para citar apenas alguns, criticaram bastante o STF em razão dos equívocos técnicos e violações a princípios constitucionais praticadas pelos Ministros do STF.

Acompanhei o julgamento e estou convencido de que os petistas foram condenados sem provas, por suspeita, com o uso distorcido da "teoria do domínio do fato", porque a literatura supostamente permite e em razão de não terem provado sua inocência. Sustentei que há semelhança entre o julgamento do Mensalão petista e o resultado da Devassa que condenou o inconfidente Tomás Antonio Gonzaga injustamente ao degredo:

http://www.bresserpereira.org.br/terceiros/2012/novembro/12.11.Mensal%C3%A3o_e_Inconfid%C3%AAncia.pdf

A decisão proferida pelo STF, porém, é válida e produzirá efeitos enquanto não for revogada. É obvio um Tribunal não deve se preocupar com a popularidade de suas decisões. Mas também me parece óbvio que a rebeldia manifesta pela população em relação a condenação de José Genoino é um fenômeno importante que merece ser avaliado com cuidado.

Até a presente data José Genoino foi o único condenado do Mensalão a pagar a vultosa multa lhe imposta pelo STF. Os recursos para o adimplemento da obrigação foram obtidos através de doações voluntárias feitas ao condenado. Uma rede de solidariedade foi criada através da internet e rapidamente levantou a elevada quantia necessária. Delúbio Soares, outro condenado no Mensalão, seguiu o exemplo de Genoino e conseguiu arrecadar 30 mil reais em um único dia. Portanto, é evidente que a Justiça que a população está a fazer é diferente daquela que foi feita pelo STF. Este conflito velado entre a cúpula do Judiciário e uma parcela da sociedade brasileira evocou em mim a tragédia shakespeariana.

Em Hamlet uma representação teatral do homicídio cometido pelo tio/padrasto do protagonista desencadeia nele a consciência de culpa e um desejo assassino. Mas o adversário do príncipe da Dinamarca não sobrevive para desfrutar o poder conseguido de maneira infame. "O resto é silêncio."

No caso de José Genoino a condenação proferida pelo STF é sofrível. Não há prova de que ele tenha participado de um esquema criminoso, a menos que se considere crime participar de reuniões e atividades político-partidárias. Genoino foi condenado por corrupção, mas não tirou qualquer proveito pessoal do suposto esquema de lavagem de dinheiro. Consta do Acórdão proferido pelo STF que, em razão de ser presidente do PT, José Genoino conhecia ou deveria conhecer a existência de uma organização criminosa gerindo recursos obtidos de maneira ilegal dentro do seu partido. Um pouco adiante, na mesma decisão, o STF condenou José Dirceu porque ele (e não Genoino) era o verdadeiro "chefe" do PT e da operação criminosa. A contradição entre estas duas proposições é evidente e o resultado um absurdo: Genoino foi condenado porque chefiava o PT e porque não o chefiava (já que quem fazia isto era o co-réu José Dirceu).

Havia algo de podre no reino da Dinamarca e as suspeitas de Hamlet foram estimuladas pela aparição do fantasma de seu finado pai. Nos luxuosos corredores do STF também há algo de podre. Afinal, os diretores das empresas de comunicação que receberam o dinheiro criminoso petista para fazer propaganda (Rede Globo, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e Abril Cultural, para citar algumas que foram mencionadas pelo Ministro Ricardo Lewandowski em seu voto) não responderam pelos mesmos crimes (apesar da evidente co-autoria).

Neste contexto, o pagamento da multa imposta a José Genoino pela população brasileira se assemelha bastante à representação do homicídio cometido pelo Rei Cláudio dentro da peça Hamlet. Afinal, como a peça dentro da peça, o ato de rebeldia da população também revela uma injustiça fundamental. A peça encenada a mando de Hamlet faz o Rei Cláudio tomar consciência de seu crime. O ato da população fará o STF perceber o crime cometido contra os réus do Mensalão petista?

O STF não deve temer proferir decisões impopulares. Mas ai daquele Tribunal que proferir decisões injustas atraindo contra si o ódio de toda uma população. Pois como Hamlet, a população também é capaz de se vingar apesar da hesitação."

FONTE: escrito por Fábio de Oliveira Ribeiro no blog de Luis Nassif no "Jornal GGN".

MARINHA DESENVOLVE MÍSSIL ANTINAVIO


Do Poder Naval

Omnisys e Marinha celebram conclusão do modelo funcional do radar autodiretor do míssil antinavio MANSUP



ENGENHEIROS DA EMPRESA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO RECEBEM COMITIVA DE ALMIRANTES PARA APRESENTAR O PROJETO

"São Bernardo do Campo, 22 de janeiro de 2014 – A Omnisys, empresa brasileira de altíssima tecnologia sediada em São Bernardo do Campo (SP), apresentou à Marinha do Brasil o resultado da conclusão com sucesso dos testes do modelo funcional do "Seeker" do míssil antinavio MANSUP, cuja tecnologia foi inteiramente desenvolvida no Brasil. A conquista foi celebrada em um evento realizado na sede da Omnisys. O evento foi prestigiado pelo Prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, por comitiva da Marinha formada pelo Almirante-de-Esquadra Luiz Guilherme de Sá Gusmão, Diretor Geral do Material da Marinha, Vice-Almirante Alípio Jorge Rodrigues da Silva, Diretor do Sistema de Armas da Marinha, e Vice-Almirante Ronaldo Fiuza de Castro, Gerente do Projeto de Desenvolvimento do míssil nacional superfície-superfície.da Marinha, e profissionais do setor de Defesa.

A Omnisys tem orgulho de ter sido escolhida como a empresa responsável por esse sistema tão importante e complexo. Trata-se de um desenvolvimento inédito onde utilizamos as diversas áreas da engenharia no seu mais alto grau de complexidade para obtenção de um produto, cujo principal objetivo é garantir a soberania do nosso país, bem como avançar rumo à nossa independência tecnológica”, destaca Edgard Menezes, presidente da empresa.

A nossa engenharia de desenvolvimento é muito forte, haja visto os diversos sistemas já desenvolvidos como, por exemplo, os rastreio óptico e monitoramento do espectro eletromagnético (para o Centro de Lançamento de Alcântara), o MAGE Defensor (em parceria com o IPqM) e o Sistema de Controle da Máquina do Leme (para a própria Marinha), entre muitos outros. Com o Seeker, damos um salto qualitativo significativo, que coloca a Omnisys numa posição de vanguarda. Além disso, deixa a empresa pronta para participar dos próximos desafios que virão com o avanço das ações atualmente em curso na área de Defesa do Brasil. Nosso maior orgulho é produzir tecnologia nacional por cérebros e mãos brasileiros”, completa.

Segundo o Almirante Gusmão, a Marinha está muito satisfeita por ter vencido mais essa etapa e, também, pela Omnisys ter conseguido realizar esse grande feito. O Prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, falou sobre a importância do projeto para o desenvolvimento da área de defesa da região.

A conclusão da aplicação dos testes funcionais comprovou que todos os módulos do 'Seeker" (transmissor, receptor, servomecanismo/antena e processamento) já funcionam perfeitamente de forma individual. Considerando que os módulos foram desenvolvidos localmente pelos engenheiros da Omnisys o evento marca um grande passo para o desenvolvimento da indústria de defesa nacional.

Sobre o Seeker

Responsável pela guiagem do míssil na fase final de proximação do alvo, o Seeker é um dos mais complexos e sensíveis equipamentos do ponto de vista de segurança da informação de todo o projeto MANSUP da Marinha do Brasil. Inicia-se agora a fase de integração do radar, onde todos os módulos serão colocados para operar de maneira conjunta já respeitando o formato final do produto.

