"Preços das passagens aéreas são os menores desde 2002
Tarifa média em 2009 foi de R$ 321,28 por bilhete, segundo dados divulgados pela Anac
"País teve aumento na demanda por voos e queda no preço", disse Solange Paiva Vieira, da Anac
Os preços das passagens aéreas no Brasil em 2009 foram os menores desde 2002, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) começou a fazer sua série. No ano passado, os passageiros pagaram, em média, R$ 0,47682 por quilômetro voado em rotas nacionais, o correspondente a um preço médio de R$ 321,28 por bilhete.
Os dados são do relatório Yield Tarifa divulgado ontem pela Anac, com informações das empresas aéreas brasileiras.
"Ao contrário de outros países, onde o tráfego aéreo ainda sofre com a crise, o Brasil teve um ano excelente, com aumento de 17,7% na demanda por voos domésticos e queda de quase 28% nos preços das passagens. A participação crescente das companhias aéreas de menor porte no mercado brasileiro levou a tarifas mais baixas e isso motivou as pessoas a usarem (mais) o avião como meio de transporte", afirma Solange Paiva Vieira, diretora-presidente da Anac.
Em relação a 2002, o declínio é de 33%. Naquele ano, o preço do quilômetro voado era de R$ 0,71237, e os bilhetes custavam, em média, R$ 431,53. Os números foram atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Os valores de 2009 representam um declínio de 27,6% na comparação com o custo de R$ 0,65855 do quilômetro voado de 2008, quando o preço médio das passagens era de R$ 445,19, conforme a série atualizada pelo IPCA.
Em valores nominais, no entanto, o custo de R$ 0,46833 por quilômetro voado perde somente para o R$ 0,42844 de 2007. Em 2009, o preço médio das passagens ficou em R$ 315,43, valor 10% maior que a média de R$ 286,61 cobrada em 2007. A título de comparação, em 2008 o quilômetro voado representou uma despesa de R$ 0,61776 ao passageiro, com bilhetes custando, em média, R$ 417,74.
A oferta de assentos entre 2008 e 2009 subiu 1,6%, para 14.482.013 unidades.
Para calcular o Yield Tarifa são considerados origem e destino do bilhete aéreo, independentemente das escalas e conexões, em 67 ligações domésticas entre as capitais brasileiras e cidades de médio porte. Há uma portaria que define os critérios e as rotas utilizadas nos cálculos.
O indicador considera a quantidade de assentos comercializados em cada base tarifária, a distância entre a origem e o destino em quilômetros e a receita obtida pela empresa com as tarifas públicas de passageiros, aquelas compradas por pessoas físicas ou jurídicas no varejo, seja pela internet, lojas e balcões das companhias aéreas, nas agências de viagens ou ainda por telefone.
Somente não integram o Yield Tarifa as tarifas corporativas (aquelas negociadas entre companhias aéreas e outras empresas), tarifas de fretamento (aquelas negociadas com as agências de turismo para pacotes de viagens) e assentos oferecidos gratuitamente ou com desconto (para tripulantes, funcionários, crianças que não ocupam assentos, programas de milhagem e endosso de passagem).
DEMANDA
A demanda pelos voos domésticos em janeiro cresceu 31,6%, em comparação ao mesmo mês de 2009, e 13,07% nos voos internacionais realizados por aéreas brasileiras, segundo a Anac divulgou há uma semana."
FONTE: publicado hoje (19/02) no "O Estado de São Paulo".
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