quinta-feira, 24 de março de 2011

PETROBRAS DUPLICARÁ RESERVAS EM 5 ANOS


EXPECTATIVA MAIS OTIMISTA É CHEGAR A 36 BILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO E GÁS RECUPERÁVEIS, AFIRMA A PETROLEIRA

JOSÉ SERGIO GABRIELLI, PRESIDENTE DA EMPRESA, DIZ QUE SOMENTE NESTE ANO ESTÃO PREVISTOS R$ 93 BILHÕES EM INVESTIMENTOS

“A Petrobras deve mais do que duplicar suas reservas nos próximos cinco anos, estimou (terça-feira, 22) o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.

Na melhor das perspectivas, a companhia acumularia potencial de 36 bilhões de barris de petróleo e gás recuperáveis.

"Tirando as empresas 100% governamentais no mundo, provavelmente é a maior reserva. Atualmente, as reservas da Petrobras são de cerca de 15 bilhões de barris de petróleo e gás".

Para os próximos cinco anos, a petrolífera trabalha com a adição de 10 bilhões a 16 bilhões de barris de petróleo e gás, baseada em descobertas que estão próximas de serem declaradas comercialmente viáveis em áreas do pré-sal na bacia de Santos e no pós-sal das bacias de Campos e Espírito Santo.

A Petrobras conta, ainda, com os 5 bilhões de barris que serão cedidos pela União, dentro da cessão onerosa no processo de capitalização. Gabrielli disse que a estatal produzirá 850 milhões de barris neste ano.

INVESTIMENTOS

Ele informou que o plano de negócios da empresa está sendo revisado e indicou que os investimentos deverão subir. Estão previstos US$ 224 bilhões de 2010 a 2014. "Somente neste ano, nossa previsão é investir R$ 93 bilhões", afirmou.

Sobre a intenção demonstrada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de ampliar a compra de petróleo do Brasil, Gabrielli disse que os americanos têm que criar condições para valorizar uma possível aliança estratégica. Citou como exemplo o incentivo à instalação de empresas americanas no Brasil, ou a viabilidade de facilidades comerciais.

"Neste momento, eles não têm como valorizar essas relações estratégicas", ressaltou, lembrando que o país governado por Obama é o principal destino das exportações da Petrobras.

Sobre o preço do petróleo, Gabrielli afirmou ainda não ver estabilização em novo patamar, apesar da alta recente. Por isso, disse, não há planos de ajuste no preço dos combustíveis.

Ele destacou que a Petrobras adota a mesma política de preços há oito anos.

"Neste momento, não há clareza se esse patamar de US$ 110, US$ 115 ficará estável. Há muita volatilidade, por influência da crise na Líbia e do terremoto no Japão."

FONTE: reportagem de Cirilo Junior publicada na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2303201116.htm) [imagem do google adicionada por este blog].

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