Ter o domínio dessa tecnologia garante ao Brasil mais independência tecnológica em relação aos países mais desenvolvidos e, consequentemente, preserva a soberania brasileira, protegendo o nosso território e as nossas riquesas”, explica Menezes.

Sobre a Omnisys

A Omnisys é uma empresa brasileira de altíssima tecnologia, sediada em São Bernardo do Campo (SP), afiliada à Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE). Fundada em 1997, a Omnisys foi uma das primeiras empresas de engenharia eletrônica brasileira a fornecer soluções de alta tecnologia para aplicações civis, militares e espaciais não apenas para o Brasil, mas também para outros países da América Latina, Europa e Ásia. A Omnisys tem competência técnica e gerencial em áreas estratégicas de aplicação civil e militar tais como defesa aérea e controle de tráfego aéreo, guerra eletrônica naval e, no mais alto grau de desenvolvimento tecnológico, áreas espaciais e de aviônicos, além da prestação de serviços. www.omnisys.com.br."

FONTE: do "Poder Naval"; transcrito no blog de Luis Nassif no "Jornal GGN"

"The New York Times": "BRASIL TEM RESPOSTA PARA A DESIGUALDADE"


Deu no "The New York Times": Brasil tem resposta para desigualdade
Foi preciso que um jornalista com visão limpa viesse do exterior, exatamente dos Estados Unidos, para informar aos brasileiros o óbvio ululante.

Por José Carlos Peliano



Colunista sênior do "The New York Times", Joe Nocera, escreveu sobre o Brasil na segunda feira agora, dia 20, apontando a surpresa que lhe despertou a cidade do Rio de Janeiro. Muniu-se de mais informações após sua viagem de volta aos Estados Unidos, reunindo-se com alguns economistas para procurar entender o que se passava com o país em particular onde se apoiavam seus pilares econômicos.

Chamou-lhe a atenção, o que os brasileiros já sabiam, a variedade de boas lojas em bairros como Ipanema e igualmente a quantidade de pobreza nas favelas ao redor. Segundo ele, para os visitantes, saltava aos olhos o número de cidadãos de classe média pelas ruas em meio aos carros por todos os lados e o tráfico congestionado. Por não ser ilusão o que via, passou a acreditar que tudo aquilo era sinal de uma classe média emergente. As pessoas tinham dinheiro para comprar carros.

Foi preciso que um jornalista com visão limpa viesse do exterior, exatamente dos Estados Unidos, país cuja cultura nos é bem conhecida, para informar aos brasileiros o óbvio ululante, salve Nelson Rodrigues, já que os profissionais dos nossos jornalões e televisões de plantão não informam por não saberem ver ou não conseguirem enxergar.

Se tivesse dito só isto já era o suficiente para mostrar que as mídias sociais, baluartes modernos da resistência informativa, veem como ele o país. Mas suas observações foram mais carregadas ainda de tinta ao destacar a queda na desigualdade de renda na última década, os recordes atuais do baixo desemprego e a saída da pobreza de cerca de 40 milhões de pessoas. Por fim, ainda assinalou que, embora o crescimento do produto tenha reduzido, a renda per capita continua a subir.

Já os economistas reunidos com ele relativizaram as conquistas. Disseram que a boa forma da economia brasileira tem voo curto a despeito dos ganhos obtidos.

Estariam faltando ganhos em produtividade para sustentar a volta dos investimentos. O baixo desemprego dos que querem trabalhar seria porque, enquanto a economia cresce pouco e com eficiência contida, o Estado compensa incentivando o consumo com programas sociais. Para eles o país teve mais sorte do que sucesso.

Não é sorte, embora os santos possam ter ajudado! Com a retração dos investimentos, apesar do esforço e incentivo do governo, a estratégia de expansão do consumo foi estabelecida para segurar a economia, mesmo a crescimento baixo, exatamente nesses anos de vacas magras desde o início da crise financeira mundial com a quebra do Lehman Brothers. O Brasil foi um dos poucos países que suportaram o baque, outros entraram em recessão ou mais leves ou mais graves, todos eles fazendo o dever de casa imposto pelas autoridades financeiras mundiais de ajustar e pagar suas dívidas públicas e privadas, desviando os olhos dos impactos sociais. Pois então, enquanto o Brasil cresce devagar, a economia mundial não conseguiu ainda se levantar.

De fato, o viés de consumo da política econômica é opção do governo que deu certo interna e externamente. Aqui, liderado pelos programas sociais somam-se outras medidas complementares, entre elas, correções maiores que a inflação no salário mínimo, aposentadorias e pensões e repasses parciais à gasolina dos aumentos de custos. Lá fora, os economistas com ele reunidos não viram: o próprio governo dos Estados Unidos e a ONU se interessaram pelo Programa Bolsa Família e pretendem implementá-lo para reduzir o desemprego, melhorar a renda familiar e sustentar o consumo. Joe Nocera destaca o papel do programa e compara seu êxito com a recusa do Congresso americano em melhorar o seguro desemprego e outros programas sociais naquele país.

Do lado do investimento, os economistas se esqueceram de mencionar que há muitas fichas apostadas na expansão e modernização da infraestrutura e na exploração do pré-sal não só pelos efeitos produtivos diretos, mas também pelos efeitos indiretos. Um forte incentivo e impulso do complexo industrial são esperados, o que tem tudo para promover a volta de novos projetos e a expansão de muitas plantas industriais existentes. Seguras e concretas alternativas brasileiras mesmo diante da crise mundial que arrasta as economias dos países.

Ao contrário do Brasil, o jornalista afirma que a produtividade americana voltou a crescer, mas apesar disso o desemprego não desce dos 7% e a classe média aos poucos perde posição social (em parte por conta de não serem distribuídos melhor os ganhos de produtividade). Diz taxativamente que a desigualdade de renda é um fato na vida dos Estados Unidos e ninguém tem sido capaz de fazer alguma coisa a respeito. Será que no fundo querem seguir a receita desandada do Brasil de esperar o bolo crescer para distribuir algumas migalhas?

O objetivo do governo atual e dos dois anteriores no Brasil foi exatamente garantir o desenvolvimento com a melhoria das condições de vida da população, em especial dos mais pobres; os Estados Unidos querem o desenvolvimento a qualquer custo. Infelizmente só o jornalista americano consegue entender isto, parabéns!, os nossos da grande mídia não."

FONTE: escrito por José Carlos Peliano no site "Carta Maior"

A BANALIZAÇÃO DA HISTÓRIA DO BRASIL


A banalização da história

Por Emir Sader
"Há algum tempo, passaram a proliferar livros de história no Brasil e telenovelas que esvaziam de conteúdo a história, transformando-a em episódios banais.



Para Marx, a História é a única ciência social, não porque exclua as outras, mas porque as integra. A Historia não é historiografia, a visão redutiva dos fatos, das datas, dos personagens.

Historicizar um fenômeno é entender como ele foi gerado, em todos os seus aspectos - economico, social, politico, cultural -, como ele se reproduz – conforme suas dimensões objetivas e subjetivas - e como ele foi ser transformado. Em suma, como se produz a historia humana e como os homens, que produziram, inconscientemente, suas condições de existência e sua própria consciência, podem transformá-la, transformando-se a si mesmos.

Historicizar é desnaturalizar, descontruir toda forma de fatalismo, de aceitação da realidade como ela é. É encontrar os fios que articulam a realidade, para poder influenciar na sua transformação, pela prática concreta e pela consciência humana que, transformada em força material, adquire capacidade de modificação, de humanização do mundo.

