COM ESSAS PALAVRAS, CHAMOU DE LOUCOS TAMBÉM OS DIRIGENTES DAS GRANDES POTÊNCIAS FABRICANTES DE BOMBAS NUCEARES (EUA, INGLATERRA, FRANÇA, RÚSSIA, CHINA, ISRAEL, ÍNDIA, PAQUISTÃO E COREIA DO NORTE)
"Presidente diz que só a loucura pode levar à fabricação de armas nucleares
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou ontem (22) que, ao defender o direito de o Irã desenvolver seu próprio programa nuclear, esteja colocando em risco sua biografia.
Lula também rebateu as críticas sobre ameaças à segurança em decorrência das suspeitas de que os iranianos supostamente escondem a fabricação de bomba atômica. Para ele, a expectativa é que “ninguém tenha momento de loucura” e utilize a tecnologia nuclear para fabricar armamentos.
“Por isso que acreditamos que os fóruns multilaterais vão decidir essa garantia [de segurança a todos os governos por meio de tratados, acordos e documentos] para todos nós, sempre na expectativa de que ninguém tenha momento de loucura e queira utilizar para outra coisa”, afirmou Lula após receber o presidente do Líbano, Michel Sleiman, no Itamaraty.
Para Lula, o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, tem os mesmos direitos dados ao governo brasileiro. Em busca de uma solução pacífica que impeça eventuais sanções por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Lula envia hoje o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para Teerã (Irã), Istambul (Turquia) e Moscou (Rússia).
Segundo Lula, é obrigação de todos buscar um acordo de paz e preservar o direito de cada país de ter seu programa de desenvolvimento de energia nuclear por representar o caminho para a preservação do meio ambiente e também para vários projetos pacíficos. “O risco maior que eu poderia ter era me omitir achando que só alguns países podem cuidar da paz”, disse ele.
O presidente ressaltou que a polêmica em torno do Irã põe em dúvida se o programa nuclear do país é para fins pacíficos ou vai ser desenvolvido para a fabricação de bombas atômicas. Segundo ele, o esforço é para compatibilizar o discurso e tentar evitar o acirramento da crise. No discurso durante almoço oferecido ao presidente libanês, Lula disse que as “indefinições” sobre o Irã ameaçam a paz, depois explicou que é necessário buscar um discurso único: “Nós queremos compatibilizar um só discurso, uma só voz e uma só paz”.
Lula reiterou sua confiança na palavra de Ahmadinejad que nega as acusações de fabricação de armamentos e informa que o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos. Segundo o presidente, Irã e Brasil têm direitos iguais. “Nós defendemos a utilização de energia nuclear para fins pacíficos, queremos para o Irã o que queremos para o Brasil”, afirmou. “Nós temos autoridade moral e política para discutir este assunto com quem quer que seja. A paz não é privilégio de um ou outro país, todos praticam cotidianamente a paz.”
Repetindo o que afirmou durante almoço oferecido ao presidente libanês, Lula disse que para buscar uma solução para a paz é fundamental resolver pendências entre palestinos e israelenses, no Oriente Médio, e a pressão no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “Para que se construa a paz é preciso resolver problemas no Oriente Médio e entre o Conselho de Segurança e o Irã. Por isso queremos encontrar uma saída negociada”, afirmou."
FONTE: reportagem de Renata Giraldi (edição de Lílian Beraldo) publicada pela Agência Brasil.
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