quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

LULA/PT/DILMA x FHC/PSDB/SERRA

"Mudança

Lembram-se os leitores da 'atoarda' que os tucanos fizeram, em todo o País, principalmente nos meios de comunicação a eles sempre dóceis, quando da iminência da eleição de Lula. Uma velhota, dez vezes rejuvenescida pelas cirurgias plásticas, ganhou uma nota preta para dizer que estava com medo da mudança. Um empresário falido de São Paulo anunciou que deixaria o País, se Lula fosse eleito. Lula se elegeu. Não abdicou de suas preocupações sociais e, de mansinho, fez o que nem Getúlio Vargas e João Goulart fizeram: conferiu dignidade ao salário mínimo. Nos tempos de FHC, ele nem chegava a 80 dólares. Diziam os tucanos que, se elevasse a 100, levaria o País à bancarrota. Hoje, ele ultrapassou os 200 e as chamadas classes C e D tiveram elevação de seu padrão de vida.

Dilma

Agora, FHC quer provar que Lula não mete medo, Dilma Rousseff, sua candidata, sim. O candidato da direita mesmo, dos grandes empresários que ele admira, feito Daniel Dantas, é José Serra, que, por sinal, se diz insatisfeito dentro desta roupagem que o ex-chefe lhe vestiu. Então, a sucessão presidencial vai se travar entre dois políticos de esquerda, Dilma e Serra. Aos assustados de sempre, Dilma faz medo. A outros, José Serra, apesar de sua submissão aos grandes grupos econômicos de São Paulo [e estrangeiros].

Revolução

Aí, a direitona passou a cobrar atitudes revolucionárias de Lula, que nunca as prometeu. Queria que ele rompesse com o governo dos Estados Unidos e com o sistema financeiro, pondo fim aos lucros colossais dos bancos. Podia ter feito isto e não duraria uma semana no poder. Mas Lula jamais deu um passo maior que as pernas. Nunca avançou demasiado para não recuar às carreiras.

Personalismo

No fundo, vai-se discutir é o estilo de governar tucano que serve principalmente aos ricos, ao sistema financeiro. Enquanto o de Lula se volta para evitar que brasileiros morram de fome, como ocorria antes de ele assumir a Presidência, com o programa do Bolsa-Família e com o aumento geral de salários. Sem falar em outras conquistas dos assalariados e dos trabalhadores que nunca seriam possíveis sob o tucanato. Nunca foram antes deste operário iluminado assumir a Presidência da República."

FONTE: notas do jornalista Lustosa da Costa em sua coluna de hoje (24/02) no Diário do Nordeste.

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