Há algum tempo, passaram a proliferar livros de “história” no Brasil, num país tão “sem história”, tão desacostumado a pensar a sua história, tão pouco convidativa que ela parece ser, como foi ensinada na escola.

Recontar, como se fosse telenovela, episódios como a chegada da monarquia portuguesa ao Brasil – fugindo das tropas napoleônicas – a própria proclamação do pacto de elite pelo qual a independência não introduzia a República no Brasil, mas uma monarquia, e outros episódios como esses. Querem passar a impressão que estão impregnados de história, na sua forma mais tradicional – estudo do passado.

Relatam, mas não explicam nada. Nenhum desses episódios permite entender o que foi o colonialismo no Brasil, como a exploração do país se apoiou em trabalho escravo. Os dois pilares indispensáveis para entender a história do Brasil, segundo o seu maior historiador, Caio Prado Jr., estão ausentes: o colonialismo e a escravidão, que nos fundaram como país e se tornaram elementos indispensáveis para compreender o país, estão ausentes. Os personagens parecem representar a si mesmos e não a interesses históricos que os transcendem.

Desmoralizam ao invés de reivindicar a história. Vulgarizam ao invés de aprofundá-la. Servem para vender livros e a ilusão de que os incautos que os compram e os leem estão se ilustrando e adentrando na história do país.

Naturalizam ao invés de historicizar, esvaziam de conteúdo histórico os episódios, para transformá-los em banais episódios factuais, protagonizados por personagens de teatro e não por encarnações de relações sociais. Uma operação contra a história como método de desalienação, de compreensão do mundo, em nome da história."

FONTE: escrito pelo cientista político Emir Sader no site "Carta Maior"

CRESCIMENTO DA PETROBRAS NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Do blog "Fatos e Dados", da Petrobras

Confira nosso crescimento nos últimos dez anos

"Entre os anos de 2003 e 2012, nossa receita cresceu 193,89%. No mesmo período, nossos ativos tiveram um incremento de 397,46% e nosso patrimônio líquido aumentou 599,72%. Confira:



COMPLEMENTAÇÃO


O sucesso geológico do pré-sal no último ano foi de 100%. Todos os poços exploratórios perfurados em 2013 acusaram presença de hidrocarbonetos. Esse resultado sustenta o planejamento da produção futura das áreas do pré-sal.

Registra-se que a produtividade dos poços do pré-sal no Brasil está entre as mais altas do mundo. Para se ter uma ideia, essa produtividade, no Mar do Norte, é de até 15 mil bpd; e no Golfo do México, até 10 mil bpd. Nos campos de Lula e Sapinhoá, essa produtividade oscila entre 25 mil e 30 mil bpd.


FONTE: blog "Fatos e Dados", da Petrobras.

FHC: "MENSALÃO TUCANO FOI APENAS CAIXA DOIS"




Recordando: MINISTRA CARMEN LÚCIA (STF/TSE) NO CASO DO PT: "CAIXA 2 É CRIME, E GRAVE" 

Do "Brasil 247"

"Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) diz que episódio que ocorreu na campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo, em 1998, em Minas Gerais, não se compara ao chamado “mensalão do PT” porque “foi, eventualmente, desvio de recursos para campanha eleitoral e não compra sistemática de apoio para o governo no Congresso”. Sobre o propinotudo em SP, ele vê manipulação política por falta de provas contra o PSDB, sem citar suspeita de suborno da Alstom a Andrea Matarazzo, que arrecadou milhões para a própria reeleição de FHC. Quanto ao PT, diz que torce para qualquer candidato que derrote Dilma Rousseff e que “Lula, de botar tanto poste sem luz, pode acabar escurecendo o Brasil”.

No momento em que o mensalão tucano começa a prescrever [por artimanhas na Justiça de engavetamento e postergação sine die do julgamento] para pivôs do esquema, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconhece que o caso foi “apenas caixa dois” do PSDB.

Em entrevista ao blog de Josias de Souza, FHC diz que episódio que ocorreu na campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo, em 1998, em Minas Gerais foi diferente do chamado mensalão do PT, que terminou com a prisão de dirigentes do partido como José Dirceu e José Genoino: “No caso de Minas Gerais, na época, eu fui dos poucos que disse que era preciso uma explicação. Agora, vamos qualificar. O que houve em Minas Gerais foi o que o Lula disse que era natural. Foi, eventualmente, desvio de recursos para campanha eleitoral. Não é perdoável, mas é diferente do mensalão. O mensalão foi compra sistemática [ainda não provada] de apoio para o governo no Congresso.” FHC disse esperar que o STF julgue o caso com o mesmo rigor que aplicou no julgamento da ação penal 470.

Ao ser questionado sobre o propinoduto, outro escândalo tucano em gestões do partido em São Paulo desde Mario Covas (1998), o ex-presidente também cobrou investigação, sem, no entanto, citar o vereador Andrea Matarazzo, que arrecadou milhões para a própria reeleição de FHC. Influente nome do PSDB-SP, ele foi citado em depoimento da Siemens e da Alstom como um dos beneficiários do pagamento de propina para garantir contratos de trem e metrô em SP. “Acho que tem que ser apurado. Se trata de surborno, parece óbvio, de funcionários. Qual é o elo disso com o governador ou com o partido? Eu não vi nem indício. É corrupção, é condenável, mas não foi para o PSDB. Não apareceu, pelo menos até hoje, nenhum dado que diga: esse dinheiro foi usado pelo PSDB. Não foi. É outra coisa. É corrupção, condenável. O PSDB tem que explicar isso. Roubou? Vai pra cadeia. Mas acho que no caso de São Paulo está havendo manipulação política…”.

Sobre as eleições de 2014, FHC diz torcer para qualquer candidato que derrote a presidente Dilma Rousseff, Aécio Neves (PSDB) ou Eduardo Campos (PSB): “Não estou pensando partidariamente, estou pensando historicamente. Está na hora. O Brasil precisa arejar”. Para ele, a população está sentindo que está na hora de mudar. “Essa eleição só será ganha pela oposição se alguém da oposição, seja quem vier a ser, tiver coragem de dizer as coisas como elas são, com simplicidade.

Ele diz que, depois dos “postes” Dilma e Fernando Haddad, ele não receia que o ex-presidente Lula consiga fazer de Alexandre Padilha governador de São Paulo: “Eu tenho receio de outra coisa. Que o Lula, de botar tanto poste sem luz, acabe escurecendo o Brasil. É preciso evitar isso”.

FONTE: jornal online "Brasil 247" [Subtítulo e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política']

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Artigo do Comandante da Aeronáutica; "MUDAR OU LAPIDAR?"


"Brilhante não é uma pedra. É um estilo de lapidação criado há mais de trezentos anos e usado em várias gemas.

Como o estilo é utilizado, principalmente, na lapidação do diamante, o termo é usado impropriamente, mas com frequência, como sinônimo de diamante.

Assim, como toda pedra que requer um bom artífice para deixá-la cada vez mais reluzente, a Força Aérea Brasileira vai percorrendo a sua vida, agregando as experiências do passado, adequando-se aos cenários vivenciados, de maneira a estar cada vez mais radiante no futuro.

Hoje, 20 de janeiro de 2014, a Força Aérea Brasileira completa 73 anos de criação.

Em apenas dois anos vamos comemorar a marca de 75 anos de existência: “Bodas de Brilhante”.

Talvez, para seres humanos, 73 ou 75 anos sejam muito tempo. Todavia, para uma Instituição do Estado, ainda é pouco.

