domingo, 31 de outubro de 2010
O GLOBO SE RÓI DE ÓDIO DO SUCESSO DA PETROBRAS
Brizola Neto
"Da campanha que levou ao suicídio de Getúlio Vargas – quando os microfones da Rádio Globo foram entregues a Carlos Lacerra (ops, troquei uma letra) à eleição de Fernando Collor, passando, claro, pelo golpe de 64, o império Globo esteve metido até os ossos com tudo o que de mau se fez a este país.
Não é, portanto, de estranhar que o jornal esteja em campanha aberta contra a Petrobras, no momento em que esta empresa se afirma como instrumento da libertação econômica e social deste país.
Ontem, já chamava atenção para isso aqui no blog. Mas hoje o jornal superou o insuperável e “desceu aos píncaros” da imundície.
Sua manchete, simplesmente, “acusa” a Petrobras de achar e extrair petróleo. Trata o início de operação de Tupi, a descoberta de petróleo em Sergipe e a definição das reservas gigantes da área de prospecção de Libra como sendo “eleitorais”.
Desculpem-me, mas só um energúmeno pode achar que atividades complexas como estas podem ser tratadas assim. “Fulano, na quarta-feira você acha petróleo no fundo do mar, a 2.400 metros lá em Sergipe, beltrano, na quinta você coloca um navio-plataforma com capacidade para 100 mil barris/dia em operação e sicreno, na sexta você termina os estudos geológicos lá em Libra e anuncia que são bilhões de barris”.
Só mesmo quem manipula a informação como faz o império Globo pode achar que as coisas podem ser feitas assim numa empresa gigantesca, onde o corpo técnico e os trabalhadores não podem, no caso de não se prestarem docilmente às ordens dos donos, podem ser convidados a passar no departamento de pessoal.
As Organizações Globo são as grandes deformadoras da consciência social desta Nação. São elas que fazem, com seu poderio, a escolha dos integrantes do próximo “Big Brother” ser mais importante nos meios de comunicação do que o país encontrar, em um úinico campo de petróleo, reservas que poderão, sozinhas, mais do que dobrar nosso potencial petrolífero.
O império Globo não quer que o Brasil seja um país livre, quer seguir a ser o feitor de uma colônia escrava.
Mas, se Deus quiser, o que não foi feito nos oito anos de Governo Lula, que viveu a ilusão de que serpentes podem ser domadas, entrou em marcha nestas eleições. Não é censura, não é perseguição. É luz, é fazer o Brasil entender quem são eles, o que desejam e perceber que a Globo não é mais a senhora dos nossos destinos, que estão nas mãos do povo brasileiro, seu único e legítimo dono."
FONTE: escrito por Brizola Neto em seu blog (http://www2.tijolaco.com/29714).
ESCLARECIMENTOS DA PETROBRAS SOBRE ACUSAÇÕES DE EX-EMPREGADA
"Em relação às informações veiculadas na internet sexta-feira (29/10) sobre as acusações feitas pela ex-empregada Edilene Farias de Oliveira, e em resposta às perguntas enviadas pelo blog Viomundo, a Petrobras esclarece:
1. Edilene foi demitida após apuração criteriosa que atestou a prática de fatos que caracterizaram justa causa para rescisão do contrato de trabalho, o que se deu em 09/11/2009.
Histórico do caso:
Em 1997, Edilene Farias de Oliveira apresentou sintomas alérgicos, de caráter hereditário. Ao tomar conhecimento, na época, a Petrobras emitiu Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) ao INSS. Para evitar que o ambiente industrial agravasse a saúde da empregada, ela foi transferida da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) para o escritório da Petrobras em Salvador, no bairro de Itaigara.
A ex-empregada esteve afastada pelo INSS desde 2005. A licença encerrou-se em 30 de agosto de 2009. Edilene retornou no dia 8/9/2009 e trabalhou até o dia 20 do mesmo mês. No entanto, a partir do dia 21 daquele mês não compareceu à sua gerência, apesar de ter sido formalmente convocada pela empresa. Portanto, jamais houve assédio moral à empregada.
A Petrobras atua sempre em conformidade com a legislação trabalhista e também o fez neste caso. Como membro do Conselho de Administração, ao qual não compete a gestão cotidiana da Companhia, a ex-ministra Dilma Rousseff não participou de atos administrativos relativos à ex-empregada.
2. Em 12 de março de 2010, houve um acidente na U-83 (Central de Utilidades – local onde se localiza a segunda caldeira da refinaria) da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), envolvendo três empregados terceirizados da empresa Mip. Os trabalhadores foram atingidos por um vazamento de vapor d’água, sendo imediatamente encaminhados à Unidade Médica Intensiva de Candeias (UMI), unidade referência no tratamento de queimaduras.
Infelizmente, um dos empregados faleceu.
Jamais houve previsão de solenidade para inauguração da caldeira. Portanto, é descabida a acusação de que a obra foi acelerada e de que a Petrobras teria deixado expostos a risco os empregados.
A Petrobras obedece a rigorosos procedimentos, principalmente aqueles que se referem à segurança operacional. Isso faz parte da cultura da empresa, construída ao longo de sua história. Esta política se aplica a todos os segmentos e cenários onde atua.
3. A Petrobras não doou casas para o MST, como afirma a Sra. Edilene. Em 22 de novembro de 2005, foi firmado convênio entre a Transpetro e o Estado da Bahia, por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER), com a finalidade de concluir a construção de 118 unidades habitacionais destinadas à realocação de moradores que residiam sobre a faixa de dutos de combustíveis, com elevado risco, em trecho próximo ao Terminal Aquaviário de Madre de Deus. Além disso, o convênio previa a implementação de um projeto social junto aos moradores, com a instalação de uma peixaria e uma padaria na região do Caípe de Cima, em São Francisco do Conde. O objetivo do projeto, que alcança 3.000 pessoas por meio de cooperativas, oficinas e palestras, é contribuir para o desenvolvimento sustentável da comunidade e resolver um problema social que afetava o desenvolvimento das atividades regulares da Companhia."
FONTE: blog "Fatos e Dados", da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/?p=32060).
PETROBRAS: ATIVIDADE EXPLORATÓRIA COMO BASE PARA CRESCIMENTO
"Produção acumulada de 2003 a 2010 foi de 4,77 bilhões de barris de óleo, contra 3,02 bilhões no período de 1995 a 2002.
Nos oito anos do governo Lula, foram perfurados 847 poços exploratórios, contra 500 nos oito anos anteriores.
A média de investimentos em exploração da Companhia mais que triplicou: passou de US$ 519,3 milhões nos oito anos do governo anterior, para US$ 1,9 bilhão por ano no atual.
O crescimento de qualquer empresa integrada de petróleo, como é o caso da Petrobras, está fortemente relacionado à atividade exploratória e à tecnologia para descobrir e produzir petróleo e gás. O investimento nessas áreas é fundamento básico para garantir o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva.
Atuando de acordo com essas premissas, a Petrobras intensificou a aquisição de blocos exploratórios nos leilões da ANP a partir de 2003. Além disso, a Companhia aumentou o número de sondas de perfuração e de poços perfurados.
Foram 847 poços exploratórios no período 2003-2010, contra 500 nos oito anos anteriores. A média de investimentos em exploração mais que triplicou. Saltou de US$ 519,3 milhões para US$ 1,9 bilhão por ano.
Nos últimos anos a Petrobras aumentou os investimentos em exploração, visando avaliar as descobertas realizadas, localizar novos reservatórios de petróleo e aumentar a apropriação de reservas em áreas já produtoras. O objetivo foi manter uma relação reserva/produção segura para o futuro da empresa e do abastecimento do País. Como resultado, a Petrobras tem hoje um potencial recuperável de petróleo suficiente para dobrar a produção até 2020. A produção nacional de petróleo passará de aproximadamente 2 milhões de barris por dia em 2010, para aproximadamente 3 milhões 950 mil barris por dia em 2020.
A produção acumulada de óleo entre 2003 e 2010 foi de 4,47 bilhões de barris, contra 3,02 bilhões no período de 1994 a 2003. As reservas de petróleo e gás cresceram, passando de 11 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em dezembro de 2002, para 14,17 bilhões de boe, em dezembro de 2009. Este volume ainda não inclui o petróleo do pré-sal, que deverá dobrar as reservas da Companhia. Os investimentos em pesquisa tecnológica registraram um aumento de 627% nos últimos oito anos.
Todo esse incremento nas atividades exploratórias e de produção de petróleo e gás elevou a demanda por novas plataformas. Os grandes projetos de produção passaram de 20 para 33 (crescimento de 65%), contando com uma parcela de conteúdo nacional mais significativa.
Com um crescimento de 400% nas contratações no país, a política da Petrobras de participação máxima do mercado interno na aquisição de bens e serviços no Brasil elevou o conteúdo nacional mínimo de 57%, em 2003, para 77,34% em 2010. Dentro dos padrões internacionais de qualidade, prazo e custo, as aquisições no mercado nacional passaram de US$ 5,2 bilhões em 2003, para US$ 25,9 bilhões em 2009.
Descobertas do passado garantem produção atual
Nas décadas de 80 e 90, a Petrobras descobriu três campos gigantes em águas ultraprofundas da Bacia de Campos (Albacora, em 1984; Marlim, em 1985, e Roncador em 1996). Esses campos, como acontece no mundo inteiro, tiveram que passar pelas diversas fases de avaliação e desenvolvimento da produção.
Isso demanda dez ou mais anos de trabalho a partir da descoberta. Pelas suas dimensões e novas descobertas nas mesmas áreas, esses campos continuam em fase de desenvolvimento da produção e são responsáveis pelo aumento do volume produzido a cada ano.
Foram esses campos que contribuíram, e ainda contribuem, para o maior aumento da produção, quando começaram a entrar em operação as grandes plataformas em Albacora, Marlim e Roncador. O campo gigante de Roncador, descoberto em 1996, recebeu, em 2002, o navio-plataforma FPSO-Brasil. Em 2007, foram instaladas as plataformas P-52 e P-54. A contribuição efetiva desses campos para o aumento da produção ocorreu principalmente nos últimos dez anos, em função de novas tecnologias exploratórias que permitiram avaliações mais precisas dos reservatórios."
FONTE: blog "Fatos e Dados", da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/?p=32031).
PETROBRAS: NOVA DESCOBERTA EM ANGOLA
"A Petrobras informa nova descoberta no poço Cabaça Sudeste-2, perfurado para a delimitação da recente descoberta de petróleo no Bloco 15/06, no litoral de Angola. O poço está localizado a cerca de 100 quilômetros da costa, com profundidade de água de 470 metros.
Avaliações iniciais indicam a existência de petróleo de alta qualidade, com densidade de 34º API, com vazão de aproximadamente 7 mil barris por dia. A produtividade ficou restrita à capacidade limitada das instalações de superfície.
O bloco é operado pela Eni (35%), em parceria com Petrobras (5%), Sonangol Pesquisa e Produção (15%), SSI Fifteen Limited (20%), Total (15%), Falcon Oil Holding Angola SA (5%), e a Statoil Angola Block 15/06 Award SA (5%).
Esta é a segunda descoberta no bloco. A primeira, denominada Mpungi-1, anunciada também neste mês, foi resultado da perfuração do poço Mpungi-1, localizado a 120 km da costa angolana, em profundidade de água de 1.050 metros e a uma profundidade total de 2.300 metros. Testes iniciais de produção indicaram vazão superior a 6 mil barris por dia de petróleo leve."
FONTE: blog "Fatos e Dados", da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/?p=32080).
JUSTIFICATIVA DE VOTO
"Apesar de a lei eleitoral determinar o fim das atividades de campanha, cada brasileiro tem o direito de defender publicamente a sua escolha antes que termine a votação deste domingo.
Voto em Dilma Rousseff pela continuidade de um projeto de país que está dando certo e porque não me convenci das razões de seu adversário para votar nele.
Rejeito a afirmação de José Serra de que votar em si não significa rompimento com esse projeto e repudio as táticas que usou para tentar auferir o voto popular.
Uso como base as críticas que o candidato do PSDB fez à condução da economia pelo governo Lula e as suas declarações pretéritas sobre programas sociais desse governo.
Convido o leitor a dizer a sua escolha, seja ela qual for. A contraposição de argumentos será valiosa aos que buscam tomar a melhor decisão eleitoral e que ainda não se decidiram."
FONTE: escrito por Eduardo Guimarães em seu blog "Cidadania.com" (http://www.blogcidadania.com.br/2010/10/justificativa-de-voto/).
HOJE: "O QUE ESTÁ EM JOGO?"
"O aborto ou os 70 bilhões de barris do pré-sal? Uns seis trilhões de dólares?
O maior impulso industrializante do país desde Vargas?
Quais valores estão em jogo, esses, confirmados hoje nos 15 bilhões de barris, só no poço de Libra, ou os da água benta falsa de Serra?
Se prevalecer o modelo tucano de exploração, o pré-sal vira remessa de lucros e exportação de óleo bruto nas mãos das petroleiras internacionais. Perde-se seu efeito multiplicador numa cadeia de suprimento industrial da ordem de 55 mil itens, desde plataformas e navios, a válvulas, aço e parafusos.
Porém, mais que isso, perder-se-ia a chance histórica deste país eliminar a miséria e abrir uma avenida de ampla convergência de oportunidades e direitos para as gerações do presente e do futuro.
Qual é a discussão mais relevante? É essa, por isso não sai no Jornal."
FONTE: site "Carta Maior" (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm).
O maior impulso industrializante do país desde Vargas?
Quais valores estão em jogo, esses, confirmados hoje nos 15 bilhões de barris, só no poço de Libra, ou os da água benta falsa de Serra?
Se prevalecer o modelo tucano de exploração, o pré-sal vira remessa de lucros e exportação de óleo bruto nas mãos das petroleiras internacionais. Perde-se seu efeito multiplicador numa cadeia de suprimento industrial da ordem de 55 mil itens, desde plataformas e navios, a válvulas, aço e parafusos.
Porém, mais que isso, perder-se-ia a chance histórica deste país eliminar a miséria e abrir uma avenida de ampla convergência de oportunidades e direitos para as gerações do presente e do futuro.
Qual é a discussão mais relevante? É essa, por isso não sai no Jornal."
FONTE: site "Carta Maior" (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm).
A BALA DE PRATA PÚRPURA TRAZ A MÁCULA DA PEDOFILIA
"Complacência com pedófilos na alta cúpula da Igreja sonega ao Vaticano autoridade moral sobre o voto cristão: 55% dos católicos brasileiros votam em Dilma e ignoram a aliança entre a extrema direita religiosa e política travestida em pacto antiaborto, envelopado hoje com ares de súmula do Santo Ofício na primeira página da Folha.
Foi preciso Lula lembrar que o Estado brasileiro é laico, enquanto o coro dos 'professores' tucanos acalenta a genuflexão das urnas a um Vaticano encralacrado no celibato pedófilo.
Bento XVI ainda não subscreveu a Carta dos Direitos Humanos da ONU --porque não menciona Deus-- e retirou seu apoio à Unicef, que defende o planejamento familiar e o uso de preservativo contra a Aids. A mesma ala da Igreja encastelada na Opus Dei, que agora apoia Serra, abençoou Salazar, em Portugal; Franco, na Espanha; Pinochet, no Chile; Videla, na Argentina e o Golpe de 64."
FONTE: site "Carta Maior", em 30-10 (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm).
Foi preciso Lula lembrar que o Estado brasileiro é laico, enquanto o coro dos 'professores' tucanos acalenta a genuflexão das urnas a um Vaticano encralacrado no celibato pedófilo.
Bento XVI ainda não subscreveu a Carta dos Direitos Humanos da ONU --porque não menciona Deus-- e retirou seu apoio à Unicef, que defende o planejamento familiar e o uso de preservativo contra a Aids. A mesma ala da Igreja encastelada na Opus Dei, que agora apoia Serra, abençoou Salazar, em Portugal; Franco, na Espanha; Pinochet, no Chile; Videla, na Argentina e o Golpe de 64."
FONTE: site "Carta Maior", em 30-10 (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm).
HISTÓRIA DE UM LEITOR TUCANO CIDADÃO
"Este singelo blog teve a honra de receber a mensagem de um leitor que segue abaixo. Embora não seja de nosso feitio, publicamos. É um recado inspirador. Após a emocionada missiva seguem algumas informações complementares.
"Prezada NaMaria News:
Sou uma pessoa comum. Meu nome é Carlos Romero e frequento seu blog sempre, leio, comento e recomendo aos amigos de todos os partidos mesmo que eu nunca tenha sido petista. Ao contrário eu votei sempre PSDB, (não me leve a mal! Leia até o fim!). O que me traz ao seu blog é a certeza de que as suas informações procedem, então toda informação segura é bem-vinda. Nunca acreditei que a verdade viria de uma só fonte (eu sei que você sempre fala isso). Além do seu blog eu vou ao Azenha, Nassif, Cloaca, PHA, Vianna, muitos dos outros "sujos" e, claro, os do "meu partido". Os contrastes são impressionantes, para pior.
Eu trabalho na área da engenharia há muitos anos, sou irmão, tio, pai, avô, compartilho todos os deveres e prazeres com minha mulher há mais de 40 anos. Já passei por muitas eleições, mas nunca vi uma sujeira miserável como a que estou vendo nesta eleição de 2010. Como eu disse vou aos sites de "meu partido" e participo de correspondências.
