No blog “vermelho”, li ontem o texto abaixo transcrito, o qual nos desperta preocupação. O título original do artigo é “A perigo, EUA já vislumbram aliança petrolífera com o Brasil”.
A pequena adaptação que fizemos para o título desta postagem já denota o porquê da nossa preocupação. A série “Guerras recentes dos EUA”, que este blog já postou ao longo dos cinco meses da sua existência, evidencia que os EUA não têm escrúpulos quando se trata de garantir seu abastecimento de energia. Várias guerras e invasões de outros países foram perpetradas com esse objetivo, sempre disfarçado com outra roupagem (ex.: Iraque, Afeganistão). Outras que virão já são evidenciadas (ex.: Irã, Venezuela).
As nossas imensas reservas de petróleo recém-descobertas tornam-nos um próximo alvo da cobiça norte-americana. E o Brasil é militarmente frágil e mal-equipado. A nossa sociedade ainda não despertou para a necessidade de grandes investimentos para sermos capazes de inibirmos agressões. De nossa grande mídia não esperemos iniciativas nesse sentido. Ela sempre foi "colonizada", pró-EUA.
Transcrevo:
“O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, disse nesta segunda-feira (23) que está surgindo uma nova área de cooperação entre os dois maiores países das Américas: petróleo. Após a descoberta de importantes reservas do combustível em águas profundas do litoral brasileiro, os norte-americanos já enxergam o país como fornecedor e estudam possibilidades de parcerias entre empresas nessa área.
"Se a Petrobras quiser embarcar o petróleo para os Estados Unidos, tenho certeza que os EUA estarão muito dispostos a receber esse combustível", disse Sobel. Depois de ressaltar que a decisão cabe ao Brasil e a Petrobras, ele acrescentou que "os EUA esperam que o Brasil se torne um importante fornecedor de combustível fóssil no futuro".
Segundo o embaixador, será "natural" que o Brasil exporte petróleo para os Estados Unidos na medida em que disponha de excedentes por conta da proximidade entre os dois países. Ele enfatizou que a Petrobras já possui refinarias nos EUA. A estatal brasileira adquiriu recentemente uma planta em Pasadena, Texas. Para garantir a segurança energética e reduzir a dependência de regiões politicamente conturbadas, os EUA buscam diversificar as fontes de petróleo.
Embora o Brasil ainda não seja um fornecedor relevante, as vendas de petróleo do país para os EUA aumentaram dez vezes em valor, saltando de US$ 330 milhões em 2004 para US$ 3,1 bilhões em 2007, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No ano passado, o petróleo ultrapassou aviões e ocupou o posto de principal item da pauta de exportação.
Sobel – que participou nesta segunda-feira do Fórum Brasil-Estados Unidos realizado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) e pelo Centro de Política Hemisférica da Universidade de Miami – também enxerga oportunidades de parcerias com petrolíferas norte-americanas como Exxon e Chevron, ou empresas fornecedoras de serviços como a Halliburton.
O embaixador ressaltou que funcionários do governo norte-americano devem em breve vir ao Brasil para discutir o assunto. Na próxima semana, chega ao país o secretário de Segurança Interna, Michael Chertoff. "Neste estágio, estamos procurando maneiras de ajudar se formos solicitados", afirmou Sobel.”
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