terça-feira, 30 de junho de 2009

ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB) ENROLADO ATÉ À ALMA

TENTA DESVIAR A ATENÇÃO PARA SARNEY, COM AJUDA DA IMPRENSA

Vejamos a seguinte matéria do jornal do grupo pró-Serra “Folha On line”, no blog do Josias de Souza:

“ALÉM DO PSOL, VIRGÍLIO IRÁ REPRESENTAR CONTRA SARNEY

José Sarney esquadrinhou o noticiário do final de semana com lupa. Festejou a ausência de novas denúncias contra ele.

Avaliou que o refresco atenuaria a crise que eletrificou o plenário na semana passada, culminando com o pedido de Pedro Simon para que renunciasse.

Engano. Nesta segunda (29), o líder tucano Arthur Virgílio (AM) deve voltar à tribuna. Promete anunciar a decisão de representar contra Sarney.

A exemplo do PSOL, Virgílio deseja levar o presidente do Senado ao Conselho de Ética. Move-se empurrado pelo noticiário que Sarney imaginara alvissareiro.

No início da semana passada, Virgílio discursara diante de Sarney. Dissera que o ex-diretor-geral Agaciel Maia recorria à chantagem para calar o Senado.

Julgava-se, ele próprio, alvo de chantagem. Mencionara episódios que Agaciel ameaçara divulgar para constrangê-lo.

Citara o reembolso de despesas médicas de sua mãe. Dissera ter sido socorrido numa viagem a Paris, quando um hotel rejeitara o seu cartão de crédito.

Ao esmiuçar os episódios em sua última edição, a revista IstoÉ levou ao caldeirão outro dado: Virgílio mantivera em seu gabinete, em situação irregular, um assessor.

Chama-se Carlos Alberto Nina Neto. Foi secretário particular do líder do PSDB. E recebeu contracheques do Senado num período em que morou no exterior.

Ouvido pela repórter Isabel Braga, Virgílio reconheceu o erro. E voltou a investir contra Agaciel:

“Cometo a idiotice de permitir que o filho de um grande amigo permaneça ligado ao meu gabinete por um tempo, uma imbecilidade, um gesto paternal equivocado...”

“...Agaciel queria que eu me calasse para ele continuar roubando o Senado. Vou pedir que o Conselho me investigue, não tenho nada a esconder”.

Além da investigação contra si próprio, o líder tucano decidiu pedir a abertura do processo contra Sarney, que identifica como padrinho e protetor de Agaciel.

Na quarta-feira (2), será a vez de o PSOL protocolar representação contra Sarney.

No mesmo documento, o partido presidido por Heloísa Helana pedirá que sejam investigados também dois ex-presidente: Renan Calheiros e Garibaldi Alves.

Antes de aportar no Conselho de Ética, o par de representações terá de ser aceito pela Mesa diretora do Senado. Uma Mesa presidida por Sarney.

Há, de resto, um segundo obstáculo a ser transposto. Imerso em crise ética, o Senado está, desde março, sem Conselho de Ética.

Quem abre a “janela” dedicada ao conselho no portal do Senado na web depara-se com o seguinte aviso: “Colegiado aguardando instalação”.

O Conselho de Ética do Senado tem –ou deveria ter— 15 membros efetivos e 15 suplentes. O mandato dos últimos integrantes expirou em março.

Quem se anima a buscar pelos nomes dos novos membros dá de cara com um quadro “atualizado em 2 de abril de 2009. Os espaços dedicados aos nomes estão vazios.”

FONTE: Folha Online, em 29/06/2009, texto de Sérgio Lima no blog de Josias de Souza.

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