sexta-feira, 19 de agosto de 2011
MINISTRO PEDIU DEMISSÃO E CONFIDENCIA QUE SERRA PAUTOU DENÚNCIAS DA MÍDIA
“Alvo de denúncias de corrupção, ministro Wagner Rossi, da Agricultura, pediu demissão. Em carta enviada à presidenta Dilma Rousseff, disse que foi alvo de "campanha" da mídia e que só "um político brasileiro" conseguiria pautar “Veja” e “Folha de S. Paulo”, que lhe fizeram acusações. Segundo assessor direto, a alusão foi a José Serra (PSDB). Dilma diz "lamentar" que Rossi não tenha contado com "presunção da inocência".
Por André Barrocal
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pediu demissão na quarta-feira (17/08) dizendo-se vítima de uma “campanha sórdida” empreendida por uma “parte podre da imprensa” e, particularmente, por dois órgãos de comunicação, por trás dos quais estaria “um político brasileiro”.
“Sei de onde partiu a campanha contra mim. Só um político brasileiro tem capacidade de pautar 'Veja' e 'Folha' e de acumular tantas maldades fazendo com que reiterem e requentem mentiras e matérias que não se sustentam por tantos dias”, afirma Rossi, na carta de demissão que mandou à presidenta Dilma Rousseff. O texto foi divulgado pela assessoria de imprensa do ministério.
Segundo um auxiliar direto de Rossi, o “político brasileiro” em questão seria o ex-governador de São Paulo e presidenciável derrotado por Dilma no ano passado, José Serra, do PSDB.
Indicado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, Rossi, que também é do PMDB, está na mira de denúncias de corrupção há cerca de um mês.
Tudo começou com a demissão de um ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) pego em ato irregular. Exonerado, Oscar Jucá Neto deu entrevista à revista “Veja” acusando Rossi de corrupto. Daí em diante, o ministro e auxiliares não tiveram mais sossego.
A gota d'água foi a publicação, na terça-feira (17/08), de reportagem do jornal “Correio Braziliense”, segundo a qual Rossi teria usado um jatinho de uma empresa do setor agrícola em troca de favorecimento a ela.
Na carta de demissão, Rossi disse que o faz em atendimento a um “carinhoso ultimato” da esposa e dos filhos.
O substituto dele, por ora, será o secretário-executivo José Gerardo Fontelles, servidor público de carreira que assumiu o cargo na terça-feira. Ele substituiu Milton Ortolan, que pediu demissão depois de uma reportagem dizer que ele permitia –e tirava proveito de– a ação de um lobista dentro do ministério.
Em nota oficial divulgada pela assessoria de imprensa da presidência, Dilma Rousseff disse que "lamenta profundamente" a saída de Rossi e que também lamenta "que o ministro não tenha contado com o princípio da presunção da inocência diante de denúncias contra ele desferidas."
[COMPLEMENTAÇÃO deste ‘democracia&política’: segundo publicado no blog “Os amigos do Presidente Lula”, Rossi reclamou que o crescimento do PMDB na capital paulista tem assustado os postulantes à prefeitura paulistana no ano que vem. Principalmente a José Serra, como sempre fortemente apoiado pela “Veja” e “Folha”. Os peemedebistas vislumbram, finalmente, a possibilidade de eleger um candidato ao governo municipal. Para isso, filiaram o deputado federal Gabriel Chalita, muito próximo do governador Geraldo Alckmin. Chalita se elegeu pelo PSB, mas sua migração para o PMDB foi negociada diretamente com o vice-presidente Michel Temer.
Rossi acredita que o que motivou a referida campanha teria sido o crescimento do PMDB em São Paulo, onde a sigla é presidida pelo filho do ex-ministro, Baleia Rossi. Referência: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/08/rossi-sai-e-acusa-um-politico-adinhem-o.html]
FONTE: escrito por André Barrocal e publicado no site “Carta Maior” (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18271) [imagem do Google e título adicionados por este ‘democracia&política’].
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