"O Brasil, entre as seis maiores economias do mundo, é a que tem menor gasto com a saúde pública: 7,5% do PIB.
Mesmo assim, a coalizão demotucana de Serra bateu o bumbo neoliberal contra o 'Estado e a gastança' para extinguir a CPMF em 2007, subtraindo recursos da ordem de R$ 40 bilhões por ano no atendimento à população.
O argumento para livrar as transações financeiras da contribuição à saúde pública --uma das taxações mais justas, diga-se, porque proporcional aos valores movimentados-- é o velho bordão do conservadorismo: o 'Estado já gasta muito e a carga fiscal é excessiva'.
Vê-se agora o engôdo: com a reforma da saúde implantada pelo governo Obama --lá também sob forte resistência da extrema-direita à 'gastança' com os pobres-- os EUA destinam 15,3% do PIB para o atendimento à população; a Alemanha da conservadora Merckel aplica 10,6% no sistema de saúde; a França, do direitista Sarkozy,11% ; o Japão conservador, 8,1% e a Inglaterra, 8,2%."
("Carta Maior" e o custo social da tacanhice conservadora pró-Serra)
FONTE: publicado hoje (23/03) no cabeçalho do site "Carta Maior".
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