quarta-feira, 5 de novembro de 2008

AINDA A MÍDIA NATIVA

Li ontem o seguinte artigo de Mino Carta em seu blog. O autor dirigiu as equipes criadoras do Jornal da Tarde e das revistas Quatro Rodas, Veja, Istoé e CartaCapital, da qual é diretor de redação:

“Respondo a Lulopret, a João Silva e a todos os companheiros navegantes que falam de mídia. CartaCapital é uma publicação independente, que não adere ao pensamento único.

Nas eleições de 2002 e 2006, definiu claramente sua preferência pelo candidato Lula.

O resto da mídia, com raras exceções, postou-se contra o ex-torneiro mecânico, como já fizera em 1989, 1994 e 1998. Digo, a mesma mídia que invocou o golpe de Estado de 1964 e se manteve ao lado da ditadura.

Quando Lula chegou ao poder, CartaCapital foi acusada de ser “chapa branca” e não faltaram os catões dispostos a afirmar que o jornalismo correto por ocasião das eleições observa, a eqüidistância, o pluralismo, a isenção, e outras baboseiras do gênero.

Agora anotem o que acontece neste exato instante nos Estados Unidos. A mídia em peso aponta seu candidato e a maioria dos jornais escolhe com todas as letras Barack Obama.

O jornalismo nativo sempre copiou o americano e conseguiu produzir uma formidável caricatura. Que dirão agora os editores-chefes, os copy-desks, e seus patrões, diante do exemplo que vem do grande irmão do norte?

Insisto: preparem seus corações para a onda que já se ergue no horizonte, a favor do candidato Serra, o homem do destino, deflagrada em nome da eqüidistância, do pluralismo, da isenção, etc. etc.

Além de chafurdar em mediocridade, a nossa mídia é a mais hipócrita do mundo”.

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