No telejornal “Bom Dia Brasil” de hoje pela manhã, vi a comentarista Miriam Leitão fazer uma surpreendente defesa dos grupos estrangeiros interessados em explorar as reservas petrolíferas brasileiras.
Com uma expressão que, para mim, não denotava veracidade, a comentarista defendeu a continuação do processo de licitação internacional da exploração das grandes reservas brasileiras de petróleo e de gás recém-descobertas pela PETROBRÁS.
Continuação do processo, mesmo após os fortes indícios de que tenha havido grave furto de valiosas informações sigilosas e privilegiadas sobre aquelas reservas, o que deturparia e viciaria a licitação.
Achei tudo muito estranho. Pareceu-me nas entrelinhas uma defesa do ladrão, dos seus grandes investimentos no furto, cujas perspectivas de retorno do investimento agora estariam sendo ameaçadas por um rasteiro e ultrapassado sentimento “nacionalisteiro”.
Poucas horas após, ao abrir a página na internet do respeitável jornalista Paulo Henrique Amorim, fiquei até vaidoso de ver que ele também notou muitas agendas ocultas capciosas naquela reportagem da TV Globo.
Costa no seu blog “Conversa Afiada”:
“O PIG (Partido da Imprensa Golpista) procura desesperadamente uma "crise" para derrubar o Presidente Lula;
Nos intervalos da "crise" da tapioca, e estabelecida a origem da CPI das ONGS, surgiu a "crise" do furto da Petrobrás;
Trata-se daquela técnica de martelar, dia-a-dia, “provas” da incompetência de governos trabalhistas: foi o que o PIG fez com Vargas, Jango e, no Rio, por duas vezes, com Brizola, sob a intervenção direta de Roberto Marinho;
Hoje, no "Bom (?) Dia Brasil", o telespectador acordou com a sensação de que teria sido melhor ir com a sogra ao Paraguai;
Renato Machado: "A ineficiência do Estado brasileiro se mostra no dia-a-dia dos que precisam dele";
Corta para Renata Vasconcelos: "Falta saneamento básico";
(Interrompo a malhação para ir respirar lá fora. Volto a tempo de me ilustrar com a Miriam Leitão).
Tema: o aumento do preço do petróleo no mercado internacional: US$ 100 dólares o barril.
Diz Miriam:
A economia americana vai para o saco;
O mundo vai acabar e o Brasil vai junto;
Por isso, é preciso deixar que os estrangeiros explorem o megapoço de Tupi (aquela insignificante descoberta que a Petrobrás fez em frente ao litoral do Rio...);
Porque, além da hecatombe universal, há o furto de documentos da Petrobrás – o que demonstra a irrecuperável incompetência da Petrobrás;
Então, como desdobramento natural do raciocínio matinal, Leitão determina que é indispensável entregar Tupi aos estrangeiros. (Já que o Farol de Alexandria (FHC) não conseguiu entregar a Petrobrás, primeiro, à Odebrecht, e depois privatizá-la...);
Para Miriam Leitão, entregar Tupi aos estrangeiros, com a inestimável colaboração de seu "especialista" preferencial, David Zylberstajn, faz parte de um conjunto só: corrigir a incompetência da Petrobrás, e dar à Petrobrás uma gestão empresarial, eficiente, globalizada;
Tupi é grande demais para a Petrobrás;
Os clientes de Zylberstajn precisam ter uma boa fatia daquela preciosidade...;
Tupi é bom demais para ser do Brasil.”
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