Acontece que recebi um e-mail de um deles indicando um texto, fui lá olhar. Era o site "Vou de Serra 45", ligado ao site oficial do José Serra e um texto pedindo para assistir e espalhar um filme disponível no Youtube. O filme é um horror, não apenas pelo tema ou forma como foi feito ou por ser contrário à candidata Dilma Roussef e ao PT e Lula, mas porque as informações nele contidas são absurdas. Eu assisti enojado, deu desespero ao ver tanta imbecilidade. Pouco tempo depois minha filha telefona perguntando se eu havia visto, o mesmo fizeram meus três filhos. Todos estavam revoltados. Mas o pior foi quando meus netos chegaram apavorados em nossa casa. Eles haviam assistido também e estavam assustados querendo saber se aquilo era verdade mesmo. Em casa sempre educamos os nossos para questionar e pensar, para refletir sobre os fatos em vez de aceitar tudo passivamente.
Tive um momento de intensa lucidez, NaMaria News, foi algo providencial!!! Então expliquei a situação a eles. Mostrei a verdade do governo Lula e a melhoria que até a nossa família teve em vários níveis. Mostrei como vivíamos tristes na Ditadura, como ficamos na miséria com o Collor, como ficamos na corda bamba com FHC e como encontramos conforto e segurança com Lula. Hoje eu tenho trabalho quando quero, mesmo tendo passado dos 60 anos, porque tenho conhecimento de área. Meus filhos estão todos empregados e compraram seus apartamentos, coisa que só fui fazer depois de anos e anos de aluguel e alto financiamento. Meus filhos fizeram faculdade, oportunidade que minha esposa só vai ter agora, graças à nossa estabilidade. Tínhamos uma empregada com mais de vinte anos de casa que saiu para seguir o sonho de fazer uma faculdade. Graças ao PROUNI ela está cursando enfermagem perto de sua cidade de origem no Nordeste. Hoje nos comunicamos diariamente pela internet. Ela é a única de sua família a ter esse privilégio de poder estudar em universidade, já sabemos que seu irmão mais novo irá pelo mesmo caminho em 2011, ele não está mais fazendo carvão nem a família. Isso certamente irá mudar as vidas dos seus familiares e sobretudo de sua filha que verá bom exemplo na mãe (solteira, que fez abortos clandestinos ainda jovem por desespero, ignorância de controle de natalidade e necessidade), mulher que teve sonhos e que é uma guerreira como poucas.
Mostrei isso e mais fatos aos meus netos e netas, mostrei a chantagem da bolinha de papel do Serra, a repercussão péssima do seu ato desmedido, a mentira do Jornal Nacional, a verdade do SBT e da Record, mostrei os panfletos sórdidos (que minha mulher trouxe da igreja que frequenta), mostrei sites como o seu, o lindo sambão da ridícula bolinha, fomos ao Twitter e até sobre aborto nós voltamos a falar. No final eles tiraram suas conclusões e quando perguntaram -"Mas avô você ainda vai votar no Serra? A avó também?" Foi um choque porque eu não havia pensado nisso ainda. Mas pensei com eles e sei minha resposta.
Foi então que voltei ao site Vou de Serra 45 e escrevi meu comentário logo abaixo do filme de terror e mentiras. Tomei a liberdade de tirar cópias das páginas que seguem no anexo para que ficasse registrado porque eu imaginei que meu comentário não seria publicado por aqueles covardes, mas meus netos e familiares poderiam se orgulhar de mim se o vissem.
Se quiser usar esse material pode usar NaMaria News. Pode espalhar porque a verdade deve ser espalhada muito mais que a mentira. Nossos filhos e netos, o nosso futuro não podem ficar nas mãos de terroristas como esses. Eles é que são os verdadeiros terroristas nessa eleição imunda em que a quiseram transformar. Nós não somos idiotas!!!
NaMaria News, meus netos, minha família, meu ex PSDB, caro José Serra... Perdeu!! Sem medo de ser feliz nosso voto é Dilma 13 no dia 31!!!
Cordiais abraços.
Carlos Romero
28/10/2010"
FONTE: blog "NaMaria news" (http://namarianews.blogspot.com/2010/10/historia-de-um-leitor-tucano-cidadao.html).
"Prezada NaMaria News:
Sou uma pessoa comum. Meu nome é Carlos Romero e frequento seu blog sempre, leio, comento e recomendo aos amigos de todos os partidos mesmo que eu nunca tenha sido petista. Ao contrário eu votei sempre PSDB, (não me leve a mal! Leia até o fim!). O que me traz ao seu blog é a certeza de que as suas informações procedem, então toda informação segura é bem-vinda. Nunca acreditei que a verdade viria de uma só fonte (eu sei que você sempre fala isso). Além do seu blog eu vou ao Azenha, Nassif, Cloaca, PHA, Vianna, muitos dos outros "sujos" e, claro, os do "meu partido". Os contrastes são impressionantes, para pior.
Eu trabalho na área da engenharia há muitos anos, sou irmão, tio, pai, avô, compartilho todos os deveres e prazeres com minha mulher há mais de 40 anos. Já passei por muitas eleições, mas nunca vi uma sujeira miserável como a que estou vendo nesta eleição de 2010. Como eu disse vou aos sites de "meu partido" e participo de correspondências.
Acontece que recebi um e-mail de um deles indicando um texto, fui lá olhar. Era o site "Vou de Serra 45", ligado ao site oficial do José Serra e um texto pedindo para assistir e espalhar um filme disponível no Youtube. O filme é um horror, não apenas pelo tema ou forma como foi feito ou por ser contrário à candidata Dilma Roussef e ao PT e Lula, mas porque as informações nele contidas são absurdas. Eu assisti enojado, deu desespero ao ver tanta imbecilidade. Pouco tempo depois minha filha telefona perguntando se eu havia visto, o mesmo fizeram meus três filhos. Todos estavam revoltados. Mas o pior foi quando meus netos chegaram apavorados em nossa casa. Eles haviam assistido também e estavam assustados querendo saber se aquilo era verdade mesmo. Em casa sempre educamos os nossos para questionar e pensar, para refletir sobre os fatos em vez de aceitar tudo passivamente.
Tive um momento de intensa lucidez, NaMaria News, foi algo providencial!!! Então expliquei a situação a eles. Mostrei a verdade do governo Lula e a melhoria que até a nossa família teve em vários níveis. Mostrei como vivíamos tristes na Ditadura, como ficamos na miséria com o Collor, como ficamos na corda bamba com FHC e como encontramos conforto e segurança com Lula. Hoje eu tenho trabalho quando quero, mesmo tendo passado dos 60 anos, porque tenho conhecimento de área. Meus filhos estão todos empregados e compraram seus apartamentos, coisa que só fui fazer depois de anos e anos de aluguel e alto financiamento. Meus filhos fizeram faculdade, oportunidade que minha esposa só vai ter agora, graças à nossa estabilidade. Tínhamos uma empregada com mais de vinte anos de casa que saiu para seguir o sonho de fazer uma faculdade. Graças ao PROUNI ela está cursando enfermagem perto de sua cidade de origem no Nordeste. Hoje nos comunicamos diariamente pela internet. Ela é a única de sua família a ter esse privilégio de poder estudar em universidade, já sabemos que seu irmão mais novo irá pelo mesmo caminho em 2011, ele não está mais fazendo carvão nem a família. Isso certamente irá mudar as vidas dos seus familiares e sobretudo de sua filha que verá bom exemplo na mãe (solteira, que fez abortos clandestinos ainda jovem por desespero, ignorância de controle de natalidade e necessidade), mulher que teve sonhos e que é uma guerreira como poucas.
Mostrei isso e mais fatos aos meus netos e netas, mostrei a chantagem da bolinha de papel do Serra, a repercussão péssima do seu ato desmedido, a mentira do Jornal Nacional, a verdade do SBT e da Record, mostrei os panfletos sórdidos (que minha mulher trouxe da igreja que frequenta), mostrei sites como o seu, o lindo sambão da ridícula bolinha, fomos ao Twitter e até sobre aborto nós voltamos a falar. No final eles tiraram suas conclusões e quando perguntaram -"Mas avô você ainda vai votar no Serra? A avó também?" Foi um choque porque eu não havia pensado nisso ainda. Mas pensei com eles e sei minha resposta.
Foi então que voltei ao site Vou de Serra 45 e escrevi meu comentário logo abaixo do filme de terror e mentiras. Tomei a liberdade de tirar cópias das páginas que seguem no anexo para que ficasse registrado porque eu imaginei que meu comentário não seria publicado por aqueles covardes, mas meus netos e familiares poderiam se orgulhar de mim se o vissem.
Se quiser usar esse material pode usar NaMaria News. Pode espalhar porque a verdade deve ser espalhada muito mais que a mentira. Nossos filhos e netos, o nosso futuro não podem ficar nas mãos de terroristas como esses. Eles é que são os verdadeiros terroristas nessa eleição imunda em que a quiseram transformar. Nós não somos idiotas!!!
NaMaria News, meus netos, minha família, meu ex PSDB, caro José Serra... Perdeu!! Sem medo de ser feliz nosso voto é Dilma 13 no dia 31!!!
Cordiais abraços.
Carlos Romero
28/10/2010"
FONTE: blog "NaMaria news" (http://namarianews.blogspot.com/2010/10/historia-de-um-leitor-tucano-cidadao.html).
BLOGOSFERA DEMOCRÁTICA E DIFUSORA DA VERDADE X VELHA MÍDIA PANFLETÁRIA E ANTI-JORNALÍSTICA
Watergate tinha Bob Woodward e Carl Bernstein, GloboGate tem a Blogosfera...
Da Agência "Educação Política"
"Vale a pena ler o texto escrito por Antonio Martins no site "Outras Palavras", o primeiro do Dossiê GloboGate. O texto, além de bem escrito e lúcido, faz uma análise dos recentes fatos que marcaram o descontrole a que chegou a velha mídia brasileira diante da possibilidade cada vez mais real e próxima de uma mulher, sucessora de Lula, chegar à presidência da república e dar continuidade ao projeto de inclusão social e erradicação da pobreza, duas coisas que há séculos incomoda os detentores do poder.
O texto mostra que dois episódios – a manipulação explícita e irresponsável de imagens na ocasião da farsa da agressão à Serra e o episódio em que vazaram os depoimentos dados pelo jornalista Amaury Ribeiro, envolvido na quebra de sigilo de Verônica Serra, mostrando que o existia de fato era nada mais nada menos do que uma briga interna no PSDB – são claros exemplos de como a velha mídia que usa e abusa de uma concessão pública jamais pensa no interesse público ao transmitir uma informação.
No último caso aqui citado, a situação foi ainda pior, já que ficou provado que a Globo teve acesso a toda entrevista concedida por Amaury e escondeu do público dados extremamentes relevantes para decidir o futuro do país, mostrando apenas coisas sem a menor importância. De fato, a Globo, do alto de todo seu poder e influência sobre o Brasil, fez do jornalismo uma mera bolinha de papel.
Como propõe o autor do texto, essas acusações e farsas praticadas pela Rede Globo precisam ser investigadas a fundo depois que terminarem as eleições, pois ainda deve existir muita sujeita escondida debaixo do tapete. E quando toda essa sujeira vir à tona o escândalo da maior rede de televisão do país pode entrar para a história como GloboGate.
O nome se faz bastante apropriado não só por ser uma espécie de eco histórico em razão do escândalo ocorrido nos Estados Unidos, como também pela relação que os dois jovens jornalistas norte-americanos da época, que investigaram a fundo o caso e conseguiram derrubar um presidente da república, estabelecem com a blogosfera brasileira.
Essa rede informal e independente, ao contrário da velha mídia conservadora e manipuladora, de fato busca a verdade dos fatos e existe à serviço do Brasil, da opoinião pública e do povo brasileiro. É nas páginas e nas letras de milhares de blogueiros espalhados por todo o Brasil que ainda respira o verdadeiro jornalismo e que pode, por que não, a exemplo do que fizeram os jornalistas norte-americanos em Watergate, não digo derrubar um império de comunicação, mas, com certeza, exigir e fazer valer a democratização da informação!!!"
FONTE: blog "Educação Política"
(http://glaucocortez.com/2010/10/30/blogosfera-democratica-e-difusora-da-verdade-x-velha-midia-panfletaria-e-anti-jornalistica/).
Da Agência "Educação Política"
"Vale a pena ler o texto escrito por Antonio Martins no site "Outras Palavras", o primeiro do Dossiê GloboGate. O texto, além de bem escrito e lúcido, faz uma análise dos recentes fatos que marcaram o descontrole a que chegou a velha mídia brasileira diante da possibilidade cada vez mais real e próxima de uma mulher, sucessora de Lula, chegar à presidência da república e dar continuidade ao projeto de inclusão social e erradicação da pobreza, duas coisas que há séculos incomoda os detentores do poder.
O texto mostra que dois episódios – a manipulação explícita e irresponsável de imagens na ocasião da farsa da agressão à Serra e o episódio em que vazaram os depoimentos dados pelo jornalista Amaury Ribeiro, envolvido na quebra de sigilo de Verônica Serra, mostrando que o existia de fato era nada mais nada menos do que uma briga interna no PSDB – são claros exemplos de como a velha mídia que usa e abusa de uma concessão pública jamais pensa no interesse público ao transmitir uma informação.
No último caso aqui citado, a situação foi ainda pior, já que ficou provado que a Globo teve acesso a toda entrevista concedida por Amaury e escondeu do público dados extremamentes relevantes para decidir o futuro do país, mostrando apenas coisas sem a menor importância. De fato, a Globo, do alto de todo seu poder e influência sobre o Brasil, fez do jornalismo uma mera bolinha de papel.
Como propõe o autor do texto, essas acusações e farsas praticadas pela Rede Globo precisam ser investigadas a fundo depois que terminarem as eleições, pois ainda deve existir muita sujeita escondida debaixo do tapete. E quando toda essa sujeira vir à tona o escândalo da maior rede de televisão do país pode entrar para a história como GloboGate.
O nome se faz bastante apropriado não só por ser uma espécie de eco histórico em razão do escândalo ocorrido nos Estados Unidos, como também pela relação que os dois jovens jornalistas norte-americanos da época, que investigaram a fundo o caso e conseguiram derrubar um presidente da república, estabelecem com a blogosfera brasileira.
Essa rede informal e independente, ao contrário da velha mídia conservadora e manipuladora, de fato busca a verdade dos fatos e existe à serviço do Brasil, da opoinião pública e do povo brasileiro. É nas páginas e nas letras de milhares de blogueiros espalhados por todo o Brasil que ainda respira o verdadeiro jornalismo e que pode, por que não, a exemplo do que fizeram os jornalistas norte-americanos em Watergate, não digo derrubar um império de comunicação, mas, com certeza, exigir e fazer valer a democratização da informação!!!"
FONTE: blog "Educação Política"
(http://glaucocortez.com/2010/10/30/blogosfera-democratica-e-difusora-da-verdade-x-velha-midia-panfletaria-e-anti-jornalistica/).
CELSO AMORIM RECEBE PRÊMIO DE REVISTA DOS EUA POR LIDERANÇA INOVADORA
"O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, recebeu da revista norte-americana de negócios "Latin Trade" o prêmio Bravo Business, na categoria “Innovative leader of the year” (líder de inovação do ano) por suas habilidades e seu papel na evolução do Brasil, que ele transformou em uma "potência mundial".
O chefe da diplomacia brasileira foi escolhido, segundo a revista bimestral especializada em temas econômicos e empresariais, por ser o “arquiteto a liderar, nos bastidores, a transformação da política externa brasileira” no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de Amorim, outros três latino-americanos serão premiados, em outras categorias: o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Segundo a revista, que concede o prêmio há 16 anos, Amorim “liderou a transição do Brasil, que tinha uma voz regular, com apenas influência regional, para outra, cujas opiniões são cortejadas e levadas em contada no cenário mundial”.
A revista destaca o papel do ministro na crise de Honduras, nas negociações do G20, nas discussões sobre a política ambiental e na questão nuclear do Irã.
Em 2009, Amorim foi indicado pela revista Foreing Policy como o “melhor ministro das relações exteriores do mundo”.
FONTE: portal R7. Transcrito no portal Vermelho (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=140530).
O chefe da diplomacia brasileira foi escolhido, segundo a revista bimestral especializada em temas econômicos e empresariais, por ser o “arquiteto a liderar, nos bastidores, a transformação da política externa brasileira” no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de Amorim, outros três latino-americanos serão premiados, em outras categorias: o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Segundo a revista, que concede o prêmio há 16 anos, Amorim “liderou a transição do Brasil, que tinha uma voz regular, com apenas influência regional, para outra, cujas opiniões são cortejadas e levadas em contada no cenário mundial”.
A revista destaca o papel do ministro na crise de Honduras, nas negociações do G20, nas discussões sobre a política ambiental e na questão nuclear do Irã.
Em 2009, Amorim foi indicado pela revista Foreing Policy como o “melhor ministro das relações exteriores do mundo”.
FONTE: portal R7. Transcrito no portal Vermelho (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=140530).
