A ESTATAL EMBRAER CRIADA EM 1969 PELOS MILITARES É MODELO DE SOLUÇÃO
"Para crescer, Brasil precisa de ''mais Embraers''"
Estudo mostra que emergentes têm de priorizar alta tecnologia
Alta tecnologia, e não agricultura ou recursos naturais. Essa é a sugestão para o desenvolvimento econômico no Brasil apresentada em uma nova iniciativa do prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz e alguns dos maiores economistas do mundo.
O alerta é claro: o Brasil e outros países emergentes não podem basear seu desenvolvimento e estratégias de redução da pobreza no setor agrícola, em recursos naturais ou no comércio de commodities.
O estudo, elaborado em conjunto com diversas universidades e transformado em livro - que será lançado segunda-feira -, indica que o desenvolvimento industrial de economias como a do Brasil precisará contar com uma estratégia de Estado nos próximos anos para permitir que setores possam ganhar competitividade internacional.
"O setor agrícola tem claros limites e nossa recomendação é para que nenhum país emergente dependa do setor para sair da condição de subdesenvolvimento", afirmou Giovanni Dosi, professor de economia da Escola de Estudos Avançados de Pisa e um dos principais autores do levantamento.
A recomendação para o Brasil é de que o País simplesmente não pode tentar competir contra os bens produzidos na China, pelo menos não aqueles de valor agregado médio ou baixo. "O Brasil precisa procurar seu espaço, que não é o mesmo da China", defendeu Dosi, hoje considerado um dos principais especialistas em políticas industriais na Europa.
Segundo o estudo, o que o Brasil precisa é de "mais Embraers".
Para Dosi, a dificuldade que o Brasil tem hoje para acompanhar o crescimento da China e Índia seria compensada com uma política destinada a promover setores de alta tecnologia.
A iniciativa de Stiglitz também aponta que as bases do Consenso de Washington - liberalismo e privatização - devem ser substituídos por estratégias mais abrangentes de industrialização. "Os países que embarcaram no Consenso hoje têm suas indústrias destruídas, como é o caso da Argentina", alertou Dosi. "O que queremos mostrar é que o Consenso de Washington é um cavalo morto, mesmo que alguns governos ainda insistam em querer montá-lo."
FONTE: publicado hoje (20/02) no "Jornal do Commercio" [título e subtítulo colocados por este blog].
Prezada Maria Tereza
ResponderExcluirEncontrei brilhante texto sobre o desenvolvimento brasileiro no site
vermelho.org
Ciência e tecnologia e o capital financeiro nacional de Elias Jabbour da Unicamp
Texto muito acima da média que jamais se verá escrito na Business Week...
Por favor poe o link pq nao encontrei o tal texto....
ResponderExcluirObrigado,
Prezados Yuri Korolev e Alison,
ResponderExcluirGostei muito do texto sugerido e o postei há pouco.
Muito obrigada
Maria Tereza