quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O PETRÓLEO DA VENEZUELA ATRAI A TRADICIONAL COBIÇA DE POTÊNCIAS MILITARES

RISCO DE USO PELOS EUA DA MESMA MAQUIAVÉLICA FÓRMULA UTILIZADA NA INVASÃO DO IRAQUE [e o próximo será o Irã] PARA GARANTIR O SUPRIMENTO DE PETRÓLEO

A PRIMEIRA FASE JÁ ESTÁ EM CURSO, COM O ÓBVIO APOIO DA DIREITA E DA GRANDE MÍDIA BRASILEIRA. ASSIM COMO SADDAM HUSSEIN, CHÁVEZ ESTÁ SENDO CARACTERIZADO COMO MAU, DITADOR, TIRANO, ANTIDEMOCRATA, MILITARISTA, UMA AMEAÇA À LIBERDADE E À PAZ DA REGIÃO E DO MUNDO.

A 2ª FASE SE INICIA


"A verdade tarda, mas...

"Três meses depois de dizer que um documento da Força Aérea dos EUA sobre as bases americanas na Colômbia era "tão somente um texto acadêmico, como tantos outros", o Pentágono acaba de enviar ao Congresso um outro documento dizendo a mesma coisa: as tais bases servem, sim, para ter um pé na América do Sul e ficar de olho em países não muito amistosos -caso da Venezuela.

O primeiro documento, cuja existência foi revelada pela Folha em 2 de agosto, dizia que as operações aéreas a partir da base principal, a de Palanquero, podem cobrir metade do continente sem paradas técnicas de reabastecimento.

Reforçou, assim, a desconfiança do Brasil e de seus vizinhos de que o objetivo da ampliação militar americana na Colômbia é não só interno, contra a narcoguerrilha, mas externo, para vigilância e controle sobre a região. Mas os EUA acalmaram a turma, tratando o texto como se fosse um "papelito" qualquer.

Depois, na reunião da Unasul em Bariloche, o venezuelano Chávez leu os trechos mais cabeludos do documento, que caracterizavam o intuito bélico e de intervenção.

Sem ter como negar a veracidade, o colombiano Uribe recorreu ao subterfúgio do Pentágono: também, para ele, tratava-se de mero exercício acadêmico, sem valor oficial.

Agora vem o texto do Pentágono para o Congresso (algo pode ser mais oficial?), classificando as bases na Colômbia como "oportunidade única [...] de acesso e presença regional a um custo mínimo", numa área cheia de "governos antiamericanos" por toda parte.

Diante disso, cabe ao Brasil e a toda a Unasul fazer três perguntas a Obama e a Uribe: 1) a presença militar dos EUA é ou não é para ameaçar a Venezuela?; 2) cadê as "garantias formais", que Lula pediu a Uribe e a Obama, de que os objetivos não extrapolam as fronteiras?; 3) Bogotá e Washington estão fazendo "nosotros" de palhaços?"

FONTE: texto de Eliane Cantanhêde publicado hoje (05/11) na Folha de São Paulo [exceto o título e os subtítulos, acrescentados por este blog].

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