terça-feira, 28 de junho de 2011

'VERDISMO', O ÚLTIMO REDUTO DOS 'NEOLIBERAIS'


Por Paulo Henrique Amorim

“Estava o ansioso blogueiro prematuramente acordado, quando viu num jornal local da TV Globo discussão apavorante.

Tratava-se de uma apresentadora a entrevistar economista neoliberal agora convertido ao verdismo.

(O verdismo é biscate de muito neoliberal desempregado com a ruína do neoliberalismo em 2008).

Tratava-se de ensinar à parva dona de casa que não se deve entupir a pia com banha.

De preferência, não se deve jogar resíduo sólido –daquele tipo a que se referiu o Padim Pade Cerra para tratar do “Bolsa Família”– na pia.

Mas, evitar também óleo de cozinha.

Foram intermináveis 49 minutos de verde bestialógico.

O neoliberal não deve ter visto uma dona de casa de Classe C há aproximadamente dez décadas.

Deve achar que se trata de uma parva que joga óleo de soja, esparadrapo, lata de Coca Zero, palito, rolo de papel higiênico … tudo na pia.

Que a dona de casa da Classe C, D ou E não sabe lavar a louça.

Não sabe educar os filhos.

Não sabe cuidar da saúde deles.

E leva a Globo a sério.

Na sexta feira cheia de sol na Avenida Atlântica, lê-se na seção da Economia (sic) do Globo, a notável colona (*) da urubóloga: um tratado catastrófico de coloração verde.

Como se sabe, a urubóloga é a melhor Economista que o neoliberalismo brasileiro produziu.

Agora, ela se converteu ao verdismo, diante do retumbante fracasso de sua urubologia no campo da Economia.

A Blablarina Silva, como se sabe, não consegue, sequer, permanecer no Partido Verde.

Ela que foi, desde sempre, linha auxiliar do Cerra.

Mesma posição, genuflexal (é assim mesmo, revisor; obrigado), aliás, do Partido Verde em São Paulo.

Como os comunistas do PPS, que só não foram mais para a direita cerrista, carola, que os comunistas da Argentina.

O Brasil desmoralizou os Verdes.

Nos Estados Unidos –como Al Gore-, eles estão à esquerda do espectro político.

Na Alemanha.

Aqui, como diz o meu amigo Miro Borges, presidente do Barão de Itararé, verde é antônimo de vermelho.

E cabide de emprego.

Na Globo.

Que deve achar que o verdismo é um jeito de ser moderninho, que a Classe C adora.”

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.”

FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e publicado em seu portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/06/24/verdismo-o-ultimo-reduto-dos-neoliberais/).

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