TRIUNFO EM DEBATE DEIXA DILMA MAIS PRÓXIMA DE VITÓRIA HISTÓRICA
"A TV Globo bem que tentou dar uma forcinha para o tucano José Serra, no último debate entre os presidenciáveis, na noite de sexta-feira (29). Mas quem fez a festa nos estúdios da emissora no Rio de Janeiro, logo após o encontro, foram os apoiadores de Dilma Rousseff – e com razão. Ao superar um dos mais temidos obstáculos da campanha, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando passou a ter chances ainda mais concretas de se tornar a sucessora do presidente Lula.
Por André Cintra
Numa atração com 25 pontos de média no Ibope (cada ponto equivale a 55 mil televisores na Grande São Paulo), Dilma soube explorar o formato do debate melhor do que Serra. Pela primeira vez nestas eleições, não houve perguntas de candidato para candidato. As 12 questões foram formuladas e lidas por eleitores supostamente indecisos, que não tinham o direito de comentar as respostas. Sem o confronto direto, o candidato que está à frente nas pesquisas – no caso, Dilma – larga em vantagem.
Mas a petista não se contentou com esse trunfo. Seu principal acerto foi captar a singularidade das perguntas, demonstrando estar interessada não só em expor seu plano geral de governo – mas também em dar perspectivas até para questões mais pontuais. De longe, foi Dilma quem conseguiu estabelecer um diálogo mais franco e natural com o grupo de eleitores indecisos. Ao mesmo tempo, Dilma frisava melhor as diferenças de concepções e projetos das duas candidaturas.
Serra, ao contrário, causou ruído já na hora de agradecer às perguntas que lhe foram feitas. Pesquisas qualitativas realizadas durante o debate apontaram particular rejeição à maneira como Serra, com sorriso forçado e de forma pouco convincente, atribuía “grande importância” a todas as questões.
Sem contar suas frases de efeito, ocas a não mais poder: “Investir no serviço público é melhorar a autoestima do país”; “A batalha da saúde tem que ser para que hoje seja melhor do que ontem e amanhã melhor que hoje”; “A primeira condição para enfrentar o problema da segurança é admitir que o problema é sério”; “Saúde e segurança são a vida, mas a educação é o futuro”.
Funcionalismo
Logo na primeira pergunta do debate – sobre propostas para os servidores públicos –, as diferenças entre Serra e Dilma se impuseram. Serra, um notório inimigo do funcionalismo, defendeu propostas genéricas – “a carreira e o concurso, a valorização dos profissionais”, a “despartidarização” das agências reguladoras.
Mais tarde, o tucano teve a oportunidade de voltar ao assunto, quando uma eleitora baiana contou estar penalizada pela filha, que é professora sem ser valorizada. Serra disse defender um pacto nacional pela educação (abstração pura) e o combate ao analfabetismo. E a valorização do professor – onde é que fica?
Dilma, em suas réplicas, lembrou que o governo Lula já iniciou uma política de valorização do funcionalismo, com destaque para a aprovação do piso salarial nacional dos professores. Para se diferenciar da política à “base de cassetetes” praticada pelo PSDB em São Paulo, a candidata mostrou que não há saída para o funcionalismo se o governo não ouvir os principais interessados. “Um governante não pode estabelecer uma relação de atrito quando o professor pede diálogo.”
Serra acusou o governo Lula de “duplicar impostos sobre saneamento”, mas patinou ao fugir do compromisso de desonerar a folha de pagamento em benefício dos pequenos empreendedores. “Temos de ser responsáveis, não é moleza”, argumentou. Dilma não perdeu a oportunidade e defendeu abertamente “uma reforma tributária que diminua a oneração”.
“Percebemos que, quando diminui a tributação, não diminui a arrecadação”, afirmou, pondo em destaque as inúmeras reduções do IPI pelo governo Lula durante a crise de 2008-09. “Eu concordo com a desoneração. A pessoa contrata mais, e mais pessoas consomem. É um círculo virtuoso.”
Uma eleitora relatou o trauma de ter sido assaltada a mão armada. Serra voltou a bater na tecla da criação de um Ministério da Segurança Pública e no combate ao tráfico de drogas. Dilma, mais sensível, disse que boa parte da criminalidade exige uma ação específica. Comprometeu-se, assim, a levar polícias comunitárias aos bairros populares, com ação concentrada e fiscalização.
Social
Um eleitor de São Paulo cobrou iniciativas para que os programas sociais, como o Bolsa Família, não sejam “vitalícios. Outro, do Paraná, reclama que os brasileiros pagam muitos impostos, sem receber nada em troca. Dilma não passou recibo e interveio a favor dos programas sociais – uma questão que, segundo ela, será “central” em seu governo.
Agregou que o ProUni, com seus mais de 700 mil beneficiados de renda média e baixa, é um exemplo de como o governo Lula tenta incluir quem paga imposto e foi historicamente desprezado. Serra, mais uma vez, tentou fazer da pergunta um trampolim para ele falar de seu programa para outras áreas – “Política social é também saúde e segurança”, tentou justificar-se.
Quando o eleitor de Pernambuco reclamou que seis irmãos seus estão na informalidade e não conseguem pagar a Previdência, Serra falou em “empuxo político” e incentivo ao empreendedorismo. “Se a contribuição for pesada, ninguém vai pagar”, rebateu Dilma, em defesa da formalização máxima do mercado de trabalho e, somado a isso, de contribuições variadas à Previdência de acordo com a faixa de renda.
Nas considerações finais, uma inesperada manipulação: a Globo usou câmeras panorâmicas para expor Dilma, enquanto Serra mereceu uma transmissão em close. As reações de protesto no estúdio foram automáticas. No conteúdo, Dilma disse representar a continuidade de “um projeto que fez com que o Brasil despertasse para a consciência de sua grandeza”.
Saber enfrentar Serra e a Globo, a dois dias das eleições, também mostra como Dilma percebeu sua própria grandeza e está à altura de governar o Brasil. A vitória ficou mais próxima. Que venha 31 de outubro."
FONTE: portal Vermelho (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=140522&id_secao=1).
Por André Cintra
Numa atração com 25 pontos de média no Ibope (cada ponto equivale a 55 mil televisores na Grande São Paulo), Dilma soube explorar o formato do debate melhor do que Serra. Pela primeira vez nestas eleições, não houve perguntas de candidato para candidato. As 12 questões foram formuladas e lidas por eleitores supostamente indecisos, que não tinham o direito de comentar as respostas. Sem o confronto direto, o candidato que está à frente nas pesquisas – no caso, Dilma – larga em vantagem.
Mas a petista não se contentou com esse trunfo. Seu principal acerto foi captar a singularidade das perguntas, demonstrando estar interessada não só em expor seu plano geral de governo – mas também em dar perspectivas até para questões mais pontuais. De longe, foi Dilma quem conseguiu estabelecer um diálogo mais franco e natural com o grupo de eleitores indecisos. Ao mesmo tempo, Dilma frisava melhor as diferenças de concepções e projetos das duas candidaturas.
Serra, ao contrário, causou ruído já na hora de agradecer às perguntas que lhe foram feitas. Pesquisas qualitativas realizadas durante o debate apontaram particular rejeição à maneira como Serra, com sorriso forçado e de forma pouco convincente, atribuía “grande importância” a todas as questões.
Sem contar suas frases de efeito, ocas a não mais poder: “Investir no serviço público é melhorar a autoestima do país”; “A batalha da saúde tem que ser para que hoje seja melhor do que ontem e amanhã melhor que hoje”; “A primeira condição para enfrentar o problema da segurança é admitir que o problema é sério”; “Saúde e segurança são a vida, mas a educação é o futuro”.
Funcionalismo
Logo na primeira pergunta do debate – sobre propostas para os servidores públicos –, as diferenças entre Serra e Dilma se impuseram. Serra, um notório inimigo do funcionalismo, defendeu propostas genéricas – “a carreira e o concurso, a valorização dos profissionais”, a “despartidarização” das agências reguladoras.
Mais tarde, o tucano teve a oportunidade de voltar ao assunto, quando uma eleitora baiana contou estar penalizada pela filha, que é professora sem ser valorizada. Serra disse defender um pacto nacional pela educação (abstração pura) e o combate ao analfabetismo. E a valorização do professor – onde é que fica?
Dilma, em suas réplicas, lembrou que o governo Lula já iniciou uma política de valorização do funcionalismo, com destaque para a aprovação do piso salarial nacional dos professores. Para se diferenciar da política à “base de cassetetes” praticada pelo PSDB em São Paulo, a candidata mostrou que não há saída para o funcionalismo se o governo não ouvir os principais interessados. “Um governante não pode estabelecer uma relação de atrito quando o professor pede diálogo.”
Serra acusou o governo Lula de “duplicar impostos sobre saneamento”, mas patinou ao fugir do compromisso de desonerar a folha de pagamento em benefício dos pequenos empreendedores. “Temos de ser responsáveis, não é moleza”, argumentou. Dilma não perdeu a oportunidade e defendeu abertamente “uma reforma tributária que diminua a oneração”.
“Percebemos que, quando diminui a tributação, não diminui a arrecadação”, afirmou, pondo em destaque as inúmeras reduções do IPI pelo governo Lula durante a crise de 2008-09. “Eu concordo com a desoneração. A pessoa contrata mais, e mais pessoas consomem. É um círculo virtuoso.”
Uma eleitora relatou o trauma de ter sido assaltada a mão armada. Serra voltou a bater na tecla da criação de um Ministério da Segurança Pública e no combate ao tráfico de drogas. Dilma, mais sensível, disse que boa parte da criminalidade exige uma ação específica. Comprometeu-se, assim, a levar polícias comunitárias aos bairros populares, com ação concentrada e fiscalização.
Social
Um eleitor de São Paulo cobrou iniciativas para que os programas sociais, como o Bolsa Família, não sejam “vitalícios. Outro, do Paraná, reclama que os brasileiros pagam muitos impostos, sem receber nada em troca. Dilma não passou recibo e interveio a favor dos programas sociais – uma questão que, segundo ela, será “central” em seu governo.
Agregou que o ProUni, com seus mais de 700 mil beneficiados de renda média e baixa, é um exemplo de como o governo Lula tenta incluir quem paga imposto e foi historicamente desprezado. Serra, mais uma vez, tentou fazer da pergunta um trampolim para ele falar de seu programa para outras áreas – “Política social é também saúde e segurança”, tentou justificar-se.
Quando o eleitor de Pernambuco reclamou que seis irmãos seus estão na informalidade e não conseguem pagar a Previdência, Serra falou em “empuxo político” e incentivo ao empreendedorismo. “Se a contribuição for pesada, ninguém vai pagar”, rebateu Dilma, em defesa da formalização máxima do mercado de trabalho e, somado a isso, de contribuições variadas à Previdência de acordo com a faixa de renda.
Nas considerações finais, uma inesperada manipulação: a Globo usou câmeras panorâmicas para expor Dilma, enquanto Serra mereceu uma transmissão em close. As reações de protesto no estúdio foram automáticas. No conteúdo, Dilma disse representar a continuidade de “um projeto que fez com que o Brasil despertasse para a consciência de sua grandeza”.
Saber enfrentar Serra e a Globo, a dois dias das eleições, também mostra como Dilma percebeu sua própria grandeza e está à altura de governar o Brasil. A vitória ficou mais próxima. Que venha 31 de outubro."
FONTE: portal Vermelho (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=140522&id_secao=1).
DEBATE NA GLOBO MOSTROU QUE DILMA É A MAIS PREPARADA PARA GOVERNAR O PAÍS
"Com propostas claras e sinceras, Dilma Rousseff teve um desempenho vitorioso no último debate das eleições realizado (29) pela TV Globo. Aos 80 eleitores indecisos selecionados pela emissora, ela demonstrou que está verdadeiramente preocupada com as demandas do país e tem as melhores propostas para fazer o Brasil continuar crescendo e distribuindo renda.
Em todos os 12 temas abordados pelos eleitores, Dilma apontou soluções, diferentemente do adversário tucano, José Serra, que por vezes enrolou e não respondeu aos eleitores, atitude típica adotada por políticos antigos quando não têm propostas.
Em relação a área social, por exemplo, Serra não tinha nada para apresentar. Ao responder o questionamento do eleitor Pedro Belém, 31, ele não disse qual sua proposta para fazer com que os programas sociais ajudem as pessoas a recuperarem sua cidadania.
Erradicação de miséria
Dilma foi direta e lembrou que o ponto fraco dos tucanos é cuidar de que mais necessita. “Quem cuida dos pobres em São Paulo é o governo federal. São Paulo tem 1,4 milhão de famílias que precisam do Bolsa Família. Atendemos apenas 1,1 milhão. E essas 300 mil não atendemos porque o município e o estado não fazem cadastro”, disse.
Ela acrescentou que o governo federal agiu também para aumentar a geração de empregos, abrindo espaço para aqueles que antes nem tinham três refeições diárias no mercado de trabalho.
Saúde
Sempre sincera, Dilma disse que reconhece a dificuldade no atendimento de saúde no Brasil e novamente, sem enrolar, afirmou que aumentará o volume de investimentos no setor e completará o Sistema Único de Saúde (SUS) com as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e as policlínicas para atender as especialidades médicas.
Com isso, as filas nos hospitais ficarão menores. Ela também salientou sua proposta de criar a Rede Cegonha, um serviço de saúde para cuidar especialmente das gestantes e das crianças até um ano de idade.
Economia
Na área econômica, a petista defendeu com garra sua ideia de zerar os impostos sobre investimentos, reduzir o volume de tributos cobrados sobre a folha de pagamento, facilitando as contratações formais, e a redução de impostos para serviços de massa como transporte e energia elétrica.
Ela também foi muito contundente ao se comprometer com a redução do desmatamento, da emissão de gases tóxicos na atmosfera e o reforço na fiscalização das áreas de proteção ambiental, dando mais capacidade ao Ibama. “Nós temos que dar alternativa de vida para os mais de 20 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia”, disse.
Debate
Ao final do debate, Dilma concedeu deu uma breve declaração à imprensa e elogiou o formato do debate por permitir o contato direto dos candidatos com os eleitores indecisos. Pouco antes, ainda nos estúdios da TV Globo, a candidata foi muito assediada pelos eleitores convidados pela emissora para tirar fotos e distribuir autógrafos.
“Eu achei o debate, nesse formato, muito interessante porque os problemas que nós debatemos saem da vida real vivida pelas pessoas. Então, as discussões e os temas, por exemplo, saúde, educação, e impostos, encorpam, ganham carne osso e sentimentos. E eu acho que isso é muito importante porque um presidente da República tem que tratar da vida real e concreta das pessoas e não de números ou entidades abstratas que não dizem respeito ao cotidiano”, analisou."
FONTE: blog Dilma 13 (www.dilma13.com.br) (http://www.pt.org.br/portalpt/noticias/eleicoes-2010-11/debate-na-globo:-dilma-mostra-que-e-a-mais-preparada-para-governar-o-pais-27631.html).
Em todos os 12 temas abordados pelos eleitores, Dilma apontou soluções, diferentemente do adversário tucano, José Serra, que por vezes enrolou e não respondeu aos eleitores, atitude típica adotada por políticos antigos quando não têm propostas.
Em relação a área social, por exemplo, Serra não tinha nada para apresentar. Ao responder o questionamento do eleitor Pedro Belém, 31, ele não disse qual sua proposta para fazer com que os programas sociais ajudem as pessoas a recuperarem sua cidadania.
Erradicação de miséria
Dilma foi direta e lembrou que o ponto fraco dos tucanos é cuidar de que mais necessita. “Quem cuida dos pobres em São Paulo é o governo federal. São Paulo tem 1,4 milhão de famílias que precisam do Bolsa Família. Atendemos apenas 1,1 milhão. E essas 300 mil não atendemos porque o município e o estado não fazem cadastro”, disse.
Ela acrescentou que o governo federal agiu também para aumentar a geração de empregos, abrindo espaço para aqueles que antes nem tinham três refeições diárias no mercado de trabalho.
Saúde
Sempre sincera, Dilma disse que reconhece a dificuldade no atendimento de saúde no Brasil e novamente, sem enrolar, afirmou que aumentará o volume de investimentos no setor e completará o Sistema Único de Saúde (SUS) com as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e as policlínicas para atender as especialidades médicas.
Com isso, as filas nos hospitais ficarão menores. Ela também salientou sua proposta de criar a Rede Cegonha, um serviço de saúde para cuidar especialmente das gestantes e das crianças até um ano de idade.
Economia
Na área econômica, a petista defendeu com garra sua ideia de zerar os impostos sobre investimentos, reduzir o volume de tributos cobrados sobre a folha de pagamento, facilitando as contratações formais, e a redução de impostos para serviços de massa como transporte e energia elétrica.
Ela também foi muito contundente ao se comprometer com a redução do desmatamento, da emissão de gases tóxicos na atmosfera e o reforço na fiscalização das áreas de proteção ambiental, dando mais capacidade ao Ibama. “Nós temos que dar alternativa de vida para os mais de 20 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia”, disse.
Debate
Ao final do debate, Dilma concedeu deu uma breve declaração à imprensa e elogiou o formato do debate por permitir o contato direto dos candidatos com os eleitores indecisos. Pouco antes, ainda nos estúdios da TV Globo, a candidata foi muito assediada pelos eleitores convidados pela emissora para tirar fotos e distribuir autógrafos.
