Toda a grande imprensa brasileira e os partidos de direita hoje na oposição, em suas tradicionais atitudes de cordata defesa dos interesses norte-americanos, sempre acusam a Ilha de Cuba como local de violação dos direitos humanos. Porém, com parcialidade, direcionam suas acusações apenas para o governo cubano. Omitem propositadamente que o governo dos EUA é, em escalas gigantescas, o grande violador das liberdades fundamentais em sua base militar situada naquela ilha.
Ontem, Candido Mendes publicou no jornal Folha de São Paulo um artigo sobre esse tema.
No site “netsaber biografias” obtive os seguintes dados sobre o autor:
“Candido Mendes (C. Antonio José Francisco M. de Almeida) nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de junho de 1928. É formado em Direito (1950), e em Filosofia (1951), pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; doutor em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.
Professor universitário desde 1951, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, na Faculdade de Direito Candido Mendes, na Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro e do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ).
Foi eleito em 24 de agosto de 1989 para a Academia Brasileira de Letras. É Secretário-Geral da Comissão Brasileira Justiça e Paz; Presidente do Conselho Superior de Ciências Sociais, da UNESCO.”
Transcrevo parcialmente o artigo de Cândido Mendes. Mostra-nos que o ataque às torres gêmeas continua servindo de pretexto para os EUA “se vingarem” cruelmente contra pessoas e países, simplesmente baseados em “julgamentos” de seus militares, baseados em fatos ou subjetividades, sem o mínimo direito de defesa das vítimas:
“OS EUA CONTINUAM RACHADOS ENTRE A NAÇÃO DAS LIBERDADES FUNDAMENTAIS E O GOVERNO DA "CIVILIZAÇÃO DO MEDO" SEM QUARTEL”
“A Suprema Corte americana finalmente pôs abaixo o escândalo de Guantánamo, assegurando defesa judicial civil aos prisioneiros, que há seis anos vivem nas jaulas de ferro do presídio do horror.
Assim, fez valer o respeito visceral à Constituição americana, que assegura o direito de defesa a esse grupo pestiferado pelo governo Bush como dos "combatentes insurgentes" presos no Afeganistão e no Iraque.
A vitória, entretanto, foi por um voto"........"Continua o país apocalipticamente rachado na sua visão de futuro entre a nação das liberdades fundamentais e o governo da "civilização do medo" sem quartel.
O mais dramático é o quanto a minoria perdedora na Supremo Corte não mede palavras, como o fez o juiz Antonin Scalia, declarando que não há barreiras jurídicas na luta contra o terror para defender os americanos contra o radicalismo islâmico.
Bush também, mostrando o desagrado contra a decisão "leading", deixa explícito que prevalece um Estado de Direito contra a agressão iniciada pela queda das torres e que bastam os procedimentos militares atuais para julgar os criminosos a seu tempo.”
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