sexta-feira, 21 de novembro de 2008

CELSO AMORIM DEFENDE O FIM DO PROTECIONISMO PARA OS BIOCOMBUSTÍVEIS

Li ontem no portal UOL o seguinte texto de Ana Carolina Lourençon, em São Paulo (SP):

“O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, defendeu nesta quinta-feira (20) o fim do protecionismo para o comércio mundial de biocombustíveis.

Segundo o chanceler, para que este tipo de energia se torne uma opção viável aos países mais pobres, "é fundamental que se abram mercados para sua efetiva comercialização".

Amorim afirmou que o primeiro passo para erradicar as barreiras comerciais é eliminar a prática de subsídios agrícolas "bilionários" e a imposição de barreiras comerciais proibitivas, sejam tarifárias ou não.

"O Brasil continuará a insistir no potencial dos biocombustíveis como instrumentos de transformação econômica e social nos países mais pobres", disse ao participar da Conferência Internacional de Biocombustíveis, em São Paulo.

Segundo cálculos do ministro, atualmente, mais de 100 países possuem condições para produzir biocombustível de forma sustentável, sendo que em muito deles, menos de 20% da população têm acesso à energia para atender suas necessidades básicas. Por isso, ingressar no caminho da energia natural seria uma forma de trazer qualidade de vida às pessoas, reduzir a dependência de combustíveis fósseis, gerar emprego e reduzir a emissão de gases na atmosfera.

"Desde que produzidos de forma sustentável, os biocombustíveis representam parte da solução para enfrentar três grandes desafios:a segurança energética, a mudança climática e o combate à fome", disse.

ESCASSEZ DE ALIMENTOS

Amorim lembrou, durante sua apresentação, que existe uma ironia nos debates sobre a relação entre os combustíveis verdes e a segurança alimentar, já que, segundo ele, os países mais atingidos pelas recentes crises alimentares "jamais produziram uma gota de biocombustível".

No caso brasileiro, o ministro afirmou que a produção de etanol cresce em igual compasso da produção de grãos.

Segundo Amorim, o Brasil se tornou, sim, produtor e usuário de energia verde, porém, conseguiu reduzir, ao mesmo tempo, os índices de desnutrição na sociedade.

"Ou seja, a produção de biocombustiveis ajudou o Brasil a crescer e a se tornar mais próspero, do ponto de vista sócio-econômico, e mais limpo, do ponto de vista ambiental", afirmou. “

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