“Eu achei o debate, nesse formato, muito interessante porque os problemas que nós debatemos saem da vida real vivida pelas pessoas. Então, as discussões e os temas, por exemplo, saúde, educação, e impostos, encorpam, ganham carne osso e sentimentos. E eu acho que isso é muito importante porque um presidente da República tem que tratar da vida real e concreta das pessoas e não de números ou entidades abstratas que não dizem respeito ao cotidiano”, analisou."
FONTE: blog Dilma 13 (www.dilma13.com.br) (http://www.pt.org.br/portalpt/noticias/eleicoes-2010-11/debate-na-globo:-dilma-mostra-que-e-a-mais-preparada-para-governar-o-pais-27631.html).
sábado, 30 de outubro de 2010
“ISTOÉ”: AS MAMATAS DA FAMÍLIA DE PAULO PRETO NO GOVERNO SERRA
Paulo Preto ampara e protege Serra. Óbvio
“À medida que são esmiuçados os passos de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, nos subterrâneos do governo tucano, vão ficando cada vez mais claras as relações comprometedoras do ex-diretor do Dersa com as empreiteiras responsáveis pelas principais obras de São Paulo.
Em agosto, quando trouxe a denúncia formulada por dirigentes do PSDB do sumiço de pelo menos R$ 4 milhões dos cofres da campanha de José Serra à Presidência, IstoÉ revelou que a maior parte da dinheirama fora arrecadada junto a grandes empreiteiras responsáveis pela construção do rodoanel.
Agora é descoberto um elo ainda mais forte entre o engenheiro e as construtoras da obra, considerada uma das vitrines do governo tucano em São Paulo. A empresa Peso Positivo Transportes Comércio e Locações Ltda., de propriedade da mãe e do genro do ex-diretor do Dersa, prestou serviços para as obras do lote 1 do trecho sul do rodoanel por um período de, pelo menos, três meses no ano de 2009.
A informação foi confirmada à IstoÉ pela Andrade Gutierrez/Galvão, do consórcio de empreiteiras contratado pela obra. Os serviços consistiram no fornecimento de guindastes para o transporte e a elevação de cargas.
“A empresa Peso Positivo, assim como outros fornecedores prestadores de serviços do consórcio, é contratada sempre de acordo com a legislação em vigor. A decisão de contratar prestadores de serviços é exclusivamente técnica”, alega a Andrade Gutierrez.
Arquivos da Junta Comercial de São Paulo mostram que a Peso Positivo foi criada em 30 de julho de 2003, com capital social de R$ 100 mil. Os sócios são Maria Orminda Vieira de Souza, mãe de Paulo Preto, 85 anos, e o empresário Fernando Cremonini, casado com Tatiana Arana Souza, filha do ex-diretor do Dersa, que trabalha no cerimonial do Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo de São Paulo, e que já prestara serviços para a administração de José Serra à frente da Prefeitura de São Paulo.
Tantas coincidências fizeram o PT pedir à Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo que investigasse as relações da Peso Positivo com o rodoanel. “É uma relação incestuosa que existe entre Paulo Preto, sua filha e José Serra”, afirmou o líder do PT na Assembleia, Antônio Mentor.
A confirmação da ligação entre as empreiteiras do rodoanel e a Peso Positivo, obtida por IstoÉ, mostra que as suspeitas tinham fundamento. E também derruba de maneira cabal a versão de Cremonini, apresentada na última semana em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. Segundo ele, a empresa “nunca teve clientes” na construção civil. “Meus maiores clientes são a Petrobras e a Votorantim Metais”, afirmou o empresário. “A única coisa que o Paulo me deu nestes anos todos foi a mão da filha e uma bicicleta.”
O íntimo relacionamento de Paulo Preto com as empreiteiras do rodoanel não se restringe ao negócio envolvendo uma empresa de familiares. Na última semana, denúncia da Folha de S.Paulo revelou que Paulo Preto, um dia após assumir a diretoria do Dersa, assinou uma alteração contratual na obra. Essa mudança permitiu às empreiteiras fazer alterações no projeto do rodoanel e até utilizar materiais mais baratos.
No acordo assinado por Paulo Preto em maio de 2007 ficou definido que, em vez de ganharem de acordo com a quantidade, tipo de serviço ou material usado na obra, as empreiteiras receberiam um “preço fechado” no valor de R$ 2,5 bilhões. Para quem conhece os meandros do mundo da construção civil, a impressão que fica ao analisar as mudanças é de que o diretor do Dersa preferiu privilegiar as empreiteiras, em detrimento da qualidade do empreendimento e da boa gestão do dinheiro do contribuinte.
A iniciativa de Paulo Preto também tinha outro propósito: o de adequar o andamento da obra ao timing eleitoral. É que o acordo teve como contrapartida das empreiteiras a garantia de acelerar a construção do trecho sul para entregá-lo até abril deste ano, quando José Serra (PSDB) saiu do governo para se candidatar.
O cronograma foi cumprido a contento. Agora, as empreiteiras apresentam um fatura extra de R$ 180 milhões. Essa espécie de taxa de urgência soma-se, portanto, aos adicionais de R$ 300 milhões já pagos em 2009.
As suspeitas sobre a maneira como Paulo Vieira de Souza atuava no Dersa extrapolam os limites geográficos da cidade de São Paulo. Recaem também sobre a fase III das obras de ligação das rodovias Carvalho Pinto e Presidente Dutra, no município de São José dos Campos.
Desde que assumiu a diretoria de engenharia do Dersa, ele assinou dois aditivos sobre o convênio de R$ 84 milhões. Um desses aditivos previu a “implantação da marginal Capuava”, que nunca foi entregue. Onde foi parar o R$ 1,1 milhão, relativo à execução desse trecho, ninguém sabe dizer.
“O dinheiro simplesmente desapareceu”, acusa o vereador de São José dos Campos Wagner Balieiro (PT). “Tive uma reunião com os diretores do Dersa e ninguém conseguiu me explicar por que a marginal não foi executada, embora o dinheiro tenha sido pago”, afirma Balieiro.”
FONTE: publicado na revista IstoÉ divulgada neste fim de semana e transcrito no portal Vermelho (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=140467&id_secao=1).
BRASIL É DEMOCRÁTICO E LAICO, DIZ LULA SOBRE DECLARAÇÃO DE PAPA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou sexta-feira (29) que o Brasil é um país democrático e laico, por isso a população se manifesta do jeito que quiser. "Eu acho que cada um vai de acordo com a sua consciência", disse, em referência à declaração dada ontem pelo papa Bento 16 para que os bispos brasileiros condenem a descriminalização do aborto. O tema vem sendo usado pela campanha dos candidatos a Presidência da República para conquistar votos.
POLÊMICA DO PAPA
"Não vejo nenhuma novidade na declaração do Papa. Esse é o comportamento da Igreja Católica desde que ela existe. Se você for ver o que a Igreja Católica falava há 2 mil anos, ela falava exatamente o que o papa falou", declarou Lula durante sua participação na 26ª edição do Salão Internacional do Automóvel, que acontece em São Paulo.
O presidente minimizou a polêmica criada em torno da fala do pontífice e sua possível interferência no pleito de domingo (31). "Isso pode ser falado a qualquer momento. Pode ser falado ontem, hoje, amanhã, depois de amanhã", afirmou.
Para Lula, a declaração da Igreja reforça a liberdade que existe no país, porque "a gente se manifesta, a gente ganha ou a gente perde, a gente pode pagar o preço pelos erros que cometer". "Pelo reconhecimento da sociedade brasileira, parece que a gente teve mais acerto", concluiu.”
[P.S: ficou dúbio nas palavras do Papa que ele tenha conhecimento do recentemente revelado aborto praticado pela esposa de José Serra, com o apoio e a sua não criminalização por parte do marido]
FONTE: portal UOL (http://noticias.uol.com.br/politica/2010/10/29/brasil-e-democratico-e-laico-diz-lula-sobre-declaracao-de-papa.jhtm).[trecho entre colchetes colocado por este blog]
POLÊMICA DO PAPA
"Não vejo nenhuma novidade na declaração do Papa. Esse é o comportamento da Igreja Católica desde que ela existe. Se você for ver o que a Igreja Católica falava há 2 mil anos, ela falava exatamente o que o papa falou", declarou Lula durante sua participação na 26ª edição do Salão Internacional do Automóvel, que acontece em São Paulo.
O presidente minimizou a polêmica criada em torno da fala do pontífice e sua possível interferência no pleito de domingo (31). "Isso pode ser falado a qualquer momento. Pode ser falado ontem, hoje, amanhã, depois de amanhã", afirmou.
Para Lula, a declaração da Igreja reforça a liberdade que existe no país, porque "a gente se manifesta, a gente ganha ou a gente perde, a gente pode pagar o preço pelos erros que cometer". "Pelo reconhecimento da sociedade brasileira, parece que a gente teve mais acerto", concluiu.”
[P.S: ficou dúbio nas palavras do Papa que ele tenha conhecimento do recentemente revelado aborto praticado pela esposa de José Serra, com o apoio e a sua não criminalização por parte do marido]
FONTE: portal UOL (http://noticias.uol.com.br/politica/2010/10/29/brasil-e-democratico-e-laico-diz-lula-sobre-declaracao-de-papa.jhtm).[trecho entre colchetes colocado por este blog]
DECLARAÇÃO DO PAPA COLOCA SERRA EM APUROS
“As declarações do Papa Bento XVI a respeito da orientação de fiéis a votarem conscientes com valores católicos deixaram José Serra em uma saia justa pela sua hipocrisia de tentar servir-se dos valores cristãos, em vez de servir a eles.
Serra foi hipócrita porque ele foi o único candidato que já assinou medidas para fazer abortos no SUS, quando foi Ministro da Saúde. Foi hipócrita, também, porque colocou sua mulher para dizer que Dilma "matava criancinhas", enquanto ex-alunas testemunharam que ela contou, em sala de aula, já ter feito um aborto.
Dilma não se mostrou preocupada com as declarações do Papa, conforme afirmou em entrevista coletiva após receber apoio de petroleiros.
(http://www.youtube.com/watch?v=aoHxGo_2nt0).
Nós também não temos porque ficar preocupados. Bispos e padres que fizerem pregação para não votar em Dilma (e, portanto, votar em Serra) estão no mínimo mal informados, ou induzidos por preconceitos ou, no pior dos casos, estão agindo de propósito para eleger Serra. E não há por que deixar de questioná-los, com a verdade dos fatos.
Serra não tem e nunca teve compromissos com valores cristãos na intensidade que Dilma tem. É questão de afinidade de projetos. O governo de Lula e Dilma sempre esteve muito mais próximo dos valores pregados por Cristo, da fraternidade, de amor ao próximo, da dignidade humana, do que os governos de Serra e FHC (tanto federal, como nos estados).
Além disso, Dilma foi a única candidata que defendeu a manutenção da legislação atual sobre o aborto, assumindo compromissos em carta, e Dilma nunca desonrou compromissos:
http://peppercomm.3cdn.net/f8e57009408324bf7f_ozm6ib19j.pdf
Já Serra não assumiu este compromisso e da última vez que ele assinou uma carta-compromisso (que não renunciaria à prefeitura de São Paulo), não cumpriu.
FONTE: blog “Os amigos do Presidente Lula” (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/10/declaracao-do-papa-coloca-serra-em.html).
Serra foi hipócrita porque ele foi o único candidato que já assinou medidas para fazer abortos no SUS, quando foi Ministro da Saúde. Foi hipócrita, também, porque colocou sua mulher para dizer que Dilma "matava criancinhas", enquanto ex-alunas testemunharam que ela contou, em sala de aula, já ter feito um aborto.
Dilma não se mostrou preocupada com as declarações do Papa, conforme afirmou em entrevista coletiva após receber apoio de petroleiros.
(http://www.youtube.com/watch?v=aoHxGo_2nt0).
Nós também não temos porque ficar preocupados. Bispos e padres que fizerem pregação para não votar em Dilma (e, portanto, votar em Serra) estão no mínimo mal informados, ou induzidos por preconceitos ou, no pior dos casos, estão agindo de propósito para eleger Serra. E não há por que deixar de questioná-los, com a verdade dos fatos.
Serra não tem e nunca teve compromissos com valores cristãos na intensidade que Dilma tem. É questão de afinidade de projetos. O governo de Lula e Dilma sempre esteve muito mais próximo dos valores pregados por Cristo, da fraternidade, de amor ao próximo, da dignidade humana, do que os governos de Serra e FHC (tanto federal, como nos estados).
Além disso, Dilma foi a única candidata que defendeu a manutenção da legislação atual sobre o aborto, assumindo compromissos em carta, e Dilma nunca desonrou compromissos:
http://peppercomm.3cdn.net/f8e57009408324bf7f_ozm6ib19j.pdf
Já Serra não assumiu este compromisso e da última vez que ele assinou uma carta-compromisso (que não renunciaria à prefeitura de São Paulo), não cumpriu.
FONTE: blog “Os amigos do Presidente Lula” (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/10/declaracao-do-papa-coloca-serra-em.html).
MAIS DO MESMO: A PETROBRAS NA ALÇA DE MIRA
“Muitas das análises dos processos de privatização ocorridos na década de 1990 não deram a devida atenção a outra gama de processos ocorridos desde a década de 1980. Estes processos tinham como essência a criação de um senso comum em torno da necessidade de se privatizar diante da “ineficiência”, da “falta de controle financeiro” e do “excesso de intervenção política” em empresas como a Usiminas e Vale do Rio Doce. O mesmo vem ocorrendo sistematicamente contra a Petrobras.
Por Renato Rabelo
Nem o repertório, nem o objetivo mudam: a privatização da Petrobras está sim, na ordem do dia da oposição e de seus asseclas dispostos na grande imprensa.
Prova disto está no diuturno bombardeamento que o governo federal tem sofrido diante do anúncio de superávit primário recorde, como resultado de “uma manobra financeira” que “esconde” a verdadeira “farra de gastos” do governo em ano eleitoral. Esta “manobra financeira” teria sido possível graças ao pagamento – por parte da Petrobras – de R$ 74,8 bilhões pela "cessão onerosa" de cinco bilhões de barris de petróleo dispostos pelo Estado. Segundo conta nos “noticiários” econômicos, sem esse dinheiro da Petrobrás, as contas do governo teriam um déficit de R$ 5,9 bilhões, ou seja, o pior dos últimos anos. Com o ativo vindo da Petrobras, o superávit chegou a R$ 31,9 bilhões. A oposição e seus “intelectuais orgânicos” tem tanto apego a formas religiosas de se fazer política e economia que esse mérito nacional que foi o processo de capitalização da Petrobras gerou uma outra gama de “pecados” e “pecadores”, numa relação de causa e efeito entre e Estado Nacional e Petrobras.
Mas vamos analisar a incoerência, pois o pecado só serve para julgar alguns e “salvar” outros. Por exemplo, houve anos como o de 1998 (governo FHC) que o superávit só foi possível graças às operações de concessão de telefonia. Naquele tempo, essas operações geraram R$ 9,3 bilhões, enquanto que o superávit foi de R$ 5 bilhões. A metodologia de cálculo serve para um governo e não serve para outros.
Na verdade, não existe “manobra financeira”, e sim o fato de que ativo financeiro do Estado é ativo financeiro de Estado, logo deve ser calculado sim dentro dos parâmetros estabelecidos pela contabilidade nacional. Por outro lado, a essência desta discussão – para eles – deve ser a completa separação entre ativos financeiros do Estado obtidos por operações envolvendo suas empresas de um lado e por outro um orçamento nacional (provindo da arrecadação de impostos) onde o privilégio deve ser dado ao pagamento de juros da dívida interna. É uma forma mais sofisticada de se propagandear a necessidade de um Estado Mínimo, longe de obrigações com as operações administrativas seja de bancos, seja de empresas. Como falar em privatização não está pegando muito bem, procura-se formas de se fazer um velho discurso com nova roupagem. Uma forma de enfraquecer a capacidade de manobra do Estado em outros ramos de atividade que não seja o de planejar superávits em prol de pagamento de dívidas.
Alguém tem dúvida que diante do histórico deste tipo de propaganda da oposição que esse alarde todo tem como objetivo precípuo criar um clima favorável à privatização da Petrobrás?”
FONTE: escrito por Renato Rabelo, presidente do PCdoB (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=140487&id_secao=10).
Por Renato Rabelo
Nem o repertório, nem o objetivo mudam: a privatização da Petrobras está sim, na ordem do dia da oposição e de seus asseclas dispostos na grande imprensa.
Prova disto está no diuturno bombardeamento que o governo federal tem sofrido diante do anúncio de superávit primário recorde, como resultado de “uma manobra financeira” que “esconde” a verdadeira “farra de gastos” do governo em ano eleitoral. Esta “manobra financeira” teria sido possível graças ao pagamento – por parte da Petrobras – de R$ 74,8 bilhões pela "cessão onerosa" de cinco bilhões de barris de petróleo dispostos pelo Estado. Segundo conta nos “noticiários” econômicos, sem esse dinheiro da Petrobrás, as contas do governo teriam um déficit de R$ 5,9 bilhões, ou seja, o pior dos últimos anos. Com o ativo vindo da Petrobras, o superávit chegou a R$ 31,9 bilhões. A oposição e seus “intelectuais orgânicos” tem tanto apego a formas religiosas de se fazer política e economia que esse mérito nacional que foi o processo de capitalização da Petrobras gerou uma outra gama de “pecados” e “pecadores”, numa relação de causa e efeito entre e Estado Nacional e Petrobras.
