O jornal Correio Brasiliense publicou ontem a seguinte reportagem de Tiago Pariz:
“O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, que já havia dito que Israel patrocina terrorismo de Estado contra palestinos, classificou de “massacre” as investidas militares israelenses na Faixa de Gaza. O assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prefere o tom direto. Já o Itamaraty tenta amenizar as palavras, mas nem por isso torna as críticas menos ásperas. A Chancelaria brasileira não chega a classificar a ação israelense de terrorismo de Estado, mas acha “deplorável” o “uso desproporcional da força” de Israel para minar o poder bélico do Hamas.
“É preciso um cessar-fogo imediato para frear o morticínio na Faixa de Gaza, para que seja garantida a entrada de ajuda humanitária de maneira ampla. Ela têm chegado com grandes dificuldades”, afirmou ao Correio o assessor do presidente Lula. “É um cessar-fogo dos dois lados, de Israel e do Hamas”, acrescentou Garcia.
Conselheiro da Embaixada de Israel em Brasília, Raphael Singer, não quis comentar as declarações do assessor do presidente Lula. Limitou-se a dizer que o alvo de seu país não é o povo palestino, mas o grupo Hamas. “Nós temos o direito de nos defender dos ataques destes terroristas”, afirmou o diplomata.
O Brasil tenta organizar com a França uma reunião multilateral que não inclua apenas o quarteto de negociadores formado por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Nações Unidas. A avaliação de Garcia, no entanto, é de que ainda não é o momento de iniciar as discussões para a retomada do processo de paz. Antes, ele citou a necessidade da trégua, a entrada de ajuda humanitária e a recomposição do cenário de certa normalidade na região.
Singer disse que Israel vê com bons olhos a iniciativa brasileira de propor uma negociação multilateral de paz. Segundo ele, apesar de o “objetivo final ser a paz com os palestinos”, a prioridade atual do governo israelense “é acabar com capacidade do Hamas de atacar Israel”.
Israel acredita que a negociação de paz com os palestinos independe do cessar-fogo com o Hamas. O diplomata israelense lembra que as conversas ocorrem com a Autoridade Palestina, do presidente Mahmud Abbas, líder do Fatah, grupo adversário do militante Hamas. Para Singer, não há possibilidade de uma negociação com o Hamas hoje porque isso dependeria, primeiro, do reconhecimento, pelo grupo palestino, do direito de Israel existir e da admissão dos acordos pré-existentes entre ambas as partes.
O embaixador da Autoridade Palestina no Brasil, Ibrahim Al-Zeben, acredita que o Brasil pode contribuir com o processo de paz nos “vacilos” deixados pelo quarteto de negociadores, pois o grupo não obteve até agora avanços concretos no diálogo. Al-Zeben também defendeu que qualquer negociação seja feita após o “fim das agressões”. “Seria interessante que o Brasil ajudasse a formar um grupo latino de negociadores, o qual se somaria aos esforços de outros atores interessados”, afirmou Al-Zeben. Segundo Marco Aurélio Garcia, a Argentina, que possui uma grande comunidade judaica, já manifestou interesse em contribuir nas negociações pela paz, mas o Brasil não pretende capitanear as articulações para a iniciativa não ser confundida com uma postura “hegemônica do país”.”
o lula nao sabe o qe diz e nem os assessores dele. Nossa politica externa apoia terroristas e ditadores
ResponderExcluirJack,
ResponderExcluirSugiro a leitura de "MARCO AURÉLIO: DIPLOMACIA NÃO ESTÁ DIVIDIDA" postado por este blog neste domingo.
Maria Tereza