Plano do governo exorta domínio da tecnologia nuclear
"Acelerar o aproveitamento das jazidas de urânio do país é uma das diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa. Lançado por Lula em dezembro de 2008, o plano dedica duas páginas à defesa do domínio da tecnologia nuclear.
O documento rejeita novos acordos internacionais que limitem o desenvolvimento da tecnologia de energia nuclear no país, como a ideia defendida pelos EUA de criar um banco de urânio enriquecido em grau suficiente para ser usado na geração de energia. A proposta manteria as atividades de enriquecimento de urânio sob controle de organismos multilaterais [exceto as das já potências nucleares, que se manteriam não-transparentes à comunidade internacional].
A bomba atômica [produzidas em grande escala pelos EUA, Rússia, Inglaterra, França, China, Israel e Índia] usa urânio enriquecido a um grau bem superior ao do usado nas usinas e na propulsão de submarinos.
"A ideia em discussão [defendida pelas potências militares que possuem armas atômicas] é abortar a construção de fábricas de enriquecimento de urânio nos [outros] países, sobretudo por causa [sob o falso pretexto] do programa nuclear iraniano", diz Guilherme Camargo, presidente da Aben (Associação Brasileira de Energia). O Brasil já tem fábrica, em Resende (RJ).
"O Brasil zelará por manter abertas as vias de acesso ao desenvolvimento de suas tecnologias de energia nuclear [para fins pacíficos]", diz a Estratégia Nacional de Defesa.
O documento critica o aumento das restrições do TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear) e defende o submarino de propulsão nuclear e o desenvolvimento em escala industrial de todo o ciclo do combustível nuclear."
FONTE: publicado hoje (19/10) na Folha de São Paulo [exceto o título e os trechos entre colchetes e em itálico]
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