Mas vamos analisar a incoerência, pois o pecado só serve para julgar alguns e “salvar” outros. Por exemplo, houve anos como o de 1998 (governo FHC) que o superávit só foi possível graças às operações de concessão de telefonia. Naquele tempo, essas operações geraram R$ 9,3 bilhões, enquanto que o superávit foi de R$ 5 bilhões. A metodologia de cálculo serve para um governo e não serve para outros.
Na verdade, não existe “manobra financeira”, e sim o fato de que ativo financeiro do Estado é ativo financeiro de Estado, logo deve ser calculado sim dentro dos parâmetros estabelecidos pela contabilidade nacional. Por outro lado, a essência desta discussão – para eles – deve ser a completa separação entre ativos financeiros do Estado obtidos por operações envolvendo suas empresas de um lado e por outro um orçamento nacional (provindo da arrecadação de impostos) onde o privilégio deve ser dado ao pagamento de juros da dívida interna. É uma forma mais sofisticada de se propagandear a necessidade de um Estado Mínimo, longe de obrigações com as operações administrativas seja de bancos, seja de empresas. Como falar em privatização não está pegando muito bem, procura-se formas de se fazer um velho discurso com nova roupagem. Uma forma de enfraquecer a capacidade de manobra do Estado em outros ramos de atividade que não seja o de planejar superávits em prol de pagamento de dívidas.
Alguém tem dúvida que diante do histórico deste tipo de propaganda da oposição que esse alarde todo tem como objetivo precípuo criar um clima favorável à privatização da Petrobrás?”
FONTE: escrito por Renato Rabelo, presidente do PCdoB (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=140487&id_secao=10).
NOVA DESCOBERTA DO PRÉ-SAL PODE DOBRAR RESERVAS DE PETRÓLEO NO BRASIL
CIRILO JUNIOR
“A ANP (Agência Nacional do Petróleo) informou sexta-feira que a reserva de Libra, na Bacia de Santos, tem de 3,7 a 15 bilhões de barris de óleo equivalente. O mais provável, no entanto, é que a área tenha 7,9 bilhões de barris, segundo relatório da certificadora Gaffney, Cline & Associates.
Se o potencial chegar a 15 bilhões, será a maior área já descoberta e vai mais que dobrar as reservas brasileiras, já que as confirmadas até o momento somam 14 bilhões de barris.
A área de Libra pertence à União, e foi a segunda a ser perfurada pela Petrobras para a ANP. Antes, o prospecto de Franco havia sido explorado, e as estimativas apontaram reservas recuperáveis de até 5,45 bilhões de barrias de petróleo e gás natural.
Franco foi incluído na cessão onerosa dentro do processo de capitalização da Petrobras. Libra ficou de fora e pode ser uma das primeiras áreas a serem leiloadas, dentro do modelo de partilha. O novo marco, no entanto, ainda precisa ser aprovado no Congresso.
A exploração em Libra ainda não foi finalizada. Segundo a ANP, foram perfurados 5.410 metros, sendo 22 metros na camada pré-sal. Está previsto que a exploração chegue a até 6.500 metros, no início de dezembro.
Libra fica localizado a 183 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, e pode ser a maior descoberta já feita no Brasil. O prospecto de Tupi, também no pré-sal da bacia de Santos, tem reservas estimadas de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de petróleo e gás.
Isso significa que a estimativa mais provável para Libra iguala o potencial máximo de Tupi. A perspectiva máxima para Libra representa o dobro de até quando Tupi pode chegar, em termos de reservas.
MERCADO
As ações da Petrobras subiram ontem pelo quinto dia consecutivo. Inicialmente, a recomendação de um grande banco estrangeiro foi usada como justificativa para a recuperação desses papéis, mas desde quinta-feira, pelo menos, já circulavam especulações mas mesas de bancos e corretoras sobre a descoberta de um "megapoço".
Desde sexta-feira, somente a ação preferencial (a mais negociada) valorizou quase 10%.
LEILÃO
Em setembro, o governo já havia informado que pretendia licitar as primeiras áreas do pré-sal sob o novo marco regulatório, que prevê regime de partilha, já na primeira metade do ano que vem. Na época o governo afirmou que o poço de Libra deveria ser o primeiro a ser licitado.
Na ocasião o poço de Libra já estava sendo perfurado pela Petrobras, a pedido da ANP. Inicialmente, a intenção era que a área entrasse no processo de capitalização da Petrobras, mas outras áreas foram utilizadas.
PRÉ-SAL
A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.
Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.
Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo”.
FONTE: portal UOL (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/822358-nova-descoberta-do-pre-sal-pode-dobrar-reservas-de-petroleo-no-brasil.shtml).
“A ANP (Agência Nacional do Petróleo) informou sexta-feira que a reserva de Libra, na Bacia de Santos, tem de 3,7 a 15 bilhões de barris de óleo equivalente. O mais provável, no entanto, é que a área tenha 7,9 bilhões de barris, segundo relatório da certificadora Gaffney, Cline & Associates.
Se o potencial chegar a 15 bilhões, será a maior área já descoberta e vai mais que dobrar as reservas brasileiras, já que as confirmadas até o momento somam 14 bilhões de barris.
A área de Libra pertence à União, e foi a segunda a ser perfurada pela Petrobras para a ANP. Antes, o prospecto de Franco havia sido explorado, e as estimativas apontaram reservas recuperáveis de até 5,45 bilhões de barrias de petróleo e gás natural.
Franco foi incluído na cessão onerosa dentro do processo de capitalização da Petrobras. Libra ficou de fora e pode ser uma das primeiras áreas a serem leiloadas, dentro do modelo de partilha. O novo marco, no entanto, ainda precisa ser aprovado no Congresso.
A exploração em Libra ainda não foi finalizada. Segundo a ANP, foram perfurados 5.410 metros, sendo 22 metros na camada pré-sal. Está previsto que a exploração chegue a até 6.500 metros, no início de dezembro.
Libra fica localizado a 183 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, e pode ser a maior descoberta já feita no Brasil. O prospecto de Tupi, também no pré-sal da bacia de Santos, tem reservas estimadas de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de petróleo e gás.
Isso significa que a estimativa mais provável para Libra iguala o potencial máximo de Tupi. A perspectiva máxima para Libra representa o dobro de até quando Tupi pode chegar, em termos de reservas.
MERCADO
As ações da Petrobras subiram ontem pelo quinto dia consecutivo. Inicialmente, a recomendação de um grande banco estrangeiro foi usada como justificativa para a recuperação desses papéis, mas desde quinta-feira, pelo menos, já circulavam especulações mas mesas de bancos e corretoras sobre a descoberta de um "megapoço".
Desde sexta-feira, somente a ação preferencial (a mais negociada) valorizou quase 10%.
LEILÃO
Em setembro, o governo já havia informado que pretendia licitar as primeiras áreas do pré-sal sob o novo marco regulatório, que prevê regime de partilha, já na primeira metade do ano que vem. Na época o governo afirmou que o poço de Libra deveria ser o primeiro a ser licitado.
Na ocasião o poço de Libra já estava sendo perfurado pela Petrobras, a pedido da ANP. Inicialmente, a intenção era que a área entrasse no processo de capitalização da Petrobras, mas outras áreas foram utilizadas.
PRÉ-SAL
A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.
Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.
Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo”.
FONTE: portal UOL (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/822358-nova-descoberta-do-pre-sal-pode-dobrar-reservas-de-petroleo-no-brasil.shtml).
ESTA ELEIÇÃO É SOBRE A PETROBRAS. GABRIELLI ENFRENTA UM PIG (*) FURIOSO
“Gabrielli: é duro defender a Petrobras do PiG (*)
[Amigo navegante, leia na postagem de 28/10, quinta-feira, neste blog, a entrevista que Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, deu a um repórter do jornal "Valor"].
É um dos exemplos mais significativos de violência com que o PiG (*) tenta desconstruir a Petrobras e o destemor com que Gabrielli a defende.
É inacreditável que o presidente de uma empresa como a Petrobras, respeitada no mundo inteiro, responsável pela exploração da maior jazida de petróleo encontrada nos últimos 30 anos – e que não para de aumentar – seja obrigado a se submeter à arrogância de um repórter notoriamente a serviço de uma causa – a causa do Davizinho.
O assessor do Serra para transformar a Petrobras em Petrobrax.
Ainda bem que a Dilma em nenhum momento perdeu o foco.
Essa eleição é sobre a Petrobras – ou Petrobrax.
Ainda bem que a Dilma desmascarou a incrível tentativa do Serra de dizer que o Lula privatizou a Petrobras mais do que o Governo Serra/FHC.
Essa conversão do Serra ao fundamentalismo religioso, esse cristão novo radical, esse cruzado do atraso, nada mais faz do que tentar desviar o foco.
Serra quer entregar a Petrobras.
Ponto final.
Ele não pode comparar o Governo dele e do FHC com o do Lula e da Dilma.
Ele tem que se esconder embaixo da batina de um padreco.
Ele escamoteia a questão central: eu quero a Petrobrax.
O resto, diria o Nelson Rodrigues, é o luar de Paquetá”.
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista”.
FONTE: portal “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/10/29/esta-eleicao-e-sobre-a-petrobras-gabrielli-enfrenta-um-pig-furioso/) [trecho entre colchetes colocado por este blog].
CORRUPÇÃO ABAFADA NO GOVERNO SERRA VEM À TONA
Reportagem da TV Record abriu o tampão da corrupção abafada no governo de José Serra, em São Paulo.
A Justiça deu um prazo de 48 horas para que o Metrô pare de esconder e apresente os envelopes lacrados das ocorrências da linha Lilás, suspeita de fraude.
A obra foi suspensa e está sob investigação pelo Ministério Público paulista.
No ano passado, Jorge Fagali Neto teve uma conta de US$ 10 milhões bloqueadas na justiça por propinas de contratos com o Metrô com a ALSTOM. O irmão dele (José Jorge Fagali) é o atual presidente do Metrô desde a gestão Serra e, misteriosamente, José Serra não o afastou do cargo.
A Operação “Castelo de Areia” da Polícia Federal identificou esquema de pagamento de propinas de empreiteiras nas linhas verde e amarela. Também encontrou indícios de propina à membros da Polícia Civil e Ministério Público para arquivar o processo do desabamento, conhecido como “cratera do Metrô”, com morte de 7 pessoas. Até hoje ninguém foi punido.
Também, estava abafada no governo Serra a corrupção no Rodoanel. Só depois que Serra deixou o governo que o escândalo com Paulo Preto veio à tona”.
FONTE: blog “Os amigos do Presidente Lula” (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/10/corrupcao-abafada-no-governo-serra-vem.html).
SÉRGIO GUERRA (PRESIDENTE NACIONAL DO PSDB) E AGRIPINO MAIA (LÍDER DO DEM NO SENADO) AFUNDAM NO LIXO DEMOTUCANO DE BRASÍLIA
Agripino e Guerra, a turma do Arruda (vote num careca e leve dois)
Depois do Paulo Preto.
Da concorrência de carta marcada do metrô do Serra – aquele que afunda.
Agora tem mais essa preciosidade: o presidente do PSDB (*) Sérgio Guerra e o senador do DEMO do Rio Grande do Norte, Agripino Maia afundam no escândalo do lixo de Brasília.
EX-SECRETÁRIA DEVASSA ESQUEMA QUALIX
Carlos Carone, carone@jornaldebrasilia.com.br
A ex-secretária Domingas Gonçalves Trindade, 40 anos, foi ouvida ontem na Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), da Polícia Civil do Distrito Federal, sobre as acusações que faz contra o ex-governador Joaquim Roriz; o presidente do PSC-DF, Valério Neves; os senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE) e José Agripino Maia (DEM-RN); o empresário Eduardo Badra; e o ex-diretor da Belacap (estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do DF), Luís Flores. Todos são acusados de se servirem de um esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Qualix, empresa que faz o recolhimento do lixo no DF.
O depoimento foi acompanhado da apresentação de uma série de provas documentais. Domingas denunciou um esquema que, até então, não tinha o respaldo de tantos elementos. Ela acusa Roriz, Valério, Agripino e Guerra de receberem propina proveniente de contratos firmados entre o GDF e a Qualix.
O Jornal de Brasília obteve um vídeo (cujos trechos estão ao lado) no qual Domingas faz as mesmas acusações que confirmou à polícia e apresenta as mesmas provas documentais. Ela apresentou aos delegados extratos telefônicos que confirmam contatos constantes entre os envolvidos. A ex-secretária fazia o serviço a mando de seu chefe, Eduardo Badra – que, à época, era diretor da Qualix. Domingas tinha como função organizar a agenda do patrão, além de fazer depósitos bancários e o que chamou de “serviços particulares”.
Enquanto era ouvida pelos investigadores, Domingas ainda apresentou lacres bancários emitidos pelo Banco Central que tinham a marcação de R$ 50 mil cada – são seis, num total de R$ 300 mil.
“Depois de dois, três meses, o doutor Eduardo passou a confiar em mim e fiquei responsável pela chave de um quarto, em uma casa no Lago Sul, onde guardavam o dinheiro. Era tanto dinheiro que ocupava uma cama de casal inteira. Eu cheguei a pegar um dos maços e pensar que ele seria capaz de resolver a minha vida”, contou, em certo trecho do vídeo”[ vídeos disponíveis no Conversa Afiada].
FONTE: publicado no portal Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/10/29/sergio-guerra-e-agripino-afundam-no-lixo-de-brasilia/).
A SEMANA EM QUE AS ELITES PERDERAM A NOÇÃO
A SEMANA EM QUE AS ELITES PERDERAM A NOÇÃO; O VALE-TUDO NA VELHA MÍDIA
por Antonio Martins, no site Outras Palavras
“Como a velha mídia manipulou imagens e fatos para tentar forçar a vitória de Serra. O papel da blogosfera na desmontagem da farsa e a necessidade de uma democratização radical das comunicações
A esta altura, restam muito poucas dúvidas: tudo indica que também o vídeo da suposta “segunda agressão” a José Serra no bairro carioca de Campo Grande (20/10) foi manipulado pela Rede Globo.
Denunciada mundialmente no Twitter, na sexta-feira (22/10), após a aparição de análises que demonstram fusão falsificadora de imagens, a emissora não procurou se defender, nas edições seguintes do Jornal Nacional. Sua redação paulista fora palco, na véspera, de uma cena insólita. Os próprios jornalistas vaiaram a “edição” das cenas em que o candidato do PSDB é atingido por um rolo de fita adesiva, materializado do nada.
Na madrugada posterior às denúncias de fraude (23h09 de 22/10), o site da Globo exibiu discretamente uma nota do “perito” “Ricardo Molina. Redigido depois que os sinais de fusão fraudulenta de imagens tornaram-se evidentes, o texto procura, em essência, isentar a emissora em investigações futuras sobre falsificação. Molina alega que analisou material “encontrado na internet” (veja análise de CDM, no Blog do Nassif).
À medida em que a primeira certeza se consolida, começa a se desenhar uma segunda. A provável manipulação de imagens não foi um fato isolado. Ela articula-se com outro assunto que dominou o noticiário da velha mídia esta semana. Vazaram os depoimentos que o jornalista Amaury Ribeiro prestou à Polícia Federal, no inquérito sobre a quebra dos sigilos fiscais de Verônica Serra e outros expoentes do PSDB. O processo corre em sigilo de justiça. Porém, por serem parte envolvida, os advogados de Eduardo Jorge Caldas, ex-tesoureiro de campanha do partido, pediram, através de liminar, acesso às peças. São a fonte óbvia da inacreditável sequência de matérias publicadas, também a partir de 22/10, pela Folha de S.Paulo e Jornal Nacional.
Aqui, já não se trata, como se verá no terceiro texto desta série, de manipulação de imagens – mas de substituição explícita do jornalismo pelo panfleto partidário. Tendo acesso exclusivo ao depoimento de Amary Ribeiro, a Folha e o JN esconderam de seus leitores uma série assombrosa de informações ou pistas de grande relevância. Preferiram destacar em manchete, durante quatro dias, uma penca de ninharias, pinçadas com claro intuito de servir à campanha de José Serra. A tentativa foi reforçada pela edição de Veja que circula este fim-de-semana.
Iniciado na quarta-feira – poucas horas, portanto, depois de o candidato tucano comparecer à Globo para uma entrevista ao vivo no Jornal Nacional – o movimento inclui sinais de ataque flagrante ao direito à informação, praticado por empresas que se beneficiam de concessão e pesados subsídios públicos. Foi, provavelmente, concebido para desencadear, a onze dias do pleito, a última tentativa de vitória do candidato conservador, numa disputa em que está em jogo, também, o destino das reservas do Pré-Sal.