É um período de tempo suficiente para podermos falar de heroísmo, tradições, legado e história. Mas, antes de lembrarmos tudo o que foi feito até hoje, devemos sempre nos recordar de como foi o nascimento da Força Aérea Brasileira: durante a Guerra.

Esta Instituição tem no seu nascedouro a marca de “cumprir a missão”. Personalidades como Eduardo Gomes e Nero Moura precisaram quebrar paradigmas, romper tradições e superar desconfianças para atingirem o único propósito que perseguiam: “cumprir a missão”. Em nome desse simples ideal

- transformar um conflito em vitória - esses homens ajudaram não apenas a estruturar a Força Aérea Brasileira, mas a criá-la.

Naquele tempo, nosso desafio era triplo. Precisávamos defender nosso litoral da ameaça dos submarinos hostis, estruturar o então Ministério da Aeronáutica e, numa prova de que a Força existia para valer, organizar um contingente para treinar, se aperfeiçoar e lutar como um esquadrão de combate na Itália.

É incrível, passados quase 75 anos, pensar em como uma instituição ainda no seu nascedouro conseguiu ser tão bem sucedida com tantos desafios em tão pouco tempo!

No pós-guerra, a Força Aérea Brasileira já era outra.

Nossas diversas aviações haviam atingido sua plena operacionalidade e era o momento de avaliar quais seriam as missões a cumprir em tempo de paz.

Uma mudança de caráter tão somente nominativo, contudo, merece ser lembrada: foi em 1947 que o então Ministro Armando Figueira Trompowsky de Almeida aprovou uma política de reorganização das nomenclaturas das
unidades da FAB.

Podemos imaginar, hoje, quão forte era o espírito de mudança daquela época!

Praça de 1906, O Ministro Trompowsky, cujo nome batiza o campo de aviação onde está a Base Aérea do Galeão, foi formado na gloriosa Marinha do Brasil, tornando-se um homem do azul da Aeronáutica. A mudança foi desde a sua farda até a maneira como deveria encarar o papel da Força que

comandava. Sorte da FAB, ao nascer, receber não só aeronaves e bases, mas também homens como o Marechal Trompowsky.

Como Ministro da Aeronáutica, ele percebeu que era o momento de repensar como a FAB ocuparia o território brasileiro. Uma das principais mudanças seria a designação das unidades. O Brasil foi dividido em grupos de aviação de acordo com o critério geográfico.

Foi assim que, em março de 1947, o 1° Grupo de Aviação de Caça foi designado 1°/9° Grupo de Aviação, uma decisão que parecia lógica, mas que gerou tantas inquietações que foi revertida em 1949 após tamanha insatisfação.

Se tal desistência de reorganização trouxe um legado, certamente foi a "salada de frutas" do que é a designação das unidades da FAB. Curioso o caso da aviação de asas rotativas, que tem o seu 7°/8° GAv sem a existência do 4° ou do 6° Esquadrão do 8° Grupo de Aviação. Já o 10º Grupo, com seu 1º e 3º Esquadrões componentes da nossa aviação de caça, tem o seu 2º Esquadrão especializado em busca e salvamento.

É, em nome da tradição, que nossas unidades são designadas com uma lógica que só se faz ser vista com uma boa consulta na história. Como se a afetividade fosse maior que a vida real, vamos, assim, nos emaranhando em uma série de pensamentos voltados para o passado.

Como seria se homens como Trompowsky, Eduardo Gomes e Nero Moura tivessem se prendido às tradições e costumes ao invés de terem foco nos desafios que enfrentavam?

Dando um salto na história para a década de 70, temos outro caso notório de inovação que devemos seguir. A chegada dos então Mirage III, à época os caças mais modernos da FAB, não atendeu aos anseios de reequipamento de unidades de caça tradicionais. Alinhou-se, sim, ao pensamento bem desenvolvido de quem imaginou que essas aeronaves deveriam defender o Brasil a partir de outra Base e com uma nova doutrina de emprego.

Assim como a velocidade proporcionada pelas hélices e pelas turbinas a jato, a FAB também encara uma realidade em rápida mutação. Aquilo que era imprescindível há poucos anos pode, muito em breve, ser dispensável. Aquilo inimaginável pode ser prioritário em pouquíssimo tempo.

Mas esse dinamismo, essa aceitação de mudança que marcou o início da gloriosa história da Força Aérea Brasileira, parece ter arrefecido com o decorrer dos anos. Não temos dúvidas que somos, com muito orgulho, filhos da Marinha e do Exército brasileiros. Mas, com serenidade e respeito aos nossos pais, temos que buscar as nossas próprias características, evitando nos tornarmos aquele jovem que às vezes insiste em evitar encarar os desafios da vida, continuando "na casa dos pais".

Ao analisar a localização de nossas unidades, constatamos que nos vemos presos a uma estratégia elaborada na época da Segunda Guerra Mundial. Das dezoito Bases Aéreas hoje ativas, apenas cinco não remontam ao período da criação da Força Aérea Brasileira ou mesmo anteriormente. Brasília, Anápolis, Manaus, Boa Vista e Porto Velho foram frutos de uma política que vê o Brasil como algo bem maior do que o seu litoral, que enxerga a Amazônia como uma riqueza a ser explorada, um torrão estratégico a ser defendido.

Abrir novas frentes, obviamente, significa redimensionar a Força de acordo com as suas necessidades. Há o exemplar caso do 1°/5° Grupo de Aviação, que acaba de sair da Base Aérea de Fortaleza, “regressando” para a Base Aérea de Natal.

É fato que deixar a bela capital alencarina é uma pena para todos os envolvidos, mas quando analisamos claramente o sentido da mudança percebemos como ela foi importante!

Fortaleza já não é mais a pequena vila onde a Base foi instalada nem a cidade tranquila onde gerações de pilotos de caça foram forjadas. Com um aeroporto internacional movimentado, Fortaleza passou a não ser uma localidade indicada para determinadas fases do curso de formação de pilotos da aviação de transporte: em determinado período era necessário deslocar para outras cidades, como Parnaíba (PI), para garantir a segurança necessária às operações.

O custo envolvido em uma simples operação dessa não é pequeno - sobretudo quando pensamos que estamos falando de uma unidade aérea com dezenas de estagiários por ano!

Além disso, eles também precisam realizar o curso de Tática Aérea em Natal, durante longos três meses, o que agrega ainda mais custos na formação desses aspirantes e jovens tenentes.

Foi nesse cenário que Natal, distante menos de 600 km e com as mesmas vantagens climáticas, apresentou-se como a localidade ideal para voltar a sediar aquela unidade. Com uma infraestrutura ampla, a Base Aérea de Natal brevemente ficará com o total uso das três pistas de pouso daquele campo de aviação, quando o novo aeroporto internacional da capital potiguar for inaugurado.

Retirar o Esquadrão Rumba da Base Aérea de Fortaleza (BAFZ) para Natal foi interpretado por vezes como uma grande lástima, pelos mais diversos motivos, muitos desprovidos de informações precisas. Contudo, quando analisamos claramente os fatores envolvidos, vemos que esta foi uma decisão não apenas lógica, mas tão necessária que até lamentamos não ter sido tomada anteriormente.

O Rumba já ocupa o prédio onde até 2010 estava sediado o Esquadrão Pacau, anteriormente baseado em Fortaleza e agora responsável pela defesa do espaço aéreo na região Norte a partir da Base Aérea de Manaus. Ao lado da ida do Esquadrão Poti para Porto Velho, saído do Recife, esse é um caso que merece nossa atenção.

