No governo FHC/PSDB/PFL-DEM, foi conduzido enorme esforço para que as grandes empresas estrangeiras se instalassem e dominassem o mercado brasileiro. Grande avanço conseguiram. Era a receita eufêmica de "modernização neoliberal" especificada para nós pelas grandes potências.
Contudo, o Governo Lula/PT tenta reverter o processo. Como fazem os países desenvolvidos, incentivos às empresas realmente nacionais de fato são cada vez mais comuns no Brasil. Busca-se, assim, dar condições e dimensão às empresas brasileiras para que elas possam competir com as estrangeiras (muitas delas estatais) que atuam no Brasil incentivadas pelo seu respectivo país-sede. A 'grande mídia' (direitista) brasileira não gosta e frequentemente condena essas medidas, ridicularizadas como "nacionalistas ultrapassadas".
Vejamos a seguinte notícia da Folha de São Paulo de hoje (31/01) extraída da sinopse da Empresa Brasileira de Comunicações:
"Governo dá aval a megaempresa do setor elétrico
Camargo Corrêa recebe apoio do Palácio do Planalto para formar companhia que terá um terço do mercado
A empreiteira Camargo Corrêa, que assumiu no ano passado o comando da CPFL, conta com apoio do governo para comprar o controle da Eletropaulo e da AES Sul, além de adquirir do Banco do Brasil e do fundo de pensão Previ a parte deles no grupo Neoenergia.
Concretizadas as operações, a empreiteira terá uma gigante que abastecerá mais de um terço do mercado nacional, relatam Leonardo Souza e Leila Coimbra. A formação da superelétrica não enfrentará impedimento legal. Houve mudança na regulação em 2008.
A operação, contudo, precisará passar pelos órgãos de defesa da concorrência.
Não é a primeira vez que o governo age para formar grandes empresas nacionais. O BNDES injetou quase R$ 7 bilhões para a união entre as teles Oi e BrT em 2008 e 2009."
Em tempo: este blog adiciona a seguinte informação:
A tal "Megaempresa brasileira", cuja criação a mídia em geral noticia com reprovação explícita ou sutil, irá avançar no mercado brasileiro de eletricidade que foi dadivosamente passado para estrangeiros pelo governo FHC/PSDB/PFL, especialmente para os norte-americanos.
Para resumir, transcrevo o seguinte texto da Wikipedia:
"A partir de 1995, o então governador Mário Covas [PSDB] criou o Programa Estatual de Desestatização (PED), para iniciar um processo de privatização de inúmeras empresas estatais paulistas, além de trechos de rodovias e ferrovias.
Considerada pelos técnicos do governo estadual como uma empresa grande demais para ser privatizada num único bloco, a antiga empresa estatal de energia Eletropaulo foi dividida em blocos, em quatro empresas menores.
Um dos blocos era a empresa estatal chamada provisoriamente de "Eletropaulo Metropolitana", uma das empresas mais rentáveis do bloco, responsável pela operação de serviços de energia elétrica na capital de São Paulo e parte da região metropolitana.
A Eletropaulo Metropolitana foi privatizada [pelo governo FHC] em 1999: o controle acionário da Eletropaulo Metropolitana foi comprado em 15 de abril de 1998, através de leilão, pela Lightgás, subsidiária do grupo Light, formado pelas empresas norte-americanas AES Corporation, Houston Industries Energy, Inc. (a atual Reliant Energy), pela [estatal] francesa Electricité de France (EDF) e pela brasileira [sic] Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Em 2001, com a venda das ações da Reliant e da CSN para a AES Corporation, a Eletropaulo Metropolitana passou a ser controlada apenas pela AES [dos EUA]."
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