A força da velha mídia chocou-se, porém, com a rebeldia da internet. Entre quarta e sexta-feira, as manipulações imagéticas e factuais foram desfeitas por uma rede – auto-organizada e informal, porém muito potente – de busca e difusão da verdade. Personagens quase-anônimos desmontaram, com inteligência e conhecimento, as tentativas da Globo de fabricar a “agressão” a Serra. Jornalistas como Luís Nassif demonstraram o caráter partidista das “reportagens” da Folha. Graças ao Twitter e ao Facebook, cada nova descoberta era retransmitida instantaneamente por milhares de pessoas, o que estimulava novas investigações.
No momento em que este texto é concluído, a batalha não está decidida. O contra-ataque da blogosfera – reforçado por uma fala corajosa de Lula, denunciando a farsa pró-Serra (na quinta-feira, 21/10) – amedrontou temporariamente a Rede Globo, a Folha e a própria campanha do PSDB. Desde sexta à noite, quando difundiram-se os vídeos que desmentiam o Jornal Nacional, a investida refluiu. O recuo, a esta altura, pode ter sido fatal para Serra. Após as eleições será indispensável investigar o episódio da semana passada. A depender da mobilização social, ele poderá ser conhecido, no futuro, como o “GloboGate”. Ou o momento em que o setor mais conservador das elites brasileiras abusou descontroladamente do controle que exerce sobre a mídia, a ponto de provocar, como resposta, um amplo movimento pela democratização das comunicações.
–
Este texto é a primeira parte do Dossiê GloboGate. Na mesma série:
2. A BATALHA DE CAMPO GRANDE
Produzir um incidente grave e atribuí-lo ao adversário é uma das formas de virar uma eleição quase perdida. Serra e a Globo parecem ter tentado esta estratégia, em 20 de outubro. Foram derrotados por milhões de internautas – e pelo Twitter
3. COMO TUTELAR O SEU LEITOR
Num caso exemplar de partidarismo, Folha e Jornal Nacional triaram as denúncias relacionadas à quebra de sigilos fiscais. Alardearam o que interessava a Serra e esconderam o que o comprometia.”
FONTE: blog “Escrivinhador”, do jornalista Rodigo Vianna (http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/a-semana-em-que-as-elites-perderam-a-nocao-o-vale-tudo-na-velha-midia.html#more-4747
por Antonio Martins, no site Outras Palavras
“Como a velha mídia manipulou imagens e fatos para tentar forçar a vitória de Serra. O papel da blogosfera na desmontagem da farsa e a necessidade de uma democratização radical das comunicações
A esta altura, restam muito poucas dúvidas: tudo indica que também o vídeo da suposta “segunda agressão” a José Serra no bairro carioca de Campo Grande (20/10) foi manipulado pela Rede Globo.
Denunciada mundialmente no Twitter, na sexta-feira (22/10), após a aparição de análises que demonstram fusão falsificadora de imagens, a emissora não procurou se defender, nas edições seguintes do Jornal Nacional. Sua redação paulista fora palco, na véspera, de uma cena insólita. Os próprios jornalistas vaiaram a “edição” das cenas em que o candidato do PSDB é atingido por um rolo de fita adesiva, materializado do nada.
Na madrugada posterior às denúncias de fraude (23h09 de 22/10), o site da Globo exibiu discretamente uma nota do “perito” “Ricardo Molina. Redigido depois que os sinais de fusão fraudulenta de imagens tornaram-se evidentes, o texto procura, em essência, isentar a emissora em investigações futuras sobre falsificação. Molina alega que analisou material “encontrado na internet” (veja análise de CDM, no Blog do Nassif).
À medida em que a primeira certeza se consolida, começa a se desenhar uma segunda. A provável manipulação de imagens não foi um fato isolado. Ela articula-se com outro assunto que dominou o noticiário da velha mídia esta semana. Vazaram os depoimentos que o jornalista Amaury Ribeiro prestou à Polícia Federal, no inquérito sobre a quebra dos sigilos fiscais de Verônica Serra e outros expoentes do PSDB. O processo corre em sigilo de justiça. Porém, por serem parte envolvida, os advogados de Eduardo Jorge Caldas, ex-tesoureiro de campanha do partido, pediram, através de liminar, acesso às peças. São a fonte óbvia da inacreditável sequência de matérias publicadas, também a partir de 22/10, pela Folha de S.Paulo e Jornal Nacional.
Aqui, já não se trata, como se verá no terceiro texto desta série, de manipulação de imagens – mas de substituição explícita do jornalismo pelo panfleto partidário. Tendo acesso exclusivo ao depoimento de Amary Ribeiro, a Folha e o JN esconderam de seus leitores uma série assombrosa de informações ou pistas de grande relevância. Preferiram destacar em manchete, durante quatro dias, uma penca de ninharias, pinçadas com claro intuito de servir à campanha de José Serra. A tentativa foi reforçada pela edição de Veja que circula este fim-de-semana.
Iniciado na quarta-feira – poucas horas, portanto, depois de o candidato tucano comparecer à Globo para uma entrevista ao vivo no Jornal Nacional – o movimento inclui sinais de ataque flagrante ao direito à informação, praticado por empresas que se beneficiam de concessão e pesados subsídios públicos. Foi, provavelmente, concebido para desencadear, a onze dias do pleito, a última tentativa de vitória do candidato conservador, numa disputa em que está em jogo, também, o destino das reservas do Pré-Sal.
A força da velha mídia chocou-se, porém, com a rebeldia da internet. Entre quarta e sexta-feira, as manipulações imagéticas e factuais foram desfeitas por uma rede – auto-organizada e informal, porém muito potente – de busca e difusão da verdade. Personagens quase-anônimos desmontaram, com inteligência e conhecimento, as tentativas da Globo de fabricar a “agressão” a Serra. Jornalistas como Luís Nassif demonstraram o caráter partidista das “reportagens” da Folha. Graças ao Twitter e ao Facebook, cada nova descoberta era retransmitida instantaneamente por milhares de pessoas, o que estimulava novas investigações.
No momento em que este texto é concluído, a batalha não está decidida. O contra-ataque da blogosfera – reforçado por uma fala corajosa de Lula, denunciando a farsa pró-Serra (na quinta-feira, 21/10) – amedrontou temporariamente a Rede Globo, a Folha e a própria campanha do PSDB. Desde sexta à noite, quando difundiram-se os vídeos que desmentiam o Jornal Nacional, a investida refluiu. O recuo, a esta altura, pode ter sido fatal para Serra. Após as eleições será indispensável investigar o episódio da semana passada. A depender da mobilização social, ele poderá ser conhecido, no futuro, como o “GloboGate”. Ou o momento em que o setor mais conservador das elites brasileiras abusou descontroladamente do controle que exerce sobre a mídia, a ponto de provocar, como resposta, um amplo movimento pela democratização das comunicações.
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Este texto é a primeira parte do Dossiê GloboGate. Na mesma série:
2. A BATALHA DE CAMPO GRANDE
Produzir um incidente grave e atribuí-lo ao adversário é uma das formas de virar uma eleição quase perdida. Serra e a Globo parecem ter tentado esta estratégia, em 20 de outubro. Foram derrotados por milhões de internautas – e pelo Twitter
3. COMO TUTELAR O SEU LEITOR
Num caso exemplar de partidarismo, Folha e Jornal Nacional triaram as denúncias relacionadas à quebra de sigilos fiscais. Alardearam o que interessava a Serra e esconderam o que o comprometia.”
FONTE: blog “Escrivinhador”, do jornalista Rodigo Vianna (http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/a-semana-em-que-as-elites-perderam-a-nocao-o-vale-tudo-na-velha-midia.html#more-4747
EMIR SADER: DE CÉTICOS E CÍNICOS
“Algumas vozes espalham o ceticismo na imprensa, nas universidades, e de repente passam do ceticismo ao cinismo; já não importa nada, tudo é ruim, cambalache, tudo é igual, o mundo vai para o pior dos mundos possíveis.
Foi uma atitude que foi amadurecendo ao longo das ultimas décadas; passou-se a achar que o século XX foi um século muito ruim para a humanidade, o pior dos séculos etc. Uma atitude de melancolia, de desencanto, de desânimo, de abandono da luta, traduzida no ceticismo, na crítica, que se alastra para jovens gerações, precocemente envelhecidas.
Todos os governos, todos os partidos, todos os processos traem, decepcionam, se corrompem. O socialismo teria dado em totalitarismo – e se soma nisso à direita. Os sindicalistas só querem defender seus interesses. A esquerda e a direita são iguais etc, etc.
Como as teorias parecem ser maravilhosas e as práticas concretas, preferem ficar com as teorias – se possível, misturando um pouco de Nietzsche, de Foucault, de Tocqueville. Pronto, o pessimismo está constituído como visão trágica do mundo.
Encontra-se lugar na velha imprensa para escrever, contanto que não se critique a própria velha imprensa e se concentre em criticar a esquerda – a URSS, Cuba, a Venezuela, Lula, o PT. Terminam fortalecendo o desinteresse pela política, fortalecendo a direita e desalentando os jovens, enquanto ainda mantêm seu prestígio com eles. Depois de um certo momento já se confundem diretamente com a direita.
O ceticismo pode ser liberal, certamente não é marxista. O marxismo parte da realidade concreta, mas sempre na perspectiva da sua transformação. Esse pessimismo, somado ao catastrofismo, fortalece o mundo tal qual ele é, promove a impotência diante da realidade.
Uma análise dialética da realidade supõe a apreensão das contradições que articulam o concreto, desembocando em linhas de ações e não na perplexidade, na impotência, na passividade, na melancolia e no ceticismo.
No momento em que o povo brasileiro, no seu conjunto, pela primeira vez, começa a melhorar substancialmente suas condições de vida e o expressa em um apoio como nenhum governo teve, é triste ver uma parte da intelectualidade de costas para o povo, melancolicamente continuando a pregar que tudo está muito ruim, pior do que antes, brigando com a realidade, em um isolamento total em relação ao povo e ao pais realmente existente.
O otimismo, por si só, não é revolucionário, mas todos os grandes líderes revolucionários foram e são otimistas, porque acreditam sempre nas possibilidades de transformação revolucionária da realidade. Enquanto o ceticismo leva à inação e, muitas vezes, até mesmo ao cinismo”.
FONTE: escrito pelo cientista político Emir Sader e publicado no site “Carta Maior” (http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=595).
Foi uma atitude que foi amadurecendo ao longo das ultimas décadas; passou-se a achar que o século XX foi um século muito ruim para a humanidade, o pior dos séculos etc. Uma atitude de melancolia, de desencanto, de desânimo, de abandono da luta, traduzida no ceticismo, na crítica, que se alastra para jovens gerações, precocemente envelhecidas.
Todos os governos, todos os partidos, todos os processos traem, decepcionam, se corrompem. O socialismo teria dado em totalitarismo – e se soma nisso à direita. Os sindicalistas só querem defender seus interesses. A esquerda e a direita são iguais etc, etc.
Como as teorias parecem ser maravilhosas e as práticas concretas, preferem ficar com as teorias – se possível, misturando um pouco de Nietzsche, de Foucault, de Tocqueville. Pronto, o pessimismo está constituído como visão trágica do mundo.
Encontra-se lugar na velha imprensa para escrever, contanto que não se critique a própria velha imprensa e se concentre em criticar a esquerda – a URSS, Cuba, a Venezuela, Lula, o PT. Terminam fortalecendo o desinteresse pela política, fortalecendo a direita e desalentando os jovens, enquanto ainda mantêm seu prestígio com eles. Depois de um certo momento já se confundem diretamente com a direita.
O ceticismo pode ser liberal, certamente não é marxista. O marxismo parte da realidade concreta, mas sempre na perspectiva da sua transformação. Esse pessimismo, somado ao catastrofismo, fortalece o mundo tal qual ele é, promove a impotência diante da realidade.
Uma análise dialética da realidade supõe a apreensão das contradições que articulam o concreto, desembocando em linhas de ações e não na perplexidade, na impotência, na passividade, na melancolia e no ceticismo.
No momento em que o povo brasileiro, no seu conjunto, pela primeira vez, começa a melhorar substancialmente suas condições de vida e o expressa em um apoio como nenhum governo teve, é triste ver uma parte da intelectualidade de costas para o povo, melancolicamente continuando a pregar que tudo está muito ruim, pior do que antes, brigando com a realidade, em um isolamento total em relação ao povo e ao pais realmente existente.
O otimismo, por si só, não é revolucionário, mas todos os grandes líderes revolucionários foram e são otimistas, porque acreditam sempre nas possibilidades de transformação revolucionária da realidade. Enquanto o ceticismo leva à inação e, muitas vezes, até mesmo ao cinismo”.
FONTE: escrito pelo cientista político Emir Sader e publicado no site “Carta Maior” (http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=595).
AS "MULHERES DE ATENAS" DE SERRA IRONIZADAS PELO ARGENTINO “EL CLARIN”
A ironia do Clarin à mais nova conclamação do Serra:
“SERRA LANZA UNA DURÍSIMA OFENSIVA CONTRA DILMA
PorEleonora Gosman, El Clarin, SAN PABLO
“Si sos una chica bonita consigue 15 votos. Para eso, toma la lista de pretendientes y envíales un email. Avísales que aquel que vote por mi tendrá más chances contigo”. Esta fue la gran consigna del candidato José Serra en un acto en Uberlandia (Minas Gerais) en el que ayer estuvo acompañado por el ex gobernador de ese estado, Aecio Neves. En la desesperación por conseguir los 10 millones de votos que le faltan para alcanzar y sobrepasar a su adversaria Dilma Rousseff el socialdemócrata no parece tener reparos en los argumentos.
Para dar un tono festivo al acto, trajeron batucadas debidamente pagas además de ómnibus con “militantes” que recibieron US$ 23 por el viaje entre Belo Horizonte y la ciudad del interior mineiro. El candidato decidió gastar sus últimos cartuchos en Minas Gerais, el tercer distrito electoral del país, porque entiende que allí podrá morder parte del caudal de votos que tuvo Dilma en la primera vuelta. “Minas es el centro del país, es la síntesis. Y aquí se va a decidir la elección”.
La última encuesta de ayer, de la prestigiosa consultora Ibope, marca una ventaja de Dilma de nada menos que 14 puntos. Sólo un milagro, o un error demasiado grosero de las encuestadoras, es capaz de llevar a Serra al Palacio del Planalto el 1º de enero de 2011. Claro que nada puede asegurarse hasta las 20 horas del domingo cuando finalice el recuento de votos. Hoy los dos postulantes protagonizan su último debate. Será en la emisora Globo en Río de Janeiro.
Con esa misma expectativa de que algo sobrenatural lo ayude en esta pelea tan terrenal por el poder, Serra usó la campaña televisiva gratuita para insultar a Dilma a quien consideró como una mujer que de ser elegida para la presidencia “dejará robar en la sala de al lado” de su despacho. Dijo que ella había “quebrado” la intendencia de Porto Alegre cuando la ex ministra de Lula ocupaba un puesto secundario, la acusó de inepta y falta de autonomía. En esa línea discursiva, Serra acusó a Lula de querer privatizar Petrobras y entregar la explotación de las enormes reservas encontradas en la plataforma marítima a las empresas extranjeras.
Dilma consideró esa historia francamente ridícula. Ante miembros de la Federación Unica de Trabajadores Petroleros dijo que es una gigantesca mentira. Agregó que fue el gobierno de Fernando Henrique Cardoso quien vendió un tercio de la empresa estatal Petrobras. El gobierno de Lula acaba de recuperar la mayor parte del paquete accionario que es ahora de 48%. “Brasil sabe quién está a favor de Petrobras y de la explotación de las riquezas por parte de la empresa estatal; como también sabe quién está a favor de dejarlas en manos extranjeras”, dijo”.
FONTE: blog do jornalista Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-mulheres-de-atenas-de-serra-ironizadas-por-el-clarin#more).
“SERRA LANZA UNA DURÍSIMA OFENSIVA CONTRA DILMA
PorEleonora Gosman, El Clarin, SAN PABLO
“Si sos una chica bonita consigue 15 votos. Para eso, toma la lista de pretendientes y envíales un email. Avísales que aquel que vote por mi tendrá más chances contigo”. Esta fue la gran consigna del candidato José Serra en un acto en Uberlandia (Minas Gerais) en el que ayer estuvo acompañado por el ex gobernador de ese estado, Aecio Neves. En la desesperación por conseguir los 10 millones de votos que le faltan para alcanzar y sobrepasar a su adversaria Dilma Rousseff el socialdemócrata no parece tener reparos en los argumentos.
Para dar un tono festivo al acto, trajeron batucadas debidamente pagas además de ómnibus con “militantes” que recibieron US$ 23 por el viaje entre Belo Horizonte y la ciudad del interior mineiro. El candidato decidió gastar sus últimos cartuchos en Minas Gerais, el tercer distrito electoral del país, porque entiende que allí podrá morder parte del caudal de votos que tuvo Dilma en la primera vuelta. “Minas es el centro del país, es la síntesis. Y aquí se va a decidir la elección”.
La última encuesta de ayer, de la prestigiosa consultora Ibope, marca una ventaja de Dilma de nada menos que 14 puntos. Sólo un milagro, o un error demasiado grosero de las encuestadoras, es capaz de llevar a Serra al Palacio del Planalto el 1º de enero de 2011. Claro que nada puede asegurarse hasta las 20 horas del domingo cuando finalice el recuento de votos. Hoy los dos postulantes protagonizan su último debate. Será en la emisora Globo en Río de Janeiro.