É fato que o Pacau possuía suas tradições, sua história e sua simpatia pelas cidades de Fortaleza e de Natal. Por mais que haja inevitáveis comentários sobre as condições de operação no Norte - uma natural adaptação à mudança - é difícil encontrar alguém que não concorde que se tratou de uma alteração benéfica para a FAB. Foram necessários quase 70 anos de história para termos um único esquadrão de jatos na Amazônia! Já era hora!

Surpreende, contudo, a reação. A mudança do Rumba para Natal movimentou pouco mais de cem militares de um efetivo de mais de mil que ainda atuam na BAFZ, onde permanece a manutenção dos Bandeirantes. Mas a simples menção à mudança gerou denúncias à imprensa, aos políticos,
à entidades de classe. O discurso pessimista, que esconde os fatos e mostra apenas um cenário falsamente terrível, mancha a imagem da instituição sem se basear em nada concreto.

Agora vemos, com surpresa, artigos que anunciam o fechamento de bases aéreas para supostamente fazer economia em nome do projeto F-X2.

Um pequeno conhecimento de administração pública revela como existem rubricas específicas e que a FAB não tem como "guardar" dinheiro de 2014 para gastar em outro ano.

Créditos destinados à vida vegetativa de organizações não  “conversam” com o pagamento de nossos maiores projetos, em fase de aquisição. É a pura e simples manipulação das informações baseadas em fontes que se apresentam como pessoas qualificadas, mas só buscam ampliar a desinformação.

Não devemos aceitar algo que “ainda não foi” e que já está atrapalhando o que “ainda pode ser”.

Se em 1947 as mudanças de designação trouxeram resistências, as trocas de unidades, de sedes e de visão trazem muito mais. É também o caso da transferência das aeronaves do 1° GTT dos Afonsos para o Galeão. A despeito das reconhecidas vantagens em se concentrar a frota, em todos os seus aspectos logísticos, operacionais e financeiros, há um entendimento de que a tradição deve estar acima da eficiência da Força. Chega a ser estranho, em nome da tradição, sugerir que nossas maiores aeronaves de transporte operem abaixo da sua capacidade máxima, unicamente, para permanecerem em nosso respeitado sítio histórico.

Ao falarmos da aviação de transporte, não podemos deixar de tratar da quase presente aeronave KC-390. O grande diferencial está na sua capacidade. Uma aeronave a jato que haverá de transportar a mesma tonelagem de nossos atuais C-130, com quase o dobro da velocidade.

Isso é transformador, além de ser um rótulo de economia.

Não bastasse a troca de quatro motores por dois, com um xpressivo ganho de velocidade e de alcance, a aeronave precisará de menor apoio de solo. Preparando a chegada das aeronaves, em futuro bastante próximo, não poderíamos manter, logicamente, dois esquadrões na mesma cidade, separados por não mais do que 10 milhas.

O lendário Campo dos Afonsos, certamente terá para sempre o seu papel na história da Força Aérea Brasileira. É por isso que sua pista acaba de ser recuperada. É por isso que inúmeras unidades estão ali sediadas, como a nossa UNIFA. É por isso que a maior vitrine histórica da FAB – o MUSAL – está ali.

A história nunca ficará esquecida. Mais que simplesmente vivê-la, cabe à Força Aérea Brasileira ter o mesmo sentimento dos seus pioneiros e não ter medo em mudar para cumprir a sua destinada missão da melhor forma possível.

Mais mudanças devem – e precisam – ocorrer.

Meus prezados comandados:

Em virtude do trabalho que foi e que está sendo executado, temos muito que comemorar. Em dezembro, o anúncio do Gripen NG como nova aeronave de caça da FAB representou um marco para a instituição. Muito em breve, poderemos ter o orgulho de nossa defesa aérea estar a cargo de uma das aeronaves mais modernas do mundo. O seu desenvolvimento, baseado nas versões de sucesso que a antecedem, é uma virtude que se transforma em solução para  um país que, mais do que adquirir, quer capacitar-se. Mas não é só: nossas Bases Aéreas já possuem inúmeras aeronaves novas ou modernizadas, como P-3M, A-1M, C-105, H-36 e AH-2, entre outras.

Mais que uma renovação operacional, temos um imenso orgulho de ver que cada um desses projetos foi pensado de forma a proporcionar uma participação ativa no seu desenvolvimento e produção. Contamos nos dedos a quantidade de países onde seu povo pode bater a mão no peito e se orgulhar de ali mesmo conseguir ter domínio tecnológico sobre as aeronaves que garantem a sua defesa.

Todas as nossas aviações estão em pleno processo de renovação. O futuro já está presente nas nossas Bases Aéreas e se tornará ainda mais marcante quando concretizarmos outros projetos, como o KC-390, o míssil A-Darter, o datalink nacional e, claro, o Gripen NG.

Podemos ter a certeza de que chegaremos bem à marca dos 75 anos de Força Aérea Brasileira. É um momento de avaliar o que conseguimos, o que passou e o que pode ser  diferente. Antes de mudar qualquer aspecto na Força Aérea, ou seguir em uma nova direção, estamos ratificando o conhecimento sobre os nossos pontos fortes, para aproveitá-los ao máximo. Mas também precisamos ter plena consciência de nossos pontos limitantes e ajustá-los.

Para termos esta nova Força Aérea, nossa preocupação não é mais a de ocupar espaços físicos, ter grande quantidade de organizações espalhadas pelo território nacional e efetivo numeroso com os seus decorrentes custos. Tudo isso é corroborado pela atual ampliação das características de mobilidade e de flexibilidade da Força Aérea.

Fazemos, desde alguns comandos e há vários anos, a supressão daquelas ações que podem ser executadas por outros segmentos da sociedade, e que deixam de figurar em nosso extenso rol de responsabilidades.

Parte considerável da multiplicidade dos trabalhos de manutenção, por exemplo, já é suprida pelo parque industrial brasileiro, reduzindo custos com pessoal e infraestrutura, como ocorre em várias nações do mundo. É assim que se melhora a gestão dos processos, a produtividade das equipes administrativas e logísticas.

Para essa renovação contínua é necessário que confiemos na capacidade dos atuais responsáveis pelos destinos da Força.

Em respeito a nossa história e honrando os seus pioneiros, devemos não manter a FAB exatamente como eles deixaram. Um verdadeiro legado não se faz com paredes ou pedras e, sim, com pensamentos e ideais. Devemos buscar uma Força Aérea moderna, uma Força Aérea que corresponda àquilo que os brasileiros almejam; uma Força Aérea que faça parte do seleto grupo das forças aéreas mais operacionais e profissionais do mundo.

Rumamos para as “Bodas de Brilhante” da Força Aérea Brasileira.

O nosso “diamante” deve continuar sendo lapidado".

Brasília, 20 de janeiro de 2014, 73º ano de criação da Aeronáutica Brasileira

Ten. Brig do Ar Juniti Saito, Comandante da Aeronáutica"

FONTE:
site "fab.mil.br"

O GOVERNO INVISÍVEL NÃO QUER DILMA

Desde o início da crise, em seis anos de colapso neoliberal, o Brasil criou cerca de 14 milhões de empregos - sendo 1,1 milhão no ano passado.

Por Saul Leblon



A expressão ‘siga o dinheiro’, comum em filmes policiais, ilustra a percepção correta, adiantada por Adam Smith, de que a moeda desenha estradas invisíveis na sociedade.

Rastreando-as é possível desvendar aquilo que não se oferece imediatamente à vista.

Pelos caminhos do dinheiro circulam desde carregamentos lícitos, como safras, a armamentos, sonegações fiscais, drogas, favores políticos e outras miunças.

