O jornalista Luiz Carlos Azenha postou em seu blog um texto que denota o clima de pavor que já assoma o PSDB, e muitos outros, com o aprofundamento das investigações das ações criminosas de Daniel Dantas. Reproduzo:
“ARTHUR VIRGÍLIO, SURREAL, DÁ O TOM DO PAVOR COM O EFEITO DANTAS”
“Arthur Virgílio, o líder do PSDB no Senado, deu o tom, de acordo com nota reproduzida parcialmente pelo Estadão:
"Não se justifica nenhuma tentativa de desmoralização da mais alta Corte de Justiça do país. Foi o enfraquecimento das instituições, aliado a um quadro de inflação, desemprego e corrupção, que criou o clima propício à instalação do Terceiro Reich, na Alemanha", afirmou o líder tucano, na nota.
Aparentemente Virgílio se refere ao possível pedido de impeachment contra Gilmar Mendes que está sendo estudado por procuradores federais de vários estados.
O texto é surreal e desproposital.
Mas serve para revelar o pavor que uma investigação profunda das relações de Daniel Dantas com políticos, juízes, empresários e a mídia causa em Brasília.
Também sinaliza a estratégia daqueles que querem enterrar as investigações: criar o pânico, como se a Polícia Federal estivesse prestes a instalar uma ditadura nazista no Brasil.
Onde é que foi parar o furor investigativo da oposição?
Não teremos o clamor indignado do Jabor pedindo CPI?
E o senador Heráclito Fortes, não vai bradar contra a corrupção petista no Jornal Nacional?
O mais interessante é que isso se dá em plena campanha eleitoral.
A oposição vai perder essa oportunidade de enfraquecer o governo Lula e, com isso, os candidatos do presidente nas eleições de 2008?
A única explicação razoável para esse comportamente anômalo, completamente fora do padrão dos últimos anos, só encontra uma explicação: medo.
Medo não, pavor. Ou pânico.”
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