terça-feira, 27 de julho de 2010

BRASIL FAZ NOVA TENTATIVA PARA EVITAR A GUERRA NO IRÃ

"Em um esforço para evitar uma nova guerra no Oriente Médio, os ministros das Relações Exteriores do Brasil e da Turquia anunciaram ontem que tentarão marcar um encontro o mais rápido possível entre representantes do Irã e das principais potências internacionais. A Turquia se ofereceu para sediar a reunião, que poderia ser realizada já no início de setembro em Istambul, maior cidade do país.

O encontro reuniria, além do Irã, os países do chamado grupo P5+1 os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, Rússia, China, França e Grã-Bretanha) mais a Alemanha. Apesar dos desmentidos iranianos, a Casa Branca e seus aliados temem que o objetivo do programa nuclear do país dos aiatolás seja a fabricação de bombas atômicas. Recentemente, o Conselho de Segurança aprovou com o voto contrário de Brasil e Turquia novas sanções ao Irã devido às negativas do governo de Teerã de suspender seu programa nuclear.

Estamos tentando criar uma nova ordem mundial, mas algumas pessoas ainda estão um pouco preocupadas com essa possibilidade. Sempre nos empenharemos para que o Irã adote uma posição mais flexível e também para que os outros países respondam de forma apropriada disse o Ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, durante visita a Istambul.

NEGOCIAÇÕES NÃO SERÃO FÁCEIS

Já o chanceler turco, Ahmet Davutoglu, enfatizou que seu governo e o Brasil continuam defendendo um tratado pelo qual o Irã enviaria parte do seu estoque de urânio com baixo grau de enriquecimento para a Turquia, em troca de combustível enriquecido a 20%, como gesto de boa fé antes de negociações mais amplas.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, fixou condições para uma eventual retomada das negociações: 1) Os EUA e outros países devem deixar claro se se opõem ao arsenal nuclear de Israel. 2) Precisam dizer se apoiam o Tratado de Não-Proliferação nuclear. 3) Devem dizer se querem ser amigos ou inimigos do Irã.”

FONTE: publicado no jornal gaúcho “Zero Hora”.

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