Con esa misma expectativa de que algo sobrenatural lo ayude en esta pelea tan terrenal por el poder, Serra usó la campaña televisiva gratuita para insultar a Dilma a quien consideró como una mujer que de ser elegida para la presidencia “dejará robar en la sala de al lado” de su despacho. Dijo que ella había “quebrado” la intendencia de Porto Alegre cuando la ex ministra de Lula ocupaba un puesto secundario, la acusó de inepta y falta de autonomía. En esa línea discursiva, Serra acusó a Lula de querer privatizar Petrobras y entregar la explotación de las enormes reservas encontradas en la plataforma marítima a las empresas extranjeras.
Dilma consideró esa historia francamente ridícula. Ante miembros de la Federación Unica de Trabajadores Petroleros dijo que es una gigantesca mentira. Agregó que fue el gobierno de Fernando Henrique Cardoso quien vendió un tercio de la empresa estatal Petrobras. El gobierno de Lula acaba de recuperar la mayor parte del paquete accionario que es ahora de 48%. “Brasil sabe quién está a favor de Petrobras y de la explotación de las riquezas por parte de la empresa estatal; como también sabe quién está a favor de dejarlas en manos extranjeras”, dijo”.
FONTE: blog do jornalista Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-mulheres-de-atenas-de-serra-ironizadas-por-el-clarin#more).
ANALISTAS ATRIBUEM PARALISAÇÃO DO ENSINO TÉCNICO NO PAÍS A MINISTRO DE FHC
“Duas legislações implementadas pelo ex-ministro da Educação, Paulo Renato Souza, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002), paralisaram o ensino técnico no Brasil, de acordo com especialistas ouvidos pela Rede Brasil Atual. As iniciativas do economista teriam levado ao empobrecimento da educação profissional e seriam a causa da atual falta de quadros qualificados em diversas áreas como a construção civil e de tecnologia de ponta.
O tema foi central durante toda a campanha eleitoral à Presidência da República. Desde o início, o candidato atualmente de oposição, José Serra (PSDB), aponta o ensino técnico como uma prioridade em um eventual governo comandado por ele. A visão de críticos contrasta com essa declaração, especialmente porque Paulo Renato foi secretário de Educação da gestão de Serra no governo de São Paulo.
Com o argumento de que a educação profissional brasileira (o antigo segundo grau) atendia a interesses elitistas, o então titular do MEC assinou o decreto 2.208 de 1997 que separou o ensino médio da educação técnica e, segundo profissionais da educação, empobreceu os currículos na educação profissional. “Praticamente destruiu, naquele momento, as escolas técnicas”, aborda Rubens Barbosa de Camargo, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
A iniciativa atendia a diretrizes do Banco Mundial e fortaleceu o conceito de que o mercado de trabalho deveria definir o conteúdo para a formação dos jovens. “A percepção que se tem é de que quem analisa o que é necessário para a formação dos jovens trabalhadores é o empresário e não mais os profissionais da educação”, afirmam as pesquisadoras e professoras universitárias Angela Salvadori e Maria Ignês Mancini, no estudo "A reforma da educação profissional nos anos 90: uma análise sobre as propostas e práticas no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso".
O decreto também dava a entender que a educação profissional poderia ser ensinada em qualquer lugar, desde que se cumprisse a carga horária exigida pelos parâmetros curriculares, segundo as autoras do estudo.
Na visão do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, não se pode confundir mundo do trabalho com mercado de trabalho, como aconteceu na gestão de Paulo Renato. “Não se pode ter uma educação que atenda única e exclusivamente as demandas do mercado de trabalho. Até porque essas demandas aparecem e desaparecem ao sabor de elementos sobre os quais não se têm controle”, descreve.
SEM EXPANSÃO
Por meio de outra legislação, lei 9.649/1998, no artigo 47, foi praticamente interrompida a expansão do ensino técnico federal. “A expansão da educação profissional, mediante criação de novas unidades de ensino por parte da União, somente poderia ocorrer em parceria com estados, municípios, Distrito Federal, setor produtivo ou ONGs, que seriam responsáveis pela manutenção e gestão dos novos estabelecimentos de ensino”, avaliam Angela Salvadori e Maria Ignês Mancini, no estudo.
Do ponto de vista da qualidade, as professoras universitárias detectaram que o currículo fragmentado e dissociado empurrou a educação tecnológica de natureza integral para o nível superior, empobrecendo os cursos técnicos. “O modelo de Educação Profissionalizante sugerido foi a busca de cursos com curta duração, baixo custo, e que atinjam a maior quantidade de alunos, desvinculados da pesquisa e da extensão”, resumem.
Ainda em 1997, Paulo Renato lançou o Programa de Reforma da Educação Profissional (Proep) com o objetivo de modernizar e expandir o sistema da educação profissional. O programa estabeleceu parcerias com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Entretanto, o Proep atuou muito mais na expansão de vagas do ensino técnico privado que na criação de vagas públicas, ao se propor a financiar entidades gerenciadas de forma comunitária e que mais tarde foram incorporadas pela iniciativa privada.
“Houve um aumento significativo de escolas técnicas particulares. Isso se deve a dos motivos: criação da lei federal nº 9.649 de 1998, que proíbe a criação de unidades da rede federal, a não ser em parcerias com o setor privado, estados, municípios ou Ongs e as escolas do segmento comunitário que nunca funcionaram e nunca ofertaram a quantidade de vagas previstas pelo Proep”, diagnosticaram as pesquisadoras.
Para a professora universitária Lúcia Maria Wanderley Neves, na prática as medidas implementadas durante o governo de FHC favoreceram a “exclusão social”. “O estudante pode vir a ter acesso à escola, mas não terá, necessariamente, acesso ao conhecimento”, cita a pesquisadora.
IMPLICAÇÕES
O presidente da CNTE acredita que as mudanças implementadas pelo ex-ministro Paulo Renato seguiram à lógica de importação de tecnologia e hoje, como conseqüência, o país sofre com a falta de profissionais em diversas áreas. “Temos uma falta muito grande profissionais porque o país não crescia. A lógica era: se é preciso tecnologia, importe-se do exterior e não se produza aqui”, detecta. Por isso, na visão de Leão, justificava-se a ausência de investimentos em educação tecnológica e formação de profissionais.
O enfoque dado ao ensino técnico por Paulo Renato também é alvo de críticas do deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT), membro da comissão de educação e cultura da câmara dos Deputados. “Hoje temos uma situação de contradição. Nós temos a economia em expansão, com franca oferta de empregos e até na construção civil o diagnóstico é de que não há mão de obra qualificada. Sem falar na indústria de ponta...”, destaca o parlamentar.
Abicalil condenou o fato de o ensino técnico de qualidade, que fazia parte do antigo segundo grau, ter sido substituído pelos "cursinhos de qualificação de 40 horas". Essa modalidade resultou, segundo o parlamentar, em baixa capacidade de melhorar a qualidade de vida e a renda das famílias. "(Esses cursos) foram aplicados aos milhões”, critica.
Além da “curtíssima duração”, os cursos de qualificação oferecidos pelo governo Fernando Henrique pecaram por não elevar a escolaridade e habilitar apenas para ocupações temporárias, acusa Abicalil. “O próprio Serra comete o ato falho de dizer que os cursos técnicos têm duração de um ano, um ano e meio, quando na verdade, os técnicos são de três a quatro anos”, aponta o parlamentar sobre as propostas do candidato do PSDB à Presidência da República.
O parlamentar também aponta incoerências na proposta de Serra de criar o Protec, uma espécie de Universidade para Todos (ProUni) do ensino técnico. "Serra não explica que o Protec não é oferta de curso. é oferta de bolsa. É a multiplicação desses cursinhos breves, temporários para ocupações precárias", condena.
Os cursos técnicos antes das alterações implantadas por Paulo Renato eram referência de qualidade, analisa o professor Camargo, da USP. “Sempre foi referência de qualidade, inclusive para entrar no vestibular. Alunos saíam e entravam direto em cursos concorridos”, destaca.
Segundo o pesquisador, em 2004, o decreto 5.154, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recompôs o ensino técnico, voltando a reuni-lo ao ensino médio. A legislação permite tanto que se curse de forma separada, como de forma conjunta. “Lei do Lula recoloca a questão do ensino médio e do ensino técnico juntos”, explica Camargo. Em 2005, o Projeto de Lei Complementar nº 70, alterou a lei nº 9.649/1998, e permitiu à União criar escolas técnicas e agrotécnicas federais e unidades descentralizadas.
ENSINO SUPERIOR
A principal recordação do pesquisador da USP, Rubens Camargo, sobre a política do governo FHC para o ensino superior é de recursos escassos, falta de professores e longas greves. Ele foi professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) de 1993 a 1998. "As recordações são muito ruins", declara. "Deixou muito tempo sem recolocar professores. Os recursos eram escassos e às vezes só chegavam no final do ano, a ponto de não poder utilizar e serem devolvidos para o Tesouro (Nacional)", diz o especialista.
Para Leão, presidente da CNTE, a gestão de Paulo Renato no MEC privilegiou o viés das escolas particulares e investiu pouco nas universidades públicas, que estavam sucateadas. "É a política do quem puder mais chora menos", define.
O deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT) cita que na época houve "a explosão das instituições privadas" no ensino superior, em oposição à qualificação das instituições públicas. "Ele incentivou indiretamente o ensino privado no país, à medida que restringiu a ação pública e ofereceu meio de expansão da oferta privada, sem contrapartida que hoje tem do ProUni", analisa o parlamentar”.
FONTE: reportagem publicada no site www.redebrasilatual.com.br e transcrita no portal do PT (http://www.pt.org.br/portalpt/nocrita no portal doticias/nacional-2/analistas-atribuem-paralisacao-do-ensino-tecnico-no-pais-a-ministro-de-fhc-27451.html).
O tema foi central durante toda a campanha eleitoral à Presidência da República. Desde o início, o candidato atualmente de oposição, José Serra (PSDB), aponta o ensino técnico como uma prioridade em um eventual governo comandado por ele. A visão de críticos contrasta com essa declaração, especialmente porque Paulo Renato foi secretário de Educação da gestão de Serra no governo de São Paulo.
Com o argumento de que a educação profissional brasileira (o antigo segundo grau) atendia a interesses elitistas, o então titular do MEC assinou o decreto 2.208 de 1997 que separou o ensino médio da educação técnica e, segundo profissionais da educação, empobreceu os currículos na educação profissional. “Praticamente destruiu, naquele momento, as escolas técnicas”, aborda Rubens Barbosa de Camargo, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
A iniciativa atendia a diretrizes do Banco Mundial e fortaleceu o conceito de que o mercado de trabalho deveria definir o conteúdo para a formação dos jovens. “A percepção que se tem é de que quem analisa o que é necessário para a formação dos jovens trabalhadores é o empresário e não mais os profissionais da educação”, afirmam as pesquisadoras e professoras universitárias Angela Salvadori e Maria Ignês Mancini, no estudo "A reforma da educação profissional nos anos 90: uma análise sobre as propostas e práticas no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso".
O decreto também dava a entender que a educação profissional poderia ser ensinada em qualquer lugar, desde que se cumprisse a carga horária exigida pelos parâmetros curriculares, segundo as autoras do estudo.
Na visão do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, não se pode confundir mundo do trabalho com mercado de trabalho, como aconteceu na gestão de Paulo Renato. “Não se pode ter uma educação que atenda única e exclusivamente as demandas do mercado de trabalho. Até porque essas demandas aparecem e desaparecem ao sabor de elementos sobre os quais não se têm controle”, descreve.
SEM EXPANSÃO
Por meio de outra legislação, lei 9.649/1998, no artigo 47, foi praticamente interrompida a expansão do ensino técnico federal. “A expansão da educação profissional, mediante criação de novas unidades de ensino por parte da União, somente poderia ocorrer em parceria com estados, municípios, Distrito Federal, setor produtivo ou ONGs, que seriam responsáveis pela manutenção e gestão dos novos estabelecimentos de ensino”, avaliam Angela Salvadori e Maria Ignês Mancini, no estudo.
Do ponto de vista da qualidade, as professoras universitárias detectaram que o currículo fragmentado e dissociado empurrou a educação tecnológica de natureza integral para o nível superior, empobrecendo os cursos técnicos. “O modelo de Educação Profissionalizante sugerido foi a busca de cursos com curta duração, baixo custo, e que atinjam a maior quantidade de alunos, desvinculados da pesquisa e da extensão”, resumem.
Ainda em 1997, Paulo Renato lançou o Programa de Reforma da Educação Profissional (Proep) com o objetivo de modernizar e expandir o sistema da educação profissional. O programa estabeleceu parcerias com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Entretanto, o Proep atuou muito mais na expansão de vagas do ensino técnico privado que na criação de vagas públicas, ao se propor a financiar entidades gerenciadas de forma comunitária e que mais tarde foram incorporadas pela iniciativa privada.
“Houve um aumento significativo de escolas técnicas particulares. Isso se deve a dos motivos: criação da lei federal nº 9.649 de 1998, que proíbe a criação de unidades da rede federal, a não ser em parcerias com o setor privado, estados, municípios ou Ongs e as escolas do segmento comunitário que nunca funcionaram e nunca ofertaram a quantidade de vagas previstas pelo Proep”, diagnosticaram as pesquisadoras.
Para a professora universitária Lúcia Maria Wanderley Neves, na prática as medidas implementadas durante o governo de FHC favoreceram a “exclusão social”. “O estudante pode vir a ter acesso à escola, mas não terá, necessariamente, acesso ao conhecimento”, cita a pesquisadora.
IMPLICAÇÕES
O presidente da CNTE acredita que as mudanças implementadas pelo ex-ministro Paulo Renato seguiram à lógica de importação de tecnologia e hoje, como conseqüência, o país sofre com a falta de profissionais em diversas áreas. “Temos uma falta muito grande profissionais porque o país não crescia. A lógica era: se é preciso tecnologia, importe-se do exterior e não se produza aqui”, detecta. Por isso, na visão de Leão, justificava-se a ausência de investimentos em educação tecnológica e formação de profissionais.
O enfoque dado ao ensino técnico por Paulo Renato também é alvo de críticas do deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT), membro da comissão de educação e cultura da câmara dos Deputados. “Hoje temos uma situação de contradição. Nós temos a economia em expansão, com franca oferta de empregos e até na construção civil o diagnóstico é de que não há mão de obra qualificada. Sem falar na indústria de ponta...”, destaca o parlamentar.
Abicalil condenou o fato de o ensino técnico de qualidade, que fazia parte do antigo segundo grau, ter sido substituído pelos "cursinhos de qualificação de 40 horas". Essa modalidade resultou, segundo o parlamentar, em baixa capacidade de melhorar a qualidade de vida e a renda das famílias. "(Esses cursos) foram aplicados aos milhões”, critica.
Além da “curtíssima duração”, os cursos de qualificação oferecidos pelo governo Fernando Henrique pecaram por não elevar a escolaridade e habilitar apenas para ocupações temporárias, acusa Abicalil. “O próprio Serra comete o ato falho de dizer que os cursos técnicos têm duração de um ano, um ano e meio, quando na verdade, os técnicos são de três a quatro anos”, aponta o parlamentar sobre as propostas do candidato do PSDB à Presidência da República.
O parlamentar também aponta incoerências na proposta de Serra de criar o Protec, uma espécie de Universidade para Todos (ProUni) do ensino técnico. "Serra não explica que o Protec não é oferta de curso. é oferta de bolsa. É a multiplicação desses cursinhos breves, temporários para ocupações precárias", condena.
Os cursos técnicos antes das alterações implantadas por Paulo Renato eram referência de qualidade, analisa o professor Camargo, da USP. “Sempre foi referência de qualidade, inclusive para entrar no vestibular. Alunos saíam e entravam direto em cursos concorridos”, destaca.
Segundo o pesquisador, em 2004, o decreto 5.154, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recompôs o ensino técnico, voltando a reuni-lo ao ensino médio. A legislação permite tanto que se curse de forma separada, como de forma conjunta. “Lei do Lula recoloca a questão do ensino médio e do ensino técnico juntos”, explica Camargo. Em 2005, o Projeto de Lei Complementar nº 70, alterou a lei nº 9.649/1998, e permitiu à União criar escolas técnicas e agrotécnicas federais e unidades descentralizadas.
ENSINO SUPERIOR
A principal recordação do pesquisador da USP, Rubens Camargo, sobre a política do governo FHC para o ensino superior é de recursos escassos, falta de professores e longas greves. Ele foi professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) de 1993 a 1998. "As recordações são muito ruins", declara. "Deixou muito tempo sem recolocar professores. Os recursos eram escassos e às vezes só chegavam no final do ano, a ponto de não poder utilizar e serem devolvidos para o Tesouro (Nacional)", diz o especialista.
Para Leão, presidente da CNTE, a gestão de Paulo Renato no MEC privilegiou o viés das escolas particulares e investiu pouco nas universidades públicas, que estavam sucateadas. "É a política do quem puder mais chora menos", define.
O deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT) cita que na época houve "a explosão das instituições privadas" no ensino superior, em oposição à qualificação das instituições públicas. "Ele incentivou indiretamente o ensino privado no país, à medida que restringiu a ação pública e ofereceu meio de expansão da oferta privada, sem contrapartida que hoje tem do ProUni", analisa o parlamentar”.
