segunda-feira, 27 de julho de 2009

A COMPRA DE SUBMARINOS, HELICÓPTEROS E AVIÕES

MISSÃO FRANCESA

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu fechar o pacote de compra de armamentos com a França, no valor de 6,7 bilhões de euros. O acordo envolve a aquisição de quatro submarinos convencionais, a transferência de tecnologia para construção do submarino nuclear brasileiro, um novo estaleiro, uma nova base naval na baía de Sepetiba (RJ), além da fabricação de helicópteros. Será assinado em 7 de setembro, por Lula e o presidente francês Nicolas Sarkozy, que virá ao Brasil e participará das comemorações do Dia da Independência.

No Ocidente, a França é a única que tem autonomia e competitividade tecnológica em relação aos Estados Unidos, ao contrário de Inglaterra, Alemanha e Japão. Sarkozy vê a parceria com o Brasil como a oportunidade de construir um novo eixo geopolítico na América Latina, África e mundo árabe, sem a Rússia e a China.

DISSUASÃO

A cúpula das Forças Armadas apoia a parceria estratégica com a França. A presença militar crescente dos Estados Unidos na Colômbia e a memória da Guerra das Malvinas, na qual os EUA deram apoio logístico à Inglaterra contra os argentinos, levaram os militares a se preocupar seriamente com a necessidade de adquirir maior “poder de dissuasão”. Isso vale para os vizinhos e, cá entre nós, para os Estados Unidos. É aí que entra a transferência de tecnologia militar francesa.

RAFALE

O projeto F-X2 da Força aérea Brasileira está fora do acordo com a França, mas nada impede que possa entrar, como pleiteia Sarkozy. A FAB pretende adquirir 36 aviões de caça de última geração, que podem chegar a US$ 5,4 bilhões. A Dassault francesa disputa a licitação com a norte-americana Boeing (F-18 Super Hornet) e a sueca Saab (Gripen NG), que faz propaganda do seu vistoso protótipo no Aeroporto de Brasília. No próximo mês, o comandante da Força, Juniti Saito, entregará a decisão a Jobim. A escolha será política, não apenas militar.”

FONTE: reportagem de Luiz Carlos Azedo publicada no jornal Correio Braziliense de

Nenhum comentário:

Postar um comentário