sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

OS PROBLEMAS DA MARINHA

"Os problemas da Marinha

Por EDSON MEDEIROS

Nassif, essa análise vem lá do blog Poder Naval. O comentário explicita a situação da Marinha do Brasil e é mais uma amostra de que as forças armadas brasileiras são deixadas para 2º, 3º, 4º plano pelos governos que acendem ao poder. A análise mostra as implicações desse descaso.

Do blog Poder Naval

Que falta faz uma Marinha preparada

O terremoto no Haiti vai mostrar novamente a fragilidade da capacidade de apoio logístico das Forças Armadas brasileiras, em particular a da Marinha.

Logicamente, ainda é cedo para se saber tudo o que é necessário mandar para a área (já há informações sobre o envio de equipamento capaz de produzir água potável), embora os EUA já tenham se antecipado enviando um navio-aeródromo de propulsão nuclear, que de imediato pode contribuir com suas instalações médicas e seus helicópteros. Há que se levar em conta, porém, que a distância dos EUA para o Haiti é pequena. Mas o fato é que os EUA são um país preparado para oferecer o mesmo tipo de assistência em âmbito global, devido a seus interesses também globais.

O Brasil, por sua vez, não pode enviar o NAe São Paulo, que ainda não voltou a operar depois do longo período de reparos.

Conta-se nos dedos de uma mão os navios que a Marinha poderá dispor para enviar ao Haiti, na sua maioria navios comprados usados e que não estão com suas máquinas em condição 100%.

Novamente também, o fato da Marinha estar quase toda concentrada no Rio de Janeiro (no caso da esquadra e suas unidades de grande porte) não permite uma reação rápida para locais mais distantes, como aconteceu na operação de resgate do voo AF447.

É preciso que nossas autoridades percebam que uma Marinha não se improvisa e que leva-se décadas para se preparar uma força de apoio logístico capaz de atuar com eficiência tanto na paz quanto na guerra, em qualquer lugar de interesse nacional.

O Brasil almeja um lugar no Conselho de Segurança da ONU e quer ampliar ainda mais sua participação no cenário internacional. Mas, infelizmente, sua capacidade militar e de projeção de poder atuais não dão respaldo a essa aspiração."

FONTE: publicado hoje (15/01) no blog do jornalista Luis Nassif.

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