Os bancos são o entreposto de serviços desse trânsito.

Ademais de concederem abrigo seguro e rentável ao fluxo –eventualmente lavá-lo das marcas do caminho-- tem o poder de gerar e direcionar novos volumes de tráfego, em emissões de crédito desdobradas da carga ociosa em seus depósitos.

Esse notável replicador conecta-se a outros entroncamentos por onde o dinheiro graúdo viaja em primeiro classe, engordando sua existência (às vezes acometida de emagrecimentos súbitos causados pela gula tóxica).

O conjunto forma o que se chama de sistema financeiro.

Pelo calibre dos interesses que reúne, a abrangência da ramificação e o poder de influencia que exerce , constitui uma espécie de governo invisível da sociedade.

O governo invisível não quer a reeleição de Dilma.

Pesquisa feita com duas dezenas de expressivos dirigentes dessa constelação, ao abrigo do anonimato, como manda o ofício, constata que o ‘Setor financeiro quer mudança no Planalto’, informa o jornal Valor Econômico desta 3ª feira.

As relações entre o governo invisível e o visível (qualquer que seja ele) desenvolvem-se em um amplo gradiente.

Oscilam da extrema cordialidade a variados graus de inevitáveis fricções, em se tratando de duas ordens distintas se representação do mosaico social.

O governo invisível acha que o governo Dilma atrapalha o seu sistema viário - ainda que longe de comprometer o valor corrigido e real da frota, como atestam as taxas de juros do país, entre as três mais altas do mundo.

Prefere-se, indica o Valor, que o Estado seja gerido por centuriões de integral confiança, a exemplo daqueles que assessoram Aécio Neves, como o ex-presidente do BC tucano, Armínio Fraga; ou o economista Gianetti Fonseca, ligado a Marina Silva e Campos.

Em síntese, gente que aplique como se deve a regra do tripé, a saber:

inflação na meta (leia-se, juros altos); câmbio livre (leia-se, nenhum controle sobre o fluxo volátil de capitais) e equilíbrio fiscal (leia-se, arrocho para garantir os juros dos rentistas).

A esse conjunto, o naipe liberal credita a chave da ‘estabilidade econômica’.

A quebra especulativa do sistema financeiro mundial sugere que o sagrado tridente com o qual o governo invisível pretende tanger o visível não entrega necessariamente o que promete.

O problema da instabilidade do capitalismo mostrou-se mais uma vez inerente ao próprio sucesso do sistema que encoraja ditos agentes racionais e alçarem voos cada vez mais cego, altos e inseguros.

A ausência de regulação disciplinadora levou-os na crise recente de volta às correntezas de vento exploradas originalmente pelo charlatão italiano Charles Ponzi.

Imigrante pobre nos EUA dos anos 20, Ponzi descobriu que podia fazer uma espécie de arbitragem com a diferença de preços dos selos, mais caros nos EUA que na Europa.

Nasceria assim o bisavô do atual carry trade ( aplicação financeira que consiste em tomar dinheiro a uma taxa de juros em um país e aplicá-lo em outro, de taxas maiores).

Ponzi captava dinheiro nos EUA para comprar selos na Europa e revendê-los no mercado americano.

A diferença era embolsada pelo investidor com a promessa de rendimentos trimestrais que oscilavam de 50% a até 100%.

O negócio floresceu rapidamente gerando filas na porta de Ponzi, que contratou dezenas de agentes captadores movidos promessas de bônus milionários.

A roda da bicicleta passou a girar como se imagina.

De uma captação inicial da ordem de US$ 6 mil, em fevereiro de 1920, saltaria para a faixa dos US$ 400 mil em maio.

Dois meses depois transitava na casa dos seis zeros.

Ponzi descobriu que ganharia mais sem desperdiçar recursos com os selos.

Abaixo os intermediários: pagava a fila de ontem com os recursos captados hoje.

No final de 1920, o negócio foi desmascarado, levou milhares à ruína e Ponzi à cadeia, como charlatão financeiro.

Poucos se deram conta de que estava ali também um filho típico daqueles tempos de sucesso inebriante dos mercados financeiros sem lei.

O sentido ficou mais claro nove anos mais tarde quando a Bolsa de Nova Iorque quebrou deflagrando uma crise mundial da qual o capitalismo só se livrou com a Segunda Guerra.

A memória seletiva dos rapazes do mercado e dos vulgarizadores da superior eficiência dos livres mercados ajuda a entender como depois quase um século, a bicicleta girou em falso novamente, dando um tombo global no mercado em 2007/2008.

Sucessores avulsos de Ponzi ,como Bernard Maddoff, estavam presentes. Mas, sobretudo, uma miríade institucional.

O que são, afinal, os derivativos a não ser fundos indexados a outros fundos, cujo lastro efetivo repousa sobre material de qualidade tão sofrível quanto os selos- fantasia de Ponzi? Ou o recheio das sub-primes do boom imobiliário norte-americano?

A banca brasileira –e seus p0rta-interesses na mídia e na política-- considera que a intervenção disciplinadora do Estado nos mercados compromete a eficiência e corrói a estabilidade do sistema.

Prefere Dilma fora e a lubrificação do país por gente do ramo.

A Depressão norte-americana de 1929 esfarelou a indústria e despejou metade da mão de obra na rua.

Seis anos após o colapso de 2008 da ordem neoliberal, a OIT informa que existe um estoque de 202 milhões de desempregados no mundo (62 milhões adicionados pela crise); 839 milhões de trabalhadores vivem com menos de US$ 2/dia e 48% do emprego atual é precário.

Vai piorar: espera-se um acréscimo de mais 13 milhões de demitidos à legião disponível até 2018.

O Brasil criou cerca de 14 milhões de empregos desde o início da crise mundial (sendo 1,1 milhão no ano passado, saldo carimbado como um fracasso pelo jornalismo isento).

Os bancos preferem o modelo de estabilidade espanhol: 26% de taxa de desemprego.

Jornais, a exemplo da Folha, já cogitaram seriamente Ruanda (45% de taxa de pobreza) como referência de país ‘top reformer’ –um dos mais receptivos a mudanças amigáveis ao ambiente dos negócios.

A saúde dos mercados e a deriva da sociedade, como se vê, não soam contraditórias a certa concepção de estabilidade.

Antes, exprimem uma tendência mais geral de um capitalismo que deixado à própria sorte, mais que nunca vai operar em condições de baixa demanda efetiva, elevado desemprego e especulação solta na esfera financeira.

Ademais dos candidatos sabidos, a disputa de outubro coloca em confronto essas duas concepções de governo: a visível e a invisível."

FONTE: escrito por Saul Leblon em editorial do site "Carta Maior"

Os governos Lula e Dilma são diametralmente opostos aos dos anos 70


Por Diogo Costa

COMENTÁRIO AO POST: O GOVERNO DILMA TEM TODA A CARA DE ANOS 1970

"Este é um dos posts mais ridículos que já vi em toda a minha vida. Os governos de Lula e Dilma, pelo que será exposto logo abaixo, representam justamente o contrário do que houve nos anos 70!

Nos anos 70 vivíamos uma brutal ditadura militar, onde a brutalidade da ditadura em si era agravada pelo famigerado AI-5. Vivíamos nos idos dos anos 70 a época dura da repressão, da censura, das mortes, dos estupros, das torturas, das ocultações de cadáveres e de toda a sorte de arbitrariedades contra quem ousasse se opor aos fardados de plantão, que jamais receberam a chancela do povo brasileiro para estarem onde estavam e, menos ainda, para praticarem atos bárbaros de terrorismo de estado.

