PAÍS SALTA DA OITAVA PARA A QUARTA POSIÇÃO EM LISTA ELABORADA PELA UNCTAD COM BASE EM DADOS DE 2007
Li ontem no site do “O Estado de São Paulo” o seguinte texto de Celia Froufe, da Agência Estado, sobre tema já abordado em outro artigo por este blog:
”O Brasil saltou da oitava posição no recebimento de investimentos estrangeiros diretos (IED) em economias emergentes em 2006 para quarta posição em 2007. A informação consta do World Investment Report (WIR) de 2008, elaborado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) e divulgado nesta quarta-feira, 24, simultaneamente em 60 países. No Brasil, o levantamento foi publicado pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet). No estudo anterior da Unctad, antes da atualização dos dados fechados do ano, o Brasil constava na quinta colocação em 2007.
Nos dois anos em questão - 2006 e 2007 - a China se manteve na liderança da recepção de IED, atraindo US$ 72,7 bilhões e US$ 83,5 bilhões, respectivamente. O segundo posto foi mantido por Hong Kong, que recebeu US$ 45,1 bilhões no primeiro ano e US$ 59,9 bilhões no segundo. A terceira posição também ficou estagnada com a Rússia (US$ 32,4 bilhões e US$ 52,5 bilhões) no período. Já a quarta colocação, que era de Cingapura em 2006 (US$ 24,7 bilhões), foi transferida para o Brasil (US$ 34,6 bilhões) no ano seguinte.
Em 2006, quando estava em oitavo lugar, o Brasil havia recebido um total de US$ 18,8 bilhões de investimentos externos. "No ranking dos 10 principais pólos emergentes de atração de IED de 2007, o Brasil ultrapassa México, Índia, Turquia e Cingapura", constatou o presidente da Sobeet, Luís Afonso Lima.
O IED para o Brasil cresceu 83,7% de 2006 para 2007, taxa quase três vezes maior do que a taxa de expansão dos investimentos no mundo, ainda segundo o levantamento. "Com este recorde, o Brasil ultrapassa outras economias emergentes latinas na obtenção de recursos externo, como Chile e México, e asiáticas, como Turquia, Coréia e Índia, como pólo de atração de investimentos diretos", salientou Lima.
No ano passado, o pólo de atração dos investimentos ficou mais concentrado nas economias desenvolvidas (68,1% do total), com destaque para Europa (46,3%) e a América do Norte (18,6%). As economias em desenvolvimento obtiveram 27,3% do total, enquanto as em fase de transição, 4,7%. No caso específico da América Latina, a região obteve 6,9% do total, com o Brasil registrando fatia de 1,9%; Argentina, de 0,3%; Chile, de 0,8%, e México, de 1,3.
Segundo os dados do WIR analisados pela equipe da Sobeet, o IED para as economias em desenvolvimento subiu 21% de 2006 para 2007, atingindo um total de US$ 500 bilhões. "Estes investimentos foram, em parte, direcionados para setores ligados a commodities, com preços em alta." Destes recursos, cerca de 65% tiveram a Ásia como destino; 25% a América Latina e 10%, a África”.
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