sexta-feira, 9 de maio de 2008

“INVESTMENT GRADE” x SOCIALISMO

O blog “Óleo do Diabo”, de Miguel do Rosário, publicou ontem (08/05) um ótimo texto com o título acima. Reproduzo somente a primeira parte. Recomendo a leitura da íntegra do artigo no referido blog. Basta clicar em “Miguel do Rosário” na coluna “recomendamos”, à direita.

Investment Grade X Socialismo

“Um amigo cobrou-me um post sobre o Investment Grade. Tenho deixado passar muitos assuntos importantes. Tentarei recuperar o tempo perdido. Vamos lá. Sobre o Investment Grade, os fatos falam por si mesmos. Trata-se de uma classificação importante no mercado internacional, que serve como referência para os fundos mais conservadores. Esses fundos, alguns soberanos (isto é, pertencentes a governos), movimentam trilhões de dólares, e têm um perfil sóbrio, procurando fazer investimentos seguros, éticos e com retorno de longo prazo.

Entretanto, não foi surpresa para quem acompanha de perto as lides nacionais que o investment grade fosse quase menosprezado por determinados espectros políticos. A imprensa tratou logo de vender a teoria de que o prêmio devia-se ao governo anterior, de FHC, e não ao governo Lula, que teria somente se beneficiado por ter dado continuidade às políticas tucanas.

Ora, muitos blogueiros e jornalistas já desmascararam essa história da continuidade.

Mas como a mídia abusa da estratégia goeberiana de repetir inverdades até torná-las dogmas, nunca é demais repassar, nem que seja rapidamente, algumas mudanças efetivadas pelo governo atual.

Aumento do salário mínimo; uso da verba do BNDES para empresas nacionais; expansão do crédito; desoneração tributária de setores estratégicos, como o de informática; redução dos juros; política fiscal mais rígida, reduzindo a relação dívida X PIB; pagamento da dívida externa; maior apoio à agricultura média e familiar, mas também ao grande, beneficiado pelo biodiesel e pela liberação de recursos federais; programas sociais redistributivos, que ativaram economias antes estagnadas; abertura de escolas técnicas; política industrial mais ousada; abertura de novos mercados ao Brasil, como África, Oriente Médio e a própria América Latina.

Enfim, são dezenas de mudanças de rumo. O que era positivo, foi mantido. O que era para ser mudado, foi mudado ou tentou-se mudar."

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