quarta-feira, 18 de junho de 2008

GLOBO E PIG CONTRA O EXÉRCITO

O jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record, em seu blog “Conversa Afiada”, postou agora pela manhã uma lúcida análise do comportamento da Rede Globo e da imprensa em geral (PIG-Partido da Imprensa Golpista) sobre o gesto criminoso dos militares que entregaram jovens para que fossem assassinados por quadrilha rival. Transcrevo:

A FAVELA PRECISA DO EXÉRCITO, SIM

“Ofensiva contra o Exército”, diz a manchete do Globo.

A ofensiva é do Globo e do PiG.

O PiG, a elite branca e seus estafetas (também conhecidos como colonistas) estão indignados, não apenas – como todos os de bom senso – com o gesto hediondo dos militares que entregaram jovens para que fossem assassinados.

O PiG, a elite branca e seus colonistas estão indignados porque o Estado, ou melhor, o Exército, subiu o morro para dar garantia a uma obra que vai beneficiar os pobres.

No Morro da Providência, o que vai beneficiar o pobre é resultado de uma parceria do Ministério das Cidades com o Ministério da Defesa, para financiar e realizar obras de recuperação de 782 casas.

O projeto original é do senador Marcelo Crivella, do PRB – da base do Governo e ligado à Igreja Universal.

Crivella é candidato a prefeito do Rio, contra a Globo.

O líder da Igreja Universal é Edir Macedo, empresário proprietário da Rede Record, onde trabalho.

A audiência da Rede Record tem crescido, em prejuízo da audiência e do faturamento da Globo.

Como diz o professor Wanderley Guilherme dos Santos, a maior arma do PiG é gerar crises ("Crise ? Qual crise ? Qualquer crise!").

Crises que beneficiem seus interesses empresariais.

É o caso da Globo, do Globo e seus colonistas, que pensam pelo patrão.

O Exército passou a subir as favelas do Rio para dar garantia às obras do PAC.

O PAC das favelas é um programa de mais de R$ 1 bilhão para prover transporte, iluminação, acesso a serviços públicos, como saúde, policiamento, esgotos e educação.

É uma estratégia para combater o tráfico de forma duradoura.

Tirar a favela da marginalidade, literalmente.

Integrá-la à cidade.

E esse é o problema: o PiG e a elite branca não querem que a favela se integre à cidade, mas que seja expelida da cidade.

Se transforme num gueto, seja removida para bem longe, ou suma num incêndio.

É por isso que o PiG e a elite branca não querem que o Exército suba o morro.

É por isso que o PiG e a elite branca não querem que o PAC suba o morro.

O PiG e a elite branca gostam do dinheiro público, mas quando é para o BNDES entregar aos empresários Carlos Jereissati e Sérgio Andrade 78% da telefonia nacional, sem que botem um tusta.

Aí, o Estado é ÓTIMO !

O PiG e a elite branca querem é a tropa de elite.

Para defender seus interesses – de elite.

O problema deles não é o Exército – é o pobre.”

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