segunda-feira, 23 de junho de 2008

MEMÓRIA DA RUÍNA TUCANA

Ontem, li no jornal Folha de São Paulo um texto interessante de Vinicius Torres Freire, em artigo com o título acima. Transcrevo somente a parte final do texto, a que aborda o PSDB de hoje.

Busquei na internet maiores informações sobre o autor e encontrei o seguinte: “Vinicius Torres Freire nasceu no Rio de Janeiro em 1965. Estudou ciências sociais e letras na USP, foi pesquisador visitante da Universidade da Califórnia (San Diego) e faz MBA em finanças. Começou no jornalismo no "Jornal da Tarde", em 1985, resenhando livros. Trabalhou na Editora Abril, no "Estado de S.Paulo", e foi, sucessivamente, editor de Educação, editor de Ciência, correspondente em Paris, editor de Opinião e editor de Economia da Folha. Atualmente, é secretário de Redação” [da Folha].

DE TÃO PARECIDO COM A MODERNIDADE AVACALHADA QUE IMPLANTOU NO PAÍS, PSDB NADA TEM A DIZER AO PÚBLICO

(...) “Hoje, o PSDB tem um governador denunciado à Justiça (Teotonio Vilela, Alagoas) e amigão de Renan Calheiros. No Rio Grande do Sul, os pedaços da coalizão tucana se acusam de bandidagem e mau-caratismo, todos aparentemente com razão. O governador tucano de Minas ameaça namorar o lulismo, chantagem que tem como objetivo confrontar o governador de São Paulo, que corre o risco de deixar como grande legado político a implantação do PFL (Democratas) no Estado, antes praga inaudita. Com os anos, aparecem os esqueletos corruptos do partido, vide o caso Alstom.

O neotucanato é a direita que não ousa dizer seu nome, o alckmismo, que deixou a gestão do Estado em estado de choque, vide o desastre na educação paulista, a falácia da responsabilidade fiscal e a inanidade do desenvolvimento estadual durante o governo Alckmin. No campo das "idéias", a liderança tucana no Congresso faz chacrinha sobre responsabilidade fiscal, mas vota anônima e unânime a favor de projetos que estouram o orçamento público. Se passa a picuinhas e vergonheiras como fingir-se de morta quando nota que as CPIs que defende se voltam também contra o próprio partido.

O último candidato tucano a presidente renegou o seu arremedo de programa e até mesmo a receita de bolo fernandina. Como o petismo-lulismo é a reprodução ampliada e pirateada do velho programa tucano e como o "choque de capitalismo" do PSDB realizou-se, a seu modo avacalhado, o tucanato nada tem a dizer que contraste com a realidade da política e da vida brasileiras. O PSDB é só uma briga de foice por um lugar no horário eleitoral gratuito.”

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