domingo, 9 de novembro de 2008

LULA DIZ QUE NINGUÉM ESTÁ LIVRE DA CRISE E PEDE NOVAS REGRAS FINANCEIRAS

Li ontem no portal UOL a seguinte matéria produzida com informações da agência espanhola de notícias EFE e da agência norte-americana Reuters:

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que nenhum país está a salvo da crise global, avaliou que o sistema financeiro "ruiu como um castelo de cartas" e pediu novas regras para o setor.

Ele fez as declarações ao inaugurar em São Paulo a reunião de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20 - grupo formado por países desenvolvidos e emergentes.

"As políticas de cada país não podem transferir riscos injustos a outros países.

Cada país deve assumir suas responsabilidades", disse Lula, que reconheceu que "nenhum país está a salvo da crise financeira".

Lula fez um apelo por uma revisão do sistema financeiro global que "ruiu como um castelo de cartas" na crise de crédito, e defendeu que os países emergentes precisam ter mais voz nas decisões-chave.

Na abertura da reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, Lula criticou a "fé dogmática na não-intervenção" nos mercados adotada por Estados Unidos e outros países.

"É amplamente reconhecido que o G7 sozinho não vai conseguir resolver os problemas do mundo", disse Lula.

"Precisamos de uma nova governança mais participativa. O Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades... É hora de um pacto entre os governos para construir uma nova arquitetura financeira mundial."

Autoridades do G20 estão reunidas em São Paulo para definir maneiras de lidar com a crise financeira global e preparar a cúpula do próximo final de semana em Washington, que contará com chefes de Estado do grupo que inclui os 19 países mais industrializados do mundo e a União Européia.

Lula reforçou posição já apresentada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na véspera, de que "os países devem evitar a tentação de usar protecionismo" para enfrentar a crise.

Os acontecimentos de 1929 devem servir de lição, segundo o presidente. "Medidas unilaterais só prolongaram o problema e aumentarm a desconfiança", lembrou.

Para ele, este é o momento ideal para se finalizar as negociações da Rodada de Doha.

"A conclusão da Rodada de Doha deixou de ser uma oportunidade e passou a ser uma necessidade."

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