sexta-feira, 8 de abril de 2011

EMBRAER AMPLIA SUA ÁREA DE ATUAÇÃO NA CHINA

                                        Legacy

ACORDO COM ESTATAL CHINESA AVIC PODE SER ANUNCIADO DURANTE A VISITA DA DILMA

“A Embraer negocia com a China a possibilidade de construir jatos executivos da família Legacy no país. Esse seria um caminho para evitar o fechamento da fábrica que a companhia brasileira possui na cidade de Harbin em parceria com a estatal Avic, que entregará as duas últimas encomendas do avião regional ERJ-145 no fim de abril. A expectativa da empresa e do governo brasileiro é chegar a um acordo que possa ser anunciado durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China, que começa oficialmente na próxima terça-feira.

O mercado de aviação executiva na China está engatinhando, mas a previsão dos analistas é a de que o país comprará 470 jatos particulares nos próximos dez anos. A China já tem o segundo maior número de bilionários do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com poder de fogo suficiente para ter seus próprios aviões executivos. A Embraer já vendeu três Legacy e um Lineage para clientes chineses. O preço das aeronaves é de US$ 30,5 milhões e US$ 50,5 milhões, respectivamente.

CONTINUAR NA CHINA

O objetivo inicial da companhia brasileira era usar a fábrica na China para produzir o E-190, avião com capacidade para até 120 passageiros que passou a ser mais demandado pelas companhias aéreas chinesas do que o ERJ-145, de 50 lugares. Mas as negociações se arrastam há meses, sem um sinal positivo do governo chinês. Qualquer que seja o desfecho das conversas sobre a produção de jatos executivos, a Embraer continuará a operar na China.

Além dos aviões que são fabricados em Harbin, a empresa brasileira exporta ao país asiático aeronaves que saem de sua linha de montagem em São José dos Campos. No ano passado, os embarques da Embraer para a China somaram US$ 368,4 milhões, cifra inferior apenas às vendas realizadas para os Estados Unidos, de US$ 423,7 milhões.

AVIAÇÃO REGIONAL

Segundo Guan, a empresa já vendeu 65 jatos E-190 para a China, dos quais 38 foram entregues. Existem outros 44 aviões ERJ-145 voando no país, aos quais se somarão os dois últimos que serão produzidos na fábrica de Harbin até o fim de abril. "Nosso produto é extremamente competitivo e temos 70% do mercado de aviação regional na China", observa Guan, se referindo ao segmento que abrange aeronaves de até 120 lugares.

No ano passado, a Embraer criou uma subsidiária na China para prestar serviços de assistência técnica a seus clientes no país. Além disso, a empresa assinou, nos últimos meses, contratos com quatro empresas de leasing chinesas para financiar a venda de seus aviões no país. O mais recente deles foi firmado há menos de uma semana com a Minsheng Financial Leasing.”

FONTE: publicado no “Monitor Mercantil” e transcrito no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/aviacao/noticia/474/Embraer-amplia-sua-area-de-atuacao) [imagem do google adicionada por este blog].

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