“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que os países latino-americanos sejam considerados atores mais fortes no processo de enfrentamento da crise financeira mundial e disse que nações em desenvolvimento, como Brasil e México, são "parte indispensável" na solução da crise, criada a partir da "especulação" de países ricos.
"Defendemos uma economia que incentive o trabalho e a produção, e não a especulação desenfreada. Hoje ninguém pode duvidar que somos parte indispensável da solução de um problema que não criamos. A América Latina não pode estar fora desse debate", disse Lula ao receber, em Brasília, o presidente do México, Felipe Calderón.
Ao voltar a defender reformas em organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, Lula destacou que as turbulências mundiais colocaram em xeque a "suposta supremacia dos modelos importados" e abriu espaço para discussões sobre novos papéis de instituições de governança global.
OPÇÃO
"A crise econômica internacional desmistificou a suposta supremacia do mercado e dos modelos importados. Ao mesmo tempo, abriu espaço para que países emergentes, como os nossos, impulsionem as necessárias reformas nas estruturas da governança global", disse Lula.
Confrontado com a situação do México, que, por ter sua economia diretamente dependente dos americanos, teve queda de 50% nas exportações nos cinco primeiros meses de 2009, o presidente brasileiro destacou a importância da opção do Brasil de diversificar mercados, ampliando negócios com a África e com o mundo árabe e diminuindo o peso de acordos com os Estados Unidos e com a União Europeia (UE).
"A crise sublinhou a importância de buscarmos diversificar nossos parceiros, enriquecer o leque de produtos e internacionalizar nossas empresas", disse.”
FONTE: publicado no site “ vermelho” em 18 de Agosto de 2009.
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