Li no site “Direto da Redação” e gostei deste texto da jornalista e escritora Leila Cordeiro:
“...só poderia ter alguém como Michelle Obama! A nova primeira-dama dos EUA tem dado um banho de estilo em suas opções de vida e nas declarações públicas. Avessa a dogmas, consumismos e marcas, três fatores que determinam a escala de poder em qualquer lugar do mundo, Michelle vem provando que é muito mais do que apenas a eminência parda do marido presidente.
Formou-se em advogada, em Harvard onde Obama também se formou e tem a mesma facilidade de oratória do marido. Durante a campanha, ela foi uma peça fundamental quando subia no palanque e compartilhava suas preocupações com os eleitores, explicando como pretendia ajudar Obama nas questões sociais. Deixou de exercer a profissão para se engajar na campanha do marido, mas nem por isso descuidou da educação das filhas, Sasha e Malia. O casal coloca a união familiar como alicerce de seu sucesso.
A propósito, a pragmática Michelle surpreendeu uma das mais experientes apresentadoras da TV Americana, Barbara Walters, quando contou que determinou que as meninas continuem arrumando suas camas ao acordarem, como faziam anteriormente.
Recomendou às arrumadeiras da Casa Branca que deixem essa tarefa para as meninas. E explicou a elas: “vocês não vão morar a vida toda na residência oficial do governo”.
Simples, sincera e verdadeira, Michelle aborda a questão do preconceito racial com a maior naturalidade. Disse que já sentiu o problema na pele nos tempos de faculdade, quando foi discriminada pela mãe de sua companheira de dormitório que mudou a filha de quarto ao saber que ela o estava dividindo com uma negra. Realista, Michelle contou à entrevistadora que, apesar de magoada, entendeu a situação, mas, a partir daí, entregou-se de corpo e alma aos movimentos contra qualquer tipo de discriminação.
Outra decisão de Michelle que demonstra o seu modo de ser foi a escolha do estilista que desenharia os vestidos para a cerimônia de posse e para os bailes de gala. As colunas sociais especulavam e arriscavam nomes famosos da moda internacional.
Qualquer um deles daria a vida para vestir a primeira-dama dos EUA numa ocasião como essa.
Todo mundo quebrou a cara. Michelle escolheu um jovem imigrante de origem chinesa, estabelecido em Chicago, onde ela sempre comprou seus vestidos. Ela não o abandonou e fez questão de prestigiá-lo usando modelos exclusivos desenhados por ele. É ou não é uma pessoa de personalidade?
Outra decisão inédita. Michelle anunciou que vai criar um trabalho social onde vai pessoalmente dar apoio às famílias dos militares que morreram no Iraque e no Afeganistão e também dos que continuam lutando nos campos de batalha. Ela afirmou que “quando os soldados vão para a guerra, levam suas famílias junto. Se morrem, um pedaço delas vai também”.
Nesse momento de crise quando o mundo inteiro está mudando hábitos de consumo, gastando menos, reaproveitando mais vestimentas, utensílios e até mesmo a própria comida, melhor primeira-dama que esta impossível.
Segundo a tradição, as mulheres de presidentes devem acompanhar seus maridos. Mas não basta comparecer a eventos oficiais e posar para fotos, como a maioria. No caso de Obama, um homem que virou um ícone mundial por tudo que os países e as pessoas esperam dele e pelo que ele representa em termos de carisma e ideais de liberdade, Michelle não poderia ser diferente!”
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