"EUA 'consternados' com aprovação de expansão de assentamentos
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou nesta terça-feira que o governo dos Estados Unidos está "consternado" com a aprovação, pelas autoridades israelenses, da construção de 900 novos condomínios em um assentamento em Jerusalém Oriental.
Segundo Gibbs, a decisão "dificulta" os esforços de paz e a negociação entre israelenses e palestinos.
Nesta terça-feira, ministro do Interior de Israel, Eli Yishai, anunciou a autorização do projeto para as novas construções no bairro de Gilo - localizado na área 'conquistada' em 1967, anexada ao município de Jerusalém e reclamada pelos palestinos.
"Estamos consternados com a decisão do Comitê de Planejamento de Jerusalém de levar em frente o processo de aprovação da expansão de Gilo em Jerusalém", disse Gibbs.
EUA
Essa é a segunda vez em apenas dois meses que o governo do presidente Barack Obama se manifesta contra os assentamentos. Os assentamentos em áreas 'disputadas' [invadidas] são considerados ilegais pelas leis internacionais - uma medida rejeitada por Israel.
Em setembro, a Casa Branca afirmou que lamentava relatos de que Israel planejava novas construções na Cisjordânia.
Segundo a mídia israelense, o governo rejeitou um pedido de Washington para o congelamento das construções em Gilo. De acordo com a imprensa, o enviado especial do governo americano para o Oriente Médio, George Mitchell, teria feito o pedido para o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, durante um encontro em Londres na segunda-feira.
O porta-voz de Netanyahu, Mark Regev, não comentou os relatos, mas reforçou que o governo recusa em incluir as áreas anexadas a Jerusalém como parte dos esforços para atender o pedido de Obama para "conter" as construções em assentamentos. Segundo ele, a "política de contenção" se aplica apenas às construções na Cisjordânia.
Paz
De acordo com o correspondente da BBC em Jerusalém, Tim Franks, a aprovação da construção de 900 novos condomínios em Gilo é a maior decisão sobre planejamento e construções desde que Netanyahu assumiu o cargo.
Os 900 condomínios, que serão formados por apartamentos de quatro e cinco quartos, representará uma expansão significativa de Gilo. Segundo Yishai, a construção deve começar apenas em três ou quatro anos, depois da autorização final.
Para o porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a aprovação do projeto das novas construções é "outro passo que demonstra e prova que Israel não está pronto para a paz".
"Esse passo arruinará cada tentativa - europeia ou americana - de preservar o processo de paz", disse Nabil Abu Redeineh.
Cerca de 500 mil judeus moram em mais de cem assentamentos construídos em territórios {invadidos] e ocupados na Cisjordânia e Jerusalém Oriental."
FONTE: publicado hoje (18/11) pela agência britânica do notícias BBC e postado no portal UOL [exceto o título e palavras entre colchetes, colocados por este blog].
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