Li hoje no site “Terra Magazine”, do jornalista Bob Fernandes, o seguinte texto de Thais Bilenky:
“A senadora catarinense Ideli Salvatti (PT), líder do Governo no Congresso, afirma desconhecer informações de que o PMDB queira e vá, com a CPI da Petrobras, remanejar postos na estatal. Segundo Ideli, tanto o presidente José Sérgio Gabrielli, quanto o diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, que cuida da exploração do pré-sal, ambos petistas, são "funcionários de carreira" e têm legitimidade para ficarem onde estão.
Ideli considera igualmente "de carreira" Paulo Roberto Costa (PP), atual diretor de Abastecimento da Petrobras, que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) deseja realocar para a diretoria do pré-sal. A líder governista nega que haja movimentos para transferência de cargos.
Agora segura em relação à exploração trilhardária das camadas pré-sal, a Petrobras não pode sofrer abalos, afirma Salvatti. O Brasil precisa defender a Petrobras como patrimônio da União e a oposição agiria contra os interesses do País permitindo que a empresa fosse "entregue às mãos das Sete Irmãs" (grandes companhias de petróleo do mundo), discute a senadora.
A líder elenca uma série de críticas à gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) da Petrobras. A venda de ações da estatal indicariam desejo de privatização. Nem atingindo o governo FHC, a CPI se justificaria, diz Ideli:
CPI NÃO É PARA ATINGIR.
A petista releva que a Petrobras já é sujeita à fiscalização e auditorias da CGU (Corregedoria Geral da União), TCU (Tribunal de Contas da União), Ministério Publico, CVM (Comissão de Valores Monetários), além de auditorias independentes. "Por ser uma estatal e por ser uma empresa", a Petrobras possui mecanismos de fiscalização duplos, o que dispensaria, segundo Salvatti, investigações parlamentares.
Ideli Salvatti espera que o PMDB se comporte como base aliada do governo e se comprometa a defender a estatal. "Por não esperar a fala do presidente José Sérgio Gabrielli, o PSDB se desmoralizou", afirma a petista. Gabrielli havia se disponibilizado para audiências no Senado para sanar questões sobre as denúncias que atingem a estatal. A saber: possíveis irregularidades nas licitações da refinaria Abreu Lima , em Pernambuco, na distribuição de royalties, na contabilidade tributária e na distribuição de patrocínios culturais.
Ideli evita generalizar o comportamento da oposição. Segundo a senadora, o comportamento do Democratas (que por engano chamou de PFL, antiga sigla da legenda) foi mais responsável, uma vez que seus líderes se comprometeram a esperar a fala do presidente.
De saída de Brasília, à espera da semana em que cargos da comissão devem ser definidos com o retorno do presidente Lula da China, Ideli Salvatti evoca a máxima:
Cada dia uma agonia.”
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