FONTE: reportagem publicada no site www.redebrasilatual.com.br e transcrita no portal do PT (http://www.pt.org.br/portalpt/nocrita no portal doticias/nacional-2/analistas-atribuem-paralisacao-do-ensino-tecnico-no-pais-a-ministro-de-fhc-27451.html).
VITÓRIA ASSEGURADA?
"Antes mesmo do último Ibope no "JN", com a diferença de Dilma sobre Serra subindo para 14 pontos, o "Financial Times" noticiava que, "a dois dias do encerramento da campanha presidencial, Dilma parece ter assegurado sua vitória no segundo turno".
Sublinhou declaração da petista, anotando que ela "vai manter o esforço de distribuição de renda" de Lula: "Não é só para o PIB que nós olhamos para ver se o Brasil está melhor ou não. O principal indicador é se nós mudamos as condições de vida da população, e nós mudamos, especialmente para os pobres."
FONTE: coluna “Toda Mídia”, de Nelson de Sá, na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2910201037.htm)
Sublinhou declaração da petista, anotando que ela "vai manter o esforço de distribuição de renda" de Lula: "Não é só para o PIB que nós olhamos para ver se o Brasil está melhor ou não. O principal indicador é se nós mudamos as condições de vida da população, e nós mudamos, especialmente para os pobres."
FONTE: coluna “Toda Mídia”, de Nelson de Sá, na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2910201037.htm)
SUPERAVIT PRIMÁRIO RECORDE REDUZ RELAÇÃO DÍVIDA/PIB NO BRASIL
“O setor público brasileiro registrou superavit primário de R$ 27,8 bilhões em setembro, maior valor da série histórica iniciada em dezembro de 2001, segundo informações do Banco Central. Tal resultado ocorreu graças às receitas levantadas pelo Tesouro com a operação de capitalização da Petrobras.
O valor supera o último recorde mensal, apurado em janeiro de 2008, de R$ 20,8 bilhões. Em mesmo período de 2009, o saldo positivo correspondeu a R$ 5,763 bilhões. Como o superávit primário superou os juros da dívida pública no mês, a relação entre dívida pública líquida e o Produto Interno Bruto (PIB) recuou a 41% no mês passado, frente a 41,4% do PIB em agosto.
"O superavit do governo central foi influenciado pelo recebimento de receitas da cessão onerosa pela exploração de petróleo, pagas pela Petrobras, em montante superior às despesas com a capitalização da empresa", esclareceu o BC em nota.
Com a forte arrecadação atípica, a economia feita pelo governo superou o volume de juros apropriados no mês e o país registrou um superávit nominal de R$ 11,782 bilhões.
JUROS
Os números sobre a evolução dos juros gerados pela dívida interna divulgados pelo Banco Central são ilustrativos da transferência de riquezas operada através dos governos para a oligarquia financeira.
O setor público consolidado (União, governos regionais e estatais) apropriou como pagamento de juros nominais um total de R$ 15,973 bilhões em setembro. Um ano antes, os gastos com juros corresponderam a R$ 16,664 bilhões.
De janeiro a setembro deste calendário, os juros somaram R$ 139,770 bilhões, ou 5,37% do Produto Interno Bruto (PIB). Um ano atrás, porém, o volume apropriado foi menor, de R$ 124,973 bilhões, embora maior como proporção do produto (5,45% do PIB).
Nos 12 meses terminados em setembro, os juros nominais foram de R$ 183,935 bilhões, o equivalente a 5,33% do PIB estimado. Nos 12 meses imediatamente anteriores, os juros nominais foram de R$ 184,626 bilhões, o equivalente a 5,39% do PIB estimado”.
FONTE: portal Vermelho (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=2&id_noticia=140438).
O valor supera o último recorde mensal, apurado em janeiro de 2008, de R$ 20,8 bilhões. Em mesmo período de 2009, o saldo positivo correspondeu a R$ 5,763 bilhões. Como o superávit primário superou os juros da dívida pública no mês, a relação entre dívida pública líquida e o Produto Interno Bruto (PIB) recuou a 41% no mês passado, frente a 41,4% do PIB em agosto.
"O superavit do governo central foi influenciado pelo recebimento de receitas da cessão onerosa pela exploração de petróleo, pagas pela Petrobras, em montante superior às despesas com a capitalização da empresa", esclareceu o BC em nota.
Com a forte arrecadação atípica, a economia feita pelo governo superou o volume de juros apropriados no mês e o país registrou um superávit nominal de R$ 11,782 bilhões.
JUROS
Os números sobre a evolução dos juros gerados pela dívida interna divulgados pelo Banco Central são ilustrativos da transferência de riquezas operada através dos governos para a oligarquia financeira.
O setor público consolidado (União, governos regionais e estatais) apropriou como pagamento de juros nominais um total de R$ 15,973 bilhões em setembro. Um ano antes, os gastos com juros corresponderam a R$ 16,664 bilhões.
De janeiro a setembro deste calendário, os juros somaram R$ 139,770 bilhões, ou 5,37% do Produto Interno Bruto (PIB). Um ano atrás, porém, o volume apropriado foi menor, de R$ 124,973 bilhões, embora maior como proporção do produto (5,45% do PIB).
Nos 12 meses terminados em setembro, os juros nominais foram de R$ 183,935 bilhões, o equivalente a 5,33% do PIB estimado. Nos 12 meses imediatamente anteriores, os juros nominais foram de R$ 184,626 bilhões, o equivalente a 5,39% do PIB estimado”.
FONTE: portal Vermelho (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=2&id_noticia=140438).
O SUCESSO DO BIODIESEL
“Uma pesquisa inédita da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentada (28/10) no Seminário Brasilianas sobre Biocombustíveis, lançou mais luzes sobre o programa que marcou mudança fundamental nas políticas públicas brasileiras.
Pela primeira vez decidiu-se amarrar objetivos sociais a um programa econômico, através da criação de uma série de mecanismos induzindo as empresas a apoiarem a agricultura familiar.
Segundo levantamentos de Cleber Lima Guarany – coordenador de Projetos de Biocombustíveis da FGV – hoje em dia a capacidade instalada no setor é de 5,1 milhões de m3, o dobro do necessário para atender às metas de B5 – mistura de 5% no diesel. Desse total, 42% estão no centro-oeste, 17% no sudeste, 25% no sul, 12% no nordeste e 4% na Amazônia.
A cadeia produtiva do setor começa com a produção de matéria-prima, transporte, beneficiamento e esmagamento na usina, transporte do biodiesel e venda nos mercados locais. Ao todo, emprega 1,3 milhão de pessoas.
A grande matéria prima do biodiesel continua sendo a soja. O programa ajuda a aumentar a cadeia de valor de soja.
Hoje em dia, o grão de soja é vendido a US$ 408 a tonelada, o farelo a US$ 377, o óleo de soja a US$ 377. Com o programa, a cadeia é enriquecida por dois novos produtos, o próprio biodiesel (US$ 1.158,00) e a proteína animal, subproduto do farelo, a US$ 1,711,00.
Em 2010, o sebo representou uma produção de óleo equivalente a 9% da produção de soja; e outros óleos a 16&. Em 2020, a estimativa é que o sebo represente 4% da produção de soja e outros óleos 39%. Mas a soja continuará sendo absoluta.
Até 2020 os investimentos totais no setor chegarão a R$ 14,85 bilhões e se concentrarão especialmente na produção do óleo de palma, girassol, mamona e canola.
O maior valor de produção deverá do óleo de palma, com receita total de R$ 4,5 bilhões em 2020.
Hoje em dia, 20% da matéria-prima para fabricação do biodiesel provem da agricultura familiar. Em 2010 são 108 mil famílias; em 2020 serão 570 mil famílias – ou 1.710.000 de pessoas.
O grande instrumento para motivar a compra da produção familiar foi o selo social. Para obtê-lo as empresas precisam se comprometer não apenas com a compra da produção familiar como da assistência técnica e do amparo de crédito.
A grande ferramenta de indução são as compras da Petrobras, para mistura no diesel. 80% das compras são para empresas que possuem selo social.
Hoje em dia vigora a mistura B5 (5% de mistura). Aumentando para B10, o país pararia de importar US$ 1,67 bilhão/ano de petróleo ou 3,51 milhões de m3.
Outra contribuição importante foi nos investimentos industriais. De 2005 a 2010 foram investidos US$ 4 bilhões no setor.
O grande desafio agora, para o próximo governo, será aumentar a quantidade de biodiesel na mistura.
Hoje em dia, com o setor tendo o dobro da capacidade para atender à demanda, há uma concorrência predatória nos leilões de compra. Com B10, se poderá atender imediatamente à nova demanda e planejar os investimentos para os próximos anos.”
FONTE: blog do jornalista Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-sucesso-do-biodiesel#more).
Pela primeira vez decidiu-se amarrar objetivos sociais a um programa econômico, através da criação de uma série de mecanismos induzindo as empresas a apoiarem a agricultura familiar.
Segundo levantamentos de Cleber Lima Guarany – coordenador de Projetos de Biocombustíveis da FGV – hoje em dia a capacidade instalada no setor é de 5,1 milhões de m3, o dobro do necessário para atender às metas de B5 – mistura de 5% no diesel. Desse total, 42% estão no centro-oeste, 17% no sudeste, 25% no sul, 12% no nordeste e 4% na Amazônia.
A cadeia produtiva do setor começa com a produção de matéria-prima, transporte, beneficiamento e esmagamento na usina, transporte do biodiesel e venda nos mercados locais. Ao todo, emprega 1,3 milhão de pessoas.
A grande matéria prima do biodiesel continua sendo a soja. O programa ajuda a aumentar a cadeia de valor de soja.
Hoje em dia, o grão de soja é vendido a US$ 408 a tonelada, o farelo a US$ 377, o óleo de soja a US$ 377. Com o programa, a cadeia é enriquecida por dois novos produtos, o próprio biodiesel (US$ 1.158,00) e a proteína animal, subproduto do farelo, a US$ 1,711,00.
Em 2010, o sebo representou uma produção de óleo equivalente a 9% da produção de soja; e outros óleos a 16&. Em 2020, a estimativa é que o sebo represente 4% da produção de soja e outros óleos 39%. Mas a soja continuará sendo absoluta.
Até 2020 os investimentos totais no setor chegarão a R$ 14,85 bilhões e se concentrarão especialmente na produção do óleo de palma, girassol, mamona e canola.
O maior valor de produção deverá do óleo de palma, com receita total de R$ 4,5 bilhões em 2020.
Hoje em dia, 20% da matéria-prima para fabricação do biodiesel provem da agricultura familiar. Em 2010 são 108 mil famílias; em 2020 serão 570 mil famílias – ou 1.710.000 de pessoas.
O grande instrumento para motivar a compra da produção familiar foi o selo social. Para obtê-lo as empresas precisam se comprometer não apenas com a compra da produção familiar como da assistência técnica e do amparo de crédito.
A grande ferramenta de indução são as compras da Petrobras, para mistura no diesel. 80% das compras são para empresas que possuem selo social.
Hoje em dia vigora a mistura B5 (5% de mistura). Aumentando para B10, o país pararia de importar US$ 1,67 bilhão/ano de petróleo ou 3,51 milhões de m3.
Outra contribuição importante foi nos investimentos industriais. De 2005 a 2010 foram investidos US$ 4 bilhões no setor.
O grande desafio agora, para o próximo governo, será aumentar a quantidade de biodiesel na mistura.
Hoje em dia, com o setor tendo o dobro da capacidade para atender à demanda, há uma concorrência predatória nos leilões de compra. Com B10, se poderá atender imediatamente à nova demanda e planejar os investimentos para os próximos anos.”
FONTE: blog do jornalista Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-sucesso-do-biodiesel#more).
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
DILMA: “QUEREMOS O CONTROLE DO PETRÓLEO PELOS BRASILEIROS”
FOTO: Roberto Stuckert Filho
“QUEREMOS O CONTROLE DO PETRÓLEO PELOS BRASILEIROS”
“Dilma Rousseff se reuniu quinta (28) com representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que declarou apoio ao projeto da candidata em relação à exploração do pré-sal. Após reunião com os petroleiros, a candidata fez questão de mostrar a diferença de projetos entre o PT e o PSDB em relação à Petrobras.
Segundo ela, o governo Lula deu força para a estatal e a transformou de uma empresa pequena na segunda maior empresa de petróleo do mundo. Hoje, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou a descoberta de mais uma grande área do pré-sal.
“Uma coisa me chamou a atenção na fala da FUP. A Petrobras era empresa pequena, tanto no que se refere ao número de empregados, quanto aos investimentos. Ela era uma empresa de US$ 15 bilhões", disse. "Hoje é a segunda maior empresa de petróleo do mundo. E isso aconteceu porque ao longo do governo nós fizemos um processo de valorização e fortalecimento da Petrobras. Ela foi capaz de voltar a investir em exploração e prospecção de petróleo, em refinarias e voltou a investir na produção de petroquímicos.”
PRÉ-SAL
Ela disse que o projeto tucano para a estatal e para a exploração é muito diferente e isso tem sido comprovado pelas declarações de aliados do candidato José Serra em entrevistas aos órgãos de imprensa. Os tucanos da equipe de José Serra têm criticado até mesmo o investimento da Petrobras no refino de petróleo no Brasil.
"O que nós queremos é o controle desse óleo na mão do povo brasileiro e não na de empresas estrangeiras”, disse, sobre o novo marco regulatório para exploração na camada pré-sal.
MÍDIA
Questionada sobre projetos de leis estaduais que visam o monitoramento da mídia, Dilma reafirmou que é contra qualquer controle de conteúdo editorial. Segundo ela, o único tipo de controle é do "controle remoto na mão do telespectador que pode mudar de canal quando não gostar no programa".
"Liberdade de imprensa é fundamental numa democracia e podemos nos vangloriar, porque apesar de sermos uma democracia recente, somos um país que sabe o valor da democracia", afirmou. "Eu em especial sei o valor da liberdade de expressão, opinião e imprensa. Sei que um país que abrir mão disso perde identidade, capacidade política e perde a esperança dos seus jovens, que é fundamental.”
PAPA
A petista comentou também as declarações do Papa Bento XVI, que recomendou a manutenção da posição contrária ao aborto. Dilma disse que tem uma opinião semelhante à do Para, de ser contrária ao aborto.
“Eu sou pessoalmente sou contra o aborto. Mas, sei que morre a cada dois dias morre uma mulher nessa circunstância e não acredito que alguém recomende que se prenda esses milhões de mulheres. Eu sou contra mudar a atual legislação sobre o aborto”, salientou a candidata.
Ela lamentou novamente que esse tema tenha sido explorado pelos adversários, de forma sorrateira e com calúnias, no primeiro turno das eleições”.
FONTE: Blog Dilma 13 (http://www.dilma13.com.br/noticias/entry/queremos-o-controle-do-petroleo-pelos-brasileiros/).
JOELMIR BETTING: CINCO RAZÕES PARA VOCÊ VOTAR EM DILMA
“Quer cinco razões elementares para votar em Dilma Rousseff — e não em José Serra — para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva? É simples. Veja este vídeo em que Joelmir Betting, em apenas 42 segundos e com muito didatismo, mostra o que é era o Brasil da era FHC-Serra e o que é o Brasil do governo Lula-Dilma.
Por André Cintra
O jornalista da TV Bandeirantes e da Band News não é petista, nem comunista, nem sequer esquerdista. Tampouco usou seu espaço na TV para pedir voto explicitamente em Dilma — o que, para todos os efeitos, nem é necessário. Afinal, o comentário que ele levou ao ar na noite desta quarta-feira (27) é a tradução do ditado segundo o qual não podemos brigar com os fatos.
A quatro dias das eleições, Joelmir revela como a economia brasileira avançou nos últimos oito anos — de outubro de 2002 a outubro 2010 —, em cinco aspectos: taxa de inflação, valor do dólar, crescimento do PIB, índice de desemprego e risco-país. Com todo respeito à campanha Serra, é um massacre."
FONTE: portal Vermelho (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=140387&id_secao=6).
CONFIRMADA NOVA RESERVA GIGANTE NO PRÉ-SAL
“A Agência Nacional de Petróleo confirmou que as reservas de petróleo na área do pré-sal na bacia de Santos (SP) superam em muito as mais otimistas previsões. Só amanhã será revelado o volume oficial, mas as estimativas é de que variem de 8 a 16 bilhões de barris recuperáveis, o que torna a área a maior reserva petrolífera já descoberta no país.
Confirmadas as expectativas mais otimistas, a área poderá ter mais petróleo do que todas as reservas brasileiras, descontada a primeira área do pré-sal, onde fica o poço de Tupi, que começou a operar comercialmente hoje. Tupi, até agora a maior área, pode ter seté 8 bilhões de barris, o que seria, entretanto, apenas metade do novo campo.
Libra, nome que tomou a prospecção, não foi objeto de nenhuma concessão pela legislação deixada por Fernando Henrique Cardoso e, portanto, o poço será explorado pela Petrobras e a União o concederá em troca do maior volume de óleo oferecido por quem se habilitar a explorá-lo, garantido um mínimo de 30% para a estatal brasileira.”
FONTE: escrito por Brizola Neto e publicado em seu blog Tijolaço (http://www2.tijolaco.com/29547).