O jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record, em seu blog “Conversa Afiada”, postou agora pela manhã uma lúcida análise do comportamento da Rede Globo e da imprensa em geral (PIG-Partido da Imprensa Golpista) sobre o gesto criminoso dos militares que entregaram jovens para que fossem assassinados por quadrilha rival. Transcrevo:
“A FAVELA PRECISA DO EXÉRCITO, SIM”
“Ofensiva contra o Exército”, diz a manchete do Globo.
A ofensiva é do Globo e do PiG.
O PiG, a elite branca e seus estafetas (também conhecidos como colonistas) estão indignados, não apenas – como todos os de bom senso – com o gesto hediondo dos militares que entregaram jovens para que fossem assassinados.
O PiG, a elite branca e seus colonistas estão indignados porque o Estado, ou melhor, o Exército, subiu o morro para dar garantia a uma obra que vai beneficiar os pobres.
No Morro da Providência, o que vai beneficiar o pobre é resultado de uma parceria do Ministério das Cidades com o Ministério da Defesa, para financiar e realizar obras de recuperação de 782 casas.
O projeto original é do senador Marcelo Crivella, do PRB – da base do Governo e ligado à Igreja Universal.
Crivella é candidato a prefeito do Rio, contra a Globo.
O líder da Igreja Universal é Edir Macedo, empresário proprietário da Rede Record, onde trabalho.
A audiência da Rede Record tem crescido, em prejuízo da audiência e do faturamento da Globo.
Como diz o professor Wanderley Guilherme dos Santos, a maior arma do PiG é gerar crises ("Crise ? Qual crise ? Qualquer crise!").
Crises que beneficiem seus interesses empresariais.
É o caso da Globo, do Globo e seus colonistas, que pensam pelo patrão.
O Exército passou a subir as favelas do Rio para dar garantia às obras do PAC.
O PAC das favelas é um programa de mais de R$ 1 bilhão para prover transporte, iluminação, acesso a serviços públicos, como saúde, policiamento, esgotos e educação.
É uma estratégia para combater o tráfico de forma duradoura.
Tirar a favela da marginalidade, literalmente.
Integrá-la à cidade.
E esse é o problema: o PiG e a elite branca não querem que a favela se integre à cidade, mas que seja expelida da cidade.
Se transforme num gueto, seja removida para bem longe, ou suma num incêndio.
É por isso que o PiG e a elite branca não querem que o Exército suba o morro.
É por isso que o PiG e a elite branca não querem que o PAC suba o morro.
O PiG e a elite branca gostam do dinheiro público, mas quando é para o BNDES entregar aos empresários Carlos Jereissati e Sérgio Andrade 78% da telefonia nacional, sem que botem um tusta.
Aí, o Estado é ÓTIMO !
O PiG e a elite branca querem é a tropa de elite.
Para defender seus interesses – de elite.
O problema deles não é o Exército – é o pobre.”
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