Li hoje no site “Conversa Afiada”, o seguinte interessante texto escrito no modo peculiar, inteligente e irônico, do jornalista Paulo Henrique Amorim:
GILMAR E DEMÓSTENES: E AGORA? O GRAMPO NÃO TEM ÁUDIO NEM AUTOR...
“Na Folha (*) de sábado, na página A4, há um texto que diz que as investigações intensivas da Polícia Federal chegaram à inexorável conclusão: o grampo sem áudio não tem áudio e não é grampo.
E não se sabe quem grampeou…
Como dizia o ínclito delegado Protógenes no Roda Morta: grampo sem áudio não é grampo.
Como diz uma assessora do ínclito Paulo Lacerda, a Cynara Menezes, da Carta Capital: grampo sem áudio é homicídio sem cadáver.
(Só Lillian Witte Fibe acredita que grampo sem áudio é grampo…)
O que era então o grampo sem áudio que não tem áudio nem autor e nem é grampo?
Para que serviu?
Serviu para o Presidente do Supremo Gilmar Dantas, segundo Ricardo Noblat, chamar o presidente Lula “às falas” – e o presidente que tem medo se submeteu a ser chamado “às falas”…
Imediatamente, o Presidente que se deixou chamar “às falas” demitiu o ínclito delegado Paulo Lacerda.
O Ministro serrista - já integrado à Campanha “Serra 2010” - Nelson Jobim produziu uma prova definitiva para desmoralizar o Serviço de Inteligência do Brasil: uma babá eletrônica que “fez” o grampo que não tem áudio, não tem autor e não é grampo.
O trabalho do PiG, articulado por Gilmar Dantas (segundo Noblat), foi, então, “contaminar” a Operação Satiagraha.
O PiG seguiu a estratégia do bandido condenado, Daniel Dantas: como é impossível se defender das acusações contidas na Satiagraha, o negócio é fazer a Satiagraha deixar de existir, matá-la, vítima de “contaminação”.
Agora, o PiG esconde a informação de que o grampo não tem áudio, não tem autor e nem existe.
Quem fabricou o grampo?
A Polícia Federal chegou à conclusão de que o grampo não tem autor.
Ninguém grampeou.
Então, quem grampeou o grampo da Veja?
A Veja?
Mas, como, se o Supremo Presidente Gilmar Dantas (segundo Noblat) e o senador Demóstenes Torres dizem que aquela conversa captada pelo “grampo” de fato existiu?
Será que existiu?
Ou o Presidente Supremo do Supremo e o nobre Senador inventaram essa estória em conluio com a Veja?
É uma HIPÓTESE que se deve considerar, diante do fato de que o grampo não tem áudio, não tem autor e sequer existe.
Ou, se a conversa de fato existiu, quem transformou essa conversa num suposto (“suposto” é como o William Bonner chama os gatunos brancos de olhos azuis) grampo?
Quem disse a Veja que era um grampo?
Quem contou essa estória, de um grampo que não tinha áudio nem autor e a Veja acreditou?
E só a Witte Fibe acreditou que a Veja agiu de boa fé, quando NÃO disse que o grampo NÃO tinha áudio.
Quem inventou essa estória e envolveu a credibilidade do Presidente da Suprema Corte, Gilmar Dantas (segundo Noblat) e o nobre senador de Goiás, Demóstenes Torres numa patranha?
A Veja cometeu algum crime?
Como é que uma revista sai por aí a produzir grampos que não existem para comprometer a segurança da República e o Serviço Nacional de Informações?
Caro leitor.
Vamos supor que a revista Time invente um grampo que não tem áudio nem autor e nem existe e só para desmoralizar a CIA.
E envolve na patranha um senador da República (de oposição), o Presidente da Suprema Corte e o Presidente da República?
Isso, caro leitor, sairia barato?
Em qualquer país sério do mundo, uma medida judicial já teria fechado a Veja.
Ou ainda vai fechá-la?
Por que o SEBRAE anuncia nesta edição da Veja?
O Banco do Brasil e a Petrobrás vão continuar a anunciar na Veja?
As empresas do Governo Lula consideram apropriado financiar o Golpe para derrubar o Presidente Lula?
Ou essa é apenas uma questão técnica, a ser analisada pelos mestres de mídia programming do Ministério da Comunicação Social?
Qualquer dúvida, perguntem aos gênios da mídia Andrea Matarazzo e Nizan Guanaes que sabem que critérios técnicos justificam anunciar na Veja e no PiG.
Eles eram mestres disso, no Governo do Farol de Alexandria!
O grampo da Veja, o grampo sem áudio, o grampo sem autor, o grampo do Supremo Presidente – isso nada mais era que o Golpe de Estado de Direita.
Para quê?
Para proteger os ricos que estão nos 12 HDs da parede falsa do apartamento bandido condenado.
Para proteger os que investiam nos fundos do Opportunity para não pagar imposto de renda e lavar dinheiro.
Agora, vai ficar mais difícil.
A questão saiu das mãos do Gilmar Dantas (segundo Noblat).
Os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha legitimaram a Satiagraha do ínclito delegado Protógenes, depois da ação vigorosa e competente do Delegado Romeu Tuma Jr., o homem certo lugar certo.
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha congelaram US$ 2 bilhões do bandido condenado e seus “clientes”.
E o grampo sem áudio?
Deve estar escondido com aqueles 12 HDs”.
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