Li ontem no jornal Diário do Nordeste o seguinte artigo do veterano jornalista Lustosa da Costa:
“A guerra da imprensa contra o governo não rendeu, apesar de sua histeria e seu paroxismo. Recrudesce. Procura, de novo, abalar seu principal aliado, o PMDB para obrigá-lo a sufragar José Serra para a presidência da República. Antes era a campanha contra Renan Calheiros. Depois o senador Jarbas Vasconcelos recorreu ao esgoto da imprensa brasileira para dizer que o partido, pelo qual se elege, há 42 anos, é o partido da corrupção. Agora tenta-se tisnar todo o Senado, visto que as tentativas inúteis de enlamear o nome de José Sarney tem sido o objetivo da mídia desde que ele ascendeu à Presidência. Por que a mídia está contra o Senado? Por que ele é presidido por um senador da base governista, tal qual o antecessor Renan Calheiros que os meios de comunicação se empenharam ferozmente em destruir.
E A CÂMARA?
Por que a mídia não vê os mesmos pecados na Câmara dos Deputados? Ou ela está isenta dos pecados do patrimonialismo de nossa formação cultural e econômica? É constituída de outra espécie de gente? De anjos, arcanjos, querubins? A leniência se explica por que ela é presidida por um tucano paulista, digo um peemedebista que foi fervoroso aliado do governo Fernando Henrique Cardoso e apostou em seu sucessor na disputa sucessória presidencial.
MORALISMO
Esta campanha, apontando pecados do Senado, tem uma explicação. Dá “autoridade” aos meios de comunicação em seu trabalho pela absolvição de Daniel Dantas pelos crimes financeiros que cometeu e que foram provados pelo delegado federal, por sinal, punido pelo governo Lula. Só falta, agora, ser punido o juiz que teve a audácia de diante de tantos crimes condenar o megaguabiru à prisão. É o que os meios de comunicação querem. Daí se apegarem a pequenos pecados que suscitam inveja e ressentimento para conseguirem a absolvição de crimes colossais contra o patrimônio público.”
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