Li há pouco no UOL a seguinte notícia da Folha Online publicada com a obrigatória conjunção adversativa (“mas”, no caso) no seu título, sempre colocada pela midia brasileira após notícia boa para o governo Lula:
“PETROBRAS BATE RECORDE EM EXPORTAÇÃO, MAS BALANÇA COMERCIAL TEM DÉFICIT DE US$ 928 MI
“A Petrobras registrou déficit de US$ 928 milhões em sua balança comercial ao longo do ano passado, apesar de ter obtido saldo positivo de 103 mil barris/dia em relação ao volume comercializado. Em 2007, foi observado um saldo positivo de US$ 71 milhões na balança da companhia.
Foram exportados, em média, 673 mil barris/dia de petróleo e derivados, crescimento de 9,4% sobre 2007. O volume médio vendido ao exterior é recorde na história da Petrobras. As importações de petróleo e derivados somaram 570 mil barris/dia, em média, alta de 5,9% em relação ao verificado no ano anterior..
Em valores, as exportações somaram US$ 21,2 bilhões, alta de 42,7% se comparado ao obtido em 2007. As importações cresceram mais, com alta de 49,6% sobre o ano anterior, totalizando US$ 23,1 bilhões.
A estatal alegou que o saldo negativo de US$ 928 milhões foi influenciado pelos preços no mercado internacional. A companhia exporta bastante petróleo pesado, de menor valor, e importa óleo leve, que custa mais caro. Em 2008, a Petrobras exportou 439 mil barris/dia de petróleo pesado. A importação média de óleo leve foi de 373 mil barris/dia.
'Também influenciaram a balança a diferença entre os preços dos derivados importados, principalmente diesel, nafta e GLP, de maior valor agregado, e os exportados, notadamente gasolina e óleos combustíveis', explicou a companhia, em nota.
A Petrobras não inclui em sua balança o volume importado de gás boliviano. Entram nessa conta apenas petróleo e derivados, todos produtos líquidos.
Os números da Petrobras se diferem dos que são divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), que se baseiam em informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda. A balança do país contempla importações de outros agentes, como as petroquímicas que compram nafta.”
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