sábado, 24 de janeiro de 2009

CUBA RECLAMA TERRITÓRIO DE GUANTÁNAMO A OBAMA

Li no portal UOL a seguinte matéria originária da Ansa Latina. A Ansa (Agenzia Nazionale Stampa Associata), em especial a Ansa Latina, é uma agência de notícias da UE (União Européia) para a América Latina:

“O governo cubano considerou como "bom sinal" que o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, feche o campo de detenção na base naval de Guantánamo, mas pediu a devolução do território a Cuba, segundo a imprensa local.

O presidente do Parlamento, Ricardo Alarcón, disse a senadores mexicanos em visita à Havana que seria "insuficiente" o fechamento da prisão, alegando que a base está "em território cubano ilegalmente ocupado".

Obama anunciou como uma de suas primeiras medidas o fechamento, em até um ano, do campo de detenção sobre o qual pesam acusações de torturas a presos e outras violações dos direitos humanos.

Sobre o anúncio, Alarcón afirmou ser "um bom sinal". Mesmo assim, "insuficiente", porque "o governo norte-americano deve desocupar o território em Guantánamo, recolher suas coisas e ir".

A base foi instalada pelos Estados Unidos em Guantánamo, no leste de Cuba, a cerca de 900 quilômetros de Havana, após ocupar militarmente o país depois da guerra de independência contra a Espanha, que governava a ilha.

O tratado concedeu o território "perpetuamente" aos norte-americanos, um conceito jurídico cujos limites já não valem mais, segundo autoridades cubanas.

O fechamento da base, além de uma possibilidade de eventual diálogo, foi um dos assuntos abordados pelo presidente cubano, Raúl Castro, antes que Obama ganhasse as eleições, em uma entrevista concedida ao ator norte-americano Sean Penn em Havana em novembro, publicada na revista The Nation.

Raúl sugeriu "um local neutro" para o diálogo. "Talvez poderíamos nos encontrar em Guantánamo. No final do encontro, poderíamos lhe dar um presente: a bandeira americana hasteada na baía de Guantánamo".

As autoridades de Cuba estimam que para os Estados Unidos, a devolução da base não implicaria tensões militares, pois já não possui grande importância bélica.”

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