Os sucessos do governo Lula na economia, bem como a grande melhoria do poder aquisitivo e de obtenção de crédito por parte da população, têm causado um enorme e rápido aumento na produção e na venda de veículos.
Esse aumento não tem sido acompanhado, na mesma velocidade, no tocante às infra-estruturas viárias municipais.
Isso tem sido o principal motivo de freqüentes ocorrências de grandes congestionamentos. Assim, Lula é o culpado...
Para retratar esse quadro escolhi a notícia abaixo, transcrita parcialmente, lida no UOL Últimas Notícias hoje (24/04), escrita por Ana Luisa Bartholomeu:
“Frota de veículos em São Paulo cresce acima da média em março e amplia o "nó" do trânsito na maior cidade do país”
“Cidade ganhou mais de 48 mil novos veículos no mês. Uma alta de 64% em relação à média mensal de crescimento de 2007”
“Após atingir a marca histórica de 6 milhões de veículos em fevereiro, a frota de São Paulo cresceu acima da média no mês de março: dados recém-divulgados pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito) mostram que 48.571 novos veículos foram emplacados na capital paulista em março, contra os 29.902 em fevereiro e 26.722 em janeiro.
É o maior crescimento de veículos na frota registrado em um mês, analisando-se o período entre janeiro de 2007 até agora. A frota de veículos novos que saiu às ruas em março é 64% maior do que a média mensal de crescimento em todo o ano de 2007, que foi de 29.035 veículos novos ao mês.
A frota cresce em ritmo impressionante. Em 12 meses (de março de 2007 a março de 2008), o total de veículos em São Paulo subiu 6,7%, proporção quase 16 vezes maior que o ritmo de crescimento da população de São Paulo (0,41% ao ano em 2006 e 2007, segundo a Fundação Seade).
Comparando-se os primeiros trimestres de 2007 e 2008, o crescimento da frota também mostra-se elevado. O número total de veículos emplacados nos três primeiros meses de 2008 foi de 105.195, o que representa um aumento de 45% em relação ao mesmo período de 2007, quando 72.147 veículos novos saíram às ruas.
São Paulo ganha cerca de mil novos veículos por dia, de acordo com o Detran-SP. Em março, esse número subiu para 1.500. Existe, hoje, aproximadamente um veículo para cada dois habitantes na capital. Se enfileirada, toda a frota de 6.067.707 veículos seria quase suficiente para dar uma volta na Terra, que tem cerca de 40 mil quilômetros de circunferência.
O bom momento econômico do país, com os expressivos resultados de vendas apresentados mês a mês pela indústria automobilística, paradoxalmente contribui para a piora do problema urbano enfrentado por São Paulo: carros demais para ruas de menos. Nos últimos dez anos, o número de veículos cresceu 25%, enquanto a infra-estrutura urbana, com a quantidade de ruas e avenidas, aumentou apenas 6%, segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Essa "invasão sobre rodas" nos 17,2 mil quilômetros de vias da capital é um dos fatores que impulsiona os crescentes recordes de congestionamentos registrados na maior cidade da América do Sul.
Nos meses de março e abril, a cidade bateu sucessivos recordes de vias congestionadas, segundo a CET. Os mais expressivos foram de 186 km de vias congestionadas no período da manhã (registrado às 9h do dia 11 de março), e de 229 km na noite do dia 3 de abril, o maior registrado pela CET até hoje.
PREFEITO KASSAB (DEM-PFL) PÕE A CULPA EM OUTROS PARTIDOS
“Em março deste ano, na semana em que o trânsito bateu sucessivos recordes, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), chegou a afirmar que o problema do trânsito na capital não teria solução - pelo menos a curto prazo. O secretário dos Transportes da cidade, Alexandre de Moraes, apoiado por Kassab, chegou a insinuar a existência de uma "ação orquestrada" para prejudicar o trânsito de São Paulo, em um ano eleitoral que tem como um dos concorrentes o atual prefeito. “
PREJUÍZOS
Além de estresse aos motoristas, o gargalo do trânsito de São Paulo traz também prejuízo aos cofres públicos. Segundo a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, o trânsito da região metropolitana de São Paulo gera um custo de R$ 4,1 bilhões por ano."
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