Nos anos 70 o Brasil ia muito bem com o "milagre econômico" enquanto o povo brasileiro ia mal das pernas. Tínhamos naquela época inflação descontrolada, arrocho salarial, manipulação de índices oficiais, brutal concentração de renda, desmonte criminoso da educação e da saúde públicas, pérfido e acelerado êxodo rural (cujas consequências são sentidas até hoje), compressão vergonhosa do salário mínimo e uma série de índices sociais comparáveis aos países da África Subsaariana (e que pioraram ainda mais a partir do golpe). Acabou (com Lula e Dilma) o conto do vigário de esperar o bolo crescer para distribuir renda!

Nos anos 70 era impossível que um coxinha fantasiado viesse a público criticar a quem quer que fosse, mesmo que a crítica fosse completamente imbecil ou sem nexo. Se o fizesse, iria direto para as masmorras dos ditadores para ser 'gentilmente' torturado (dentes arrancados, pau de arara, arrancamento de unhas e outras "amenidades"...). E uma pessoa em especial sentiu na pele e na alma o que era se posicionar contra a ditadura naquele tempo. Esta pessoa hoje preside o Brasil por obra e graça do sufrágio universal, livre e desimpedido do povo brasileiro.

O bom da democracia é que até mesmo os néscios podem se manifestar e escrever toneladas de bobagens sem nenhuma conexão com a realidade concreta e objetiva dos fatos. Melhor assim, hoje o máximo que acontece é que caiam em completo ridículo ao escrever tantas e tão variadas pérolas do senso comum e da mistificação grosseira...

Por fim, percebam que é preciso uma alta dosagem de maluquice para comparar o sistema eleitoral norte-americano (onde apenas dois partidos dominam o parlamento), com o caótico sistema eleitoral brasileiro onde quase 30 partidos tem representação popular no Congresso Nacional. Isto é tão absurdo e fantasioso que nem merece maiores comentários. Quem sabe o coxinha fantasiado não resolve fazer um post elogiando o ditador Ernesto Geisel? Foi no governo ditatorial dele que se aprovou a Lei do Divórcio no Brasil..."

FONTE: blog de Luis Nassif no "Jornal GGN"

DEU CERTO A JOGADA DE ENGAVETAMENTO DO PROCESSO DO MENSALÃO TUCANO


Prescrições já começaram

Com prescrição, julgamento do mensalão tucano começa a subir no telhado


Justiça livra Mares Guia de acusações do mensalão "mineiro" [eufemismo usado pela mídia para não dizer "tucano"...]

Por André Richter, na Agência Brasil

"A Justiça de Minas Gerais decretou extinta a punibilidade de Walfrido dos Mares Guia, acusado de participar de esquema de desvio de dinheiro público em 1998 para a campanha do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), então candidato à reeleição ao governo de Minas. As denúncias são investigadas no processo que ficou conhecido como mensalão mineiro.

A juíza Neide da Silva Martins, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, entendeu que as acusações de peculato e formação de quadrilha prescreveram em 2012, quando Mares Guia completou 70 anos. “Tendo transcorrido prazo superior a oito anos entre os fatos e o recebimento da denúncia, declaro extinta a punibilidade do réu Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto, qualificado nos autos, pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva do Estado”, decidiu a juíza.

A denúncia contra Mares Guia, que ocupou cargo de ministro do governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e foi integrante do governo tucano em 1998, foi recebida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2009. No entanto, a Corte decidiu que apenas réus com foro privilegiado responderiam às acusações no STF, e determinou o desmembramento do processo para que 14 envolvidos respondessem às acusações na Justiça de Minas Gerais. Após o desmembramento, somente Eduardo Azeredo e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG), então candidato a vice-governador, são processados no STF.

Nas Ações Penais 536 e 606 são apurados possíveis desvios de dinheiro público durante a campanha de Azeredo. Segundo a Procuradoria Geral da República, o então candidato teria se beneficiado de recursos procedentes de um esquema que envolveu a empresa de publicidade SMP&B, de propriedade do publicitário Marcos Valério, condenado a Ação Penal 470, o processo do mensalão, por fatos semelhantes. De acordo com a procuradoria, R$ 3,5 milhões foram desviados de empresas estatais mineiras para a campanha.

Na época em que a denúncia foi recebida, Azeredo negou as acusações e disse que não há qualquer documento que confirme o uso de recursos de caixa dois na sua campanha à reeleição. O parlamentar também disse que nunca autorizou repasses para dinheiro para as empresas de Marcos Valério.

Comentário do Escrevinhador: A impunibilidade de um dos envolvidos no mensalão tucano frustra aqueles que acreditaram que o julgamento e condenações da AP 470, vulgo mensalão petista, era uma virada na justiça brasileira e início da condenação dos “poderosos”.

Agora, está claro que existem poderosos e poderosos. A Justiça é implacável com os 4 “p”: pobres, pretos, putas e petistas. Lideranças do Partido dos Trabalhadores em algum momento parecem ter acreditado que seriam aceitos na “elite”. Não foram. Jamais serão. Por mais concessões que façam, por mais acordos a incluir (nos governos petistas) personagens como Mares Guia e Katia Abreu. Seguirão a ser tratados como intrusos na mesa do poder. Esse é o país da oligarquia, da Justiça a serviço da oligarquia."

FONTE: escrito p
or André Richter, na Agência Brasil. Transcrito no blog "Escrivinhador", do jornalista Rodrigo Vianna.[Título, subtítulo e trecho entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política']. 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

JORNALISTA ÍDOLO DA DIREITA "PAGA MICO" NO "GLOBO NEWS"


Diogo Mainardi paga mico na Globo News



Por Eduardo Guimarães


"Espalhou-se pela internet entrevista que a empresária paulista Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, atual presidente da rede de varejo Magazine Luiza, concedeu ao programa Manhattan Connection, da Globo News, e que foi ao ar na noite do último domingo.

Para o apresentador Lucas Mendes, a empresária é “Simplesmente Luiza”, pois “Assim ela é tratada pela presidente Dilma Rousseff e pelos próprios faxineiros” – supõe-se que de sua empresa.

Mendes qualificou Luiza como “Um fenômeno do comércio brasileiro pelas vendas e pela gestão” e, em sua primeira pergunta a ela, deu ao telespectador a impressão de que tinha diante de si um tipo raro de empresária, o tipo otimista.

Atente para a pergunta de Mendes, leitor. Deixa clara a razão pela qual a empresária foi convidada para um programa cujo objetivo, há anos, tem sido espalhar pessimismo com o Brasil.

Lucas Mendes: “Você não esconde seu otimismo pelo Brasil, nem pela outra presidente, e diz que a culpa desse pessimismo é nossa, da imprensa. Eu acho que esse economista sentado aí do seu lado discorda”.

Uau! Pensei que sobreviria um massacre. Até porque, Luiza é uma mulher de modos simples. Tem aquele sotaque meio caipira do interior paulista, fala um português coloquial, pois, apesar de ter nascido na capital, sua mãe – também Luiza, de quem herdou o negócio – fundou em Franca, interior de São Paulo, a primeira loja da rede que a filha edificaria.

O tal economista que parecia que iria demolir as posições de Luiza foi o também apresentador do programa Ricardo Amorim. Porém, a expectativa se frustrou. Perguntou apenas se o seu colega Caio Blinder, que na semana passada dissera que “O varejo brasileiro está em crise”, tinha razão.

