O jornalista Paulo Henrique Amorim postou ontem em seu blog “Conversa Afiada” a seguinte arguta análise dos estranhos episódio e comportamento envolvendo o já muito polêmico Presidente do Superior Tribunal Federal:
"As manchetes do PiG desta manhã chuvosa de domingo dizem que o Supremo Presidente, o nosso Mussolini, “exige”, “cobra”, “vai chamar o Presidente Lula às falas”, “convoca os Ministros do Supremo”, porque a Veja, a última flor do Fascio, diz que o Supremo Presidente foi grampeado."
Veja como o PiG [Partido da Imprensa Golpista] está indignado:
Primeiro, é preciso saber se a Veja mente. Ou se é uma daquelas denúncias de contas secretas do Presidente da República no exterior.
Segundo, quem é a fonte da Veja?
Não se pode dar credibilidade a uma denúncia tão grave, se a fonte é anônima.
Terceiro, a Veja é o que é: uma cloaca que deveria ser fechada num programa de Saneamento Básico.
A Abin diz que não grampeou.
A PF diz que não grampeou.
Por que se deve acreditar mais no Supremo Presidente do que na PF e na Abin?
E, se o Daniel Dantas, que responde a processos criminais por grampo ilegal, tiver feito grampo e, como de hábito, co-assinar “reportagens” da Veja?
E, se o nome de Gilmar Mendes aparecer numa investigação legal da Polícia Federal?
Não porque tenha sido diretamente grampeado.
Mas, e se o seu nome tiver aparecido num grampo legal de outro investigado?
E, se o Gilmar Mendes que aparece numa investigação da Polícia Federal não for um homônimo?
Justifica-se, então, reeditar o Plano Cohen (*)(ver abaixo) para abafar a crise e dar o Golpe do “Estado de Direita”.
O Supremo Presidente Gilmar Mendes é o líder do Golpe e seu maior beneficiário.
Ele não ameaça as instituições. . Ele já as destruiu. . Ele É o Presidente Supremo. . Ele é o nosso Mussolini.”
(*) Obs deste Blog extraída da “Wikipédia, a enciclopédia livre”:
PLANO COHEN
“Plano Cohen foi um documento escrito pelo capitão integralista Olímpio Mourão Filho - na época membro do Serviço Secreto -, a pedido de Plínio Salgado, líder da Ação Integralista Brasileira, de ideologia fascista, com a intenção de simular, supostamente para efeitos de estudo, uma revolução comunista no Brasil. O plano foi utilizado pelo governo federal com o objetivo de aterrorizar a população e justificar um golpe de Estado que permitiria a Getúlio Vargas perpetuar-se na Presidência do país.
CONSEQÜÊNCIAS
Membros do Estado Maior do Exército acabaram obtendo uma cópia do Plano Cohen, e a sua divulgação pelo ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, e pelo presidente Getúlio Vargas, no programa radiofônico oficial "Hora do Brasil" - atualmente com o nome de Voz do Brasil -, foi o pretexto para o governo fazer aprovar no Congresso o estado de guerra, em 30 de setembro de 1937, e suspender os direitos constitucionais.
Dias mais tarde, em 15 de outubro, o ministério aprovou a intervenção federal nas forças públicas estaduais, para intimidar os estados que se recusavam a aderir ao golpe em andamento. Em 1º de novembro, os integralistas realizaram uma grande manifestação diante do Palácio do Catete, sede do governo, para demonstrar sua força e a solidariedade a Vargas. No dia 10 de novembro, Vargas deu o golpe do Estado Novo, que instituiu um novo regime no país. As eleições presidenciais de 1938 foram canceladas e entrou em vigor a Constituição de 1937, que havia sido redigida um ano antes por Francisco Campos.”
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