Li hoje no site “vermelho” o seguinte texto de Osvaldo Bertolino postado no blog “O Outro Lado da Notícia”:
“A conservadora revista britânica The Economist, em um editorial publicado na edição desta semana, cobra uma nova postura do governo brasileiro em relação a Cuba e Venezuela, de denúncia dos que “usam o antiamericanismo como um pretexto para o autoritarismo”. O argumento é falso e capcioso — altivez, independência e democracia no sentido popular do termo nada têm a ver com “antiamericanismo”.
Fazendo um “balanço” da Cúpula das Américas e das novas políticas do presidente norte-americano, Barack Obama, para a América Latina, a revista afirma que os Estados Unidos estão tentando convencer a região de que são “uma força para o bem”. O “bem”, no caso são os interesses dos quais a The Economist é porta-voz — o capital monopolista.
Pregando a divisão da região, a revista diz que para responder a esta nova postura do governo norte-americano, segundo a revista, o Brasil e outros países deveriam mostrar uma atitude mais firme, para garantir que “a relativamente recente adoção da democracia e dos direitos humanos na região seja sustentável”. A revista repete o tom autoritário do regime liberal, para quem democracia e direitos humanos só valem se for de acordo com sua cartilha rota.
A publicação reconhece uma verdade parcial ao afirmar que o “antiamericanismo” na América Latina foi estimulado pela “atitude autoritária e arrogante” do governo de George W. Bush. O governo de Bush, segundo a revista, transformou os Estados Unidos em um “alvo fácil para aqueles que, como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, gostam de culpar um bode expiatório estrangeiro pelos problemas de seus países”.
Bush tem lá sua parcela de culpa, mas a “atitude autoritária e arrogante” é do regime norte-americano, independentemente de quem seja o presidente. Citando a postura de Obama de tratar os países da região como “iguais” durante a cúpula de Trinidad e Tobago, a revista afirma que, no entanto, o novo presidente dos Estados Unidos “parece determinado a desarmar os críticos antiamericanos”.
Trata-se de mais uma falseta. Os críticos “antiamericanos” na verdade são os líderes democratas da região de lutam pela independência efetiva da América Latina. A crítica é ao regime norte-americano e não ao povo e ao país Estados Unidos.
Fazendo peças para dizer meias verdades e muitas mentiras, a revista afirma que entre as novas políticas de Obama para a região está o relaxamento das restrições a viagens e ao envio de remessas a Cuba por parte de cubano-americanos, mas cobra o fim definitivo do “embargo” à ilha, que classifica como “injusto, ilógico e contraproducente”.
Outras mudanças na diplomacia norte-americana citadas são o apoio de Obama à luta contra o narcotráfico no México e sua postura “polida” com Hugo Chávez. Para a The Economist, no entanto, “assim como seu antecessor (George W. Bush), Obama inteligentemente reconhece a nova posição do Brasil como o líder da América do Sul”. Pura malandragem!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário