terça-feira, 10 de novembro de 2009

CRESCIMENTO DO EMPREGO PROVOCA SHOW DE ADVERSATIVAS

Este blog já abordou em algumas postagens a grande importância que as conjunções adversativas passaram a ter para a imprensa da direita desde a assunção do governo Lula em 2002. Para anular ou depreciar qualquer notícia positiva do atual período governamental, as reportagens são contorcidas e mescladas com fatos e comparações negativos. As conjunções adversativas (mas, porém, todavia, contudo etc) são muito úteis nessas horas.

A notícia de hoje (10/11) do portal UOL do Grupo 'Folha', fortemente engajado na campanha pela volta da direita ao poder, com Serra/PSDB em 2010, é um exemplo típico. Para noticiar que o emprego cresceu, a redação do UOL Notícias teve que exageradamente lançar mão desse mecanismo linguístico. Transcrevo:

"Emprego na indústria cresce pelo 3º mês, mas fica 6,5% abaixo do ano passado

Da Redação, em São Paulo

O emprego na indústria brasileira cresceu 0,4% de agosto para setembro, completando o terceiro mês seguido de alta na comparação com ajuste sazonal (descontadas as variações típicas de cada época do ano).

Mesmo assim, o nível de emprego em setembro ficou 6,5% inferior ao verificado no mesmo mês do ano passado. Naquela época, a crise financeira internacional ainda não havia produzido impacto sobre o mercado de trabalho brasileiro.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No terceiro trimestre, em relação ao anterior, o emprego industrial aumentou 0,3%, interrompendo três trimestres consecutivos de queda, período em que acumulou uma perda de 7,0%, segundo o IBGE.

De janeiro a setembro, o nível de emprego na indústria ficou 5,6% abaixo do verificado em intervalo equivalente de 2008.

Outros indicadores divulgados mostram o mesmo movimento: alta de agosto para setembro, mas queda na comparação entre setembro deste ano e do ano passado.

O número de horas pagas avançou 1,1% em setembro ante agosto, mas ficou 6,4% abaixo do mês anterior. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, houve queda de 6,3%, comparativamente ao mesmo período de 2008.

A folha de pagamento real cresceu 1,7% em setembro em relação ao mês anterior, mas ficou 4,9% menor que em setembro de 2008. No acumulado do ano, caiu 2,5%."

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