quarta-feira, 25 de junho de 2008

OUTRA MÁ NOTÍCIA PARA OS TUCANOS

A Folha Online publicou esta tarde uma má notícia que atinge duramente o ex-governo PSDB/FHC/PFL-DEM. Tudo fizeram para esconder seus escândalos e assim poderem dizer como plataforma eleitoral, com cinismo, que não havia corrupção publicada na mídia no governo deles. Aos poucos, casos como o da Alstom e outros estão emergindo do esgoto. O texto abaixo da Folha é auto-elucidativo [acrescentei alguns detalhes entre colchetes]:

JUSTIÇA DE MÔNACO ACEITA PEDIDO DE EXTRADIÇÃO DE CACCIOLA

A Corte de Apelações de Mônaco aceitou o pedido de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola feito pelo governo brasileiro, segundo informou o Ministério da Justiça nesta quarta-feira. A Corte rejeitou recurso do ex-banqueiro e considerou o processo legítimo.

A decisão final agora ficará por conta do príncipe Albert 2º. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça disse que a expectativa é que o processo de extradição ocorra em julho, depois da decisão do príncipe.

Ainda segundo a assessoria do ministério, a defesa de Cacciola já entrou com um recurso na Corte de recursos humanos da Europa.

Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, foi protagonista de um dos maiores escândalos do país [ocorrido no governo FHC]. O ex-banqueiro foi condenado à revelia em 2005 por peculato, corrupção passiva e gestão fraudulenta.

CASO [CACCIOLA]

O banco Marka quebrou com a desvalorização cambial de 1999. Mas contrariando o que ocorria no mercado, o Marka e o banco FonteCindam assumiram compromissos em dólar.

O banco de Cacciola, por exemplo, investiu na estabilidade do real e tinha 20 vezes seu patrimônio líquido comprometido em contratos de venda no mercado futuro de dólar.

O BC [fraudulentamente] socorreu as duas instituições, vendendo dólares com cotação abaixo do mercado, “tentando evitar que quebrassem”. A justificativa para a ajuda oficial às duas instituições foi a possibilidade de “a quebra provocar uma "crise sistêmica" no mercado financeiro” [sic!].

Em 2005, a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou Salvatore Cacciola, à revelia, a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato (utilizar-se do cargo exercido para apropriação ilegal de dinheiro) e gestão fraudulenta.

O então presidente do Banco Central [no governo tucano], Francisco Lopes, recebeu pena de dez anos em regime fechado e a diretora de Fiscalização do BC, Tereza Grossi, pegou seis anos. Os dois recorreram e respondem ao processo em liberdade.

Em 18 de setembro do ano passado, a juíza federal Simone Schreiber, da 5ª Vara Federal Criminal do Rio, determinou a prisão preventiva do ex-banqueiro. Na sentença, concedida a pedido do Ministério Público Federal, a juíza determina não só a expedição do mandado de prisão contra Cacciola, como manda informar o Ministério da Justiça do interesse na extradição do ex-banqueiro para o Brasil.”

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