Luiza, obviamente, disse que não. Citou dados do IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo). Segundo o instituto, o comércio varejista brasileiro cresceu 5,9% em 2013 e só as redes de lojas vinculadas a esse instituto geraram 631 mil empregos.

Luiza ainda teve que explicar ao já titubeante Blinder que o Brasil é “Diferente dos Estados Unidos”. Nessa explicação, a vitoriosa empresária teve que fazer ver ao jornalista o que tem sido dito exaustivamente neste blog, que o atual modelo de desenvolvimento brasileiro, hoje intrinsecamente baseado no consumo de massas, não pode estar esgotado em um país em que apenas 7% ou 8% do povo têm televisão de tela plana, em que apenas 54% têm máquina de lavar…

Enfim, Luiza teve que explicar que, com tanto brasileiro sem produtos que nos EUA qualquer um tem, o modelo de consumo de massas não pode estar “esgotado”.

Blinder, meio atônito com a aula que recebeu de uma empresária que transformou uma pequena loja do interior de São Paulo numa holding que compete hoje com as grandes redes de varejo brasileiras, balbuciou alguma coisa sobre “bolha de consumo” e foi perguntar sobre “rolezinhos”.

Mais adiante, insatisfeito, Lucas Mendes passou a bola a ele, ao próprio, a ninguém mais, ninguém menos do que o “temível” Diogo Mainardi. Seria ele que conseguiria mostrar que aquela mega empresária tão otimista com o país não sabe o que fala?

Antes de prosseguir, devo dizer que esse programa praticou uma covardia. Não se coloca para debater economia pessoas que não têm o mesmo preparo.

Detalhe: a covardia foi com Mendes, Amorim, Blinder e Mainardi.

O expatriado em Veneza – sabe Deus por que – foi logo vestindo aquele seu pretenso estilo irônico, irreverente, desassombrado, mas que não passa de pretensão porque tal estilo requer atributos intelectuais que ele, ao longo do programa, deixou ver que não tem.

Em tom professoral, Mainardi começou a “explicar” a uma empresária desse quilate que “Todos os fatores que determinaram o crescimento do varejo” e que ela acabara de citar a Blinder teriam “Murchado” porque “Os juros estão subindo, o crédito diminui, a inadimplência aumentou pelo segundo ano consecutivo” etc., etc.

E tascou uma pergunta insolente, em sua tática de tentar intimidar quem não tinha condição: “Quando é que você vai vender suas lojas para a Amazon?”.

Luiza, com o semblante sério, questionou as informações que Mainardi acabara de divulgar e prometeu lhe passar os dados corretos por e-mail. Começou dizendo que “A inadimplência está totalmente sob controle”. Nesse momento, ouve-se sorriso de deboche de Mainardi, que a interrompe: “Aumentou em 2012 e aumentou em 2013”.

Mostrando concentração, Luiza desmentiu o interlocutor: “Não! O que o que aumentou foi a inadimplência geral focada”. Explicou que a inadimplência no varejo não aumentou, diminuiu. E que nunca tivemos, no Brasil, um índice de inadimplência tão bom quanto em 2013.

Mainardi insiste: “Na sua loja…”

Luiza rebate: “Não, não é na minha loja, é no Brasil”.

Mainardi não se dá por vencido e diz que os dados “da Serasa” seriam “diferentes”. Novamente, Luiza diz que ele está errado e que vai lhe passar os dados corretos.

A segunda parte desse debate que me é mais cara foi ela ter dito um fato mais do que evidente, mas que ninguém consegue dizer na grande imprensa. A declaração textual de Luiza, que vou reproduzir abaixo, tem sido repetida à exaustão neste blog:

“Como é que fala que a bolha acabou? Nós precisaremos construir 23 milhões de [unidades do programa] Minha Casa Minha Vida pro brasileiro ter um nível social adequado aos países desenvolvidos. Como que a gente fala que é bolha? Bolha são 23 milhões de casas para 23 milhões de pessoas que mora (sic) com o sogro, com a sogra pagando 400 reais de aluguel. Nós tivemos três década perdida (sic)”.

Luiza volta a prometer a Mainardi que irá lhe enviar os dados da inadimplência por email, ao que ele responde com um sorriso debochado e com a petulante frase “Me poupe (sic), Luiza”.

Aquela que o colega de Mainardi disse, no início do programa, ser “Um fenômeno do comércio brasileiro pelas vendas e pela gestão” não se abalou e continuou ensinando ao insolente especialista em nada que ninguém ia comprar suas lojas. E lhe deu mais algumas explicações técnicas sobre as mudanças que poderão ocorrer no mercado nos próximos anos e sobre como suas empresas irão enfrentá-las.

A artilharia contra Luiza ainda tentou prosseguir. Amorim, o economista, deu como “prova” do “desastre” que vive anunciando que as grandes redes de varejo brasileiras não figuram entre as maiores do mundo…

Foi aí que Luiza matou a pau explicando que o varejo no Brasil não era nada até “cinco, seis anos atrás”, que era “muito esquecido”, e que ainda está “engatinhando”, o que, claro, desmonta a tese de “esgotamento” do modelo de consumo de massas.

Amorim, o economista, ficou caladinho.

Foi nesse momento que Mendes, possivelmente após ter consultado a produção do programa, reconheceu que Luiza tem razão na questão da inadimplência. E mudou para assunto mais ameno.

De fato, Luiza tem razão. A inadimplência “focada” que ela admitiu a Mainardi que subiu é a inadimplência seca, que não leva em conta fatores sazonais. É a que mede a Serasa de Mainardi. São, porém, dados brutos.

Há que levar em conta, por exemplo, que naquela determinada época do ano há sempre um aumento da inadimplência. Se não se levar esse fator em conta realmente a taxa será considerada em alta, mas não é assim que os dados devem ser interpretados.

Para esclarecer melhor, vale ler, abaixo, trecho de boletim da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

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Inadimplência cai 0,4% em 2013

Os registros de inadimplência caíram 0,4% em 2013, em todo o país, conforme apuração da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Em dezembro, contra novembro de 2013, houve redução de 4,5%, descontados os efeitos sazonais.

Ao longo dos primeiros seis meses de 2013, os registros de inadimplência mantiveram a queda iniciada no final de 2012. Entretanto, a partir do segundo semestre, após uma reversão temporária desta tendência, o indicador encerrou o ano em queda, com nível menor que o registrado em dezembro do ano anterior.

A melhoria do quadro da inadimplência pode ser justificada pela continuidade de fatores como aumento dos rendimentos reais, baixo desemprego, queda dos juros (*), entre outros. Além disso, em 2013 houve um grande ajuste do mercado de crédito, tornando-o mais saudável, com credores mais seletivos e consumidores mais cautelosos (…)
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Como se vê, Mainardi disse bobagem – que a inadimplência aumentou pelo segundo ano consecutivo. A matéria da Boa Vista mostra que a inadimplência aumentou em 2012, mas caiu no ano passado. Mainardi pagou um mico.

Esse fato é extremamente eloquente porque deixa ver a falta de compromisso dessa mídia terrorista com os fatos. Põe gente que não entende nada do mercado para dizer o que o patrão quer que seja dito e o expectador desavisado compra como se fosse fato.

Fato mesmo é que ri muito ao ver a incrível Luiza surrar verbalmente Diogo Mainardi. Ria sozinho. Não só pelo que ela disse – e que reproduzi acima –, mas pela forma como disse – com sua linguagem coloquial e despretensiosa.

Toda essa conversa durou, mais ou menos, uns 15 minutos. Vale muito a pena assistir. Abaixo, o vídeo:

FONTE: escrito por Edurdo Guimarães em seu blog "Cidadania".