sábado, 24 de setembro de 2011
DILMA SEM PUNHO DE RENDAS
Por Eliane Cantanhêde
“Dilma capitalizou bem o "fato histórico" de ser a primeira mulher a abrir a Assembleia-Geral da ONU, mas falou de "homem para homem", como se dizia no século passado, ao se contrapor a Barack Obama. Ou melhor, contrapor o Brasil aos EUA e, por tabela, aos países ricos. Senão, vejamos.
Ela enfatizou que há violações dos direitos humanos "em todos os países, sem exceção", citando inclusive a pena capital. Pois os EUA são useiros e vezeiros em usar os foros internacionais nessa área para espezinhar adversários, mas têm pena de morte e o fantasma de Guantánamo.
Também lembrou "as dolorosas consequências de intervenções que agravaram os conflitos". O Iraque está aí para contar essa história.
E foi incisiva e muito aplaudida ao defender o Estado palestino, dizer que o Brasil já o apoia nas bases de 1967 e ressaltar que a maioria dos membros da ONU tem a mesma posição. Obama, logo em seguida, ficou falando sozinho numa posição oposta.
O recado mais direto foi na economia, mas Dilma, aí, não mirou só os EUA. Sobrou para todo lado. Ao se dispensar de elencar os culpados pela crise internacional, já que está "suficientemente claro" quem são, ela disparou que não podem querer decidir o que fazer. "Todos têm o direito de participar das soluções."
O golpe final: nos EUA, 14 milhões de desempregados; na Europa, 44 milhões (para a Comissão Europeia, metade disso). Já o Brasil vive "praticamente um ambiente de pleno emprego".
Ao bater na tecla da cadeira permanente no Conselho de Segurança, Dilma disse que o Brasil "está pronto a assumir suas responsabilidades". Mas, cá pra nós, ficou claro que, tivesse chegado lá, estaria dando uma seca-pimenteira na maior potência planetária para acabar com a prática de voto único. Se, por acaso, os EUA “analisavam com carinho” [puro fingimento] a reivindicação, devem ter mudado de ideia.”
FONTE: escrito Eliane Cantanhêde e publicado na Folha de São Paulo” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2309201104.htm) [imagem do google e entre colchetes no último parágrafo adicionados por este blog].
Preferia que ela não tivesse aceito aquela safadeza de aumentar o ipi. Ferir a constituição e regras da OMC não é digno de uma pessoa séria. E aproveita e vende a Petrobras e diminui o preço da gasolina. O que eu ganho com o petróleo do meu país ser controlado por uma empresa nacional se eu pago muito caro por ela. Porque a gasolina que a Petrobras vende é mais barata que a vendida aqui? Não ta fazendo nada que preste neste governo. Que venha logo DEM E PSDB. Foram eles, os entreguistas, que tiraram o Brasil do buraco, o Lula só se aproveitou. PT nunca mais. Se vender para as 4 grandes foi a gota d'água. Aliás, ta faltando nesse blog uma reportagem sobre essa verdadeira cagada que o governo fez. A Jac já cancelou investimentos. Estamos com má fama lá fora agora, de um país que não respeita as regras do jogo. Milhares de empregos ameaçados, as ''nacionais'' já se aproveitaram e aumentaram o preço de suas carroças, afinal, esse desgoverno fez o favor de acabar com a concorrência. Mas eles tem mesmo que fazer isso, afinal tem que recuperar todo o dinheiro que colocaram no bolso da Dilma e do Mantega, pessoa aliás, que perdeu completamente o respeito que eu tinha por ele.
ResponderExcluirBomba11,
ResponderExcluirSeus argumentos fazem-me pensar como o nosso bom Brasil abriga grande diversidade cultural e intelectual.
Parecem-me, também, coerentes com a melhor parcela da elite demotucana.
Maria Tereza
Maria Tereza, obedecer a constituição não é questão de opinião. É dever de todo cidadão, seja ele petista, demotucano ou apartidário, como eu.
ResponderExcluir"Porque a gasolina que a Petrobras vende é mais barata que a vendida aqui?". Bomba11, se com esse trecho do seu comentário você se refere ao preço da gasolina exportada,informo que sobre esse preço não incorrem os tributos que há no mercado interno. Assim ocorre com os produtos exportados em todo o mundo, com raras exceções.
ResponderExcluirNo caso, o Governo não obedeceu à norma instituída no art. 150, alínea "c", da CF 1988. Assim, deu margem a que as próprias importadoras contestassem, em juízo, tal procedimento, bem como a possíveis ações demagógicas de partidos políticos, o que de fato está ocorrendo.
ResponderExcluirNão é só por ser exportado sem ser taxado por vários impostos. É porque por aqui a Petrobras não tem concorrência. É a única distribuidora. Dessa forma pratica os preços que quiser. E como vc mesmo disse Fluxo, não obedeceu a constituição, além de regras da OMC.
ResponderExcluirMas uma coisa esse governo está fazendo direito. Está privatizando aeroportos, embora sempre critiquem a oposição por terem vendidos empresas nacionais, os chamando de entreguistas. Estão fazendo o mesmo, mas pode ter certeza que na próxima eleição vão levantar essa bandeira mais uma vez. Hipocrisia, nós vemos por aqui.
Bomba11,consulte, se assim quiser: http://democraciapolitica.blogspot.com/2011/03/precos-dos-combustiveis-resposta-da.html, talvez possa elucidar mais algum detalhe.
ResponderExcluirHá outras distribuidoras, sim, mas só quem refina é a Petrobrás.
Vejamos o caso do álcool cujo preço é controlado pelas Usinas Sucroalcooleiras, setor em que há bastantes produtores, mas nem por isso há concorrência. Ademais, as usinas podem, dependendo do mercado, produzir açúcar ou álcool, dependendo das vantagens de mercado.
Espero o seu retorno.
Fluxo, a Petrobras pode não estar repassando a volatilidade do petróleo para as bombas, pois o lucro dela já é muito alto. E sim, há outras distribuidoras, mas quem fornece para elas, estipulando o preço, e a Petrobras. É só uma forma de mascarar o monopólio. Quanto ao preço do álcool, é alto pois apesar de ter muitos concorrentes, a oferta é baixa. Então eles podem colocar o preço que quiserem. Uma solução para nos proteger um pouco do alto valor dos combustíveis seria diminuir os impostos para os carros elétricos, só que nós já vimos esse filme. Para proteger o mercado da Petrobras, o governo faz de tudo.
ResponderExcluirJá passou da hora de esquecermos essa idéia de querermos ser donos de tudo a qualquer preço. Só de o governo liberar o mercado de petróleo no Brasil, o preço dos combustíveis cairia. E é bom lembrar que como o frete está incluso no preço de tudo o que compramos, com a queda do mesmo, os preços, no geral cairiam, aliviando a inflação, possibilitando assim a redução da selic, diminuindo dessa forma os gastos do governo com juros e por fim transformando em sonho a realidade de impostos menores. Da mesma forma, se o governo parasse de gastar tanto, essa redução de imposto seria possível. E é bom lembrar que esse aumento de gastos não está sendo revertido para áreas chaves como a infraestrutura. Olhe por exemplo o PAC, como não avança. Se faz necessária uma urgente reforma tributária e até porque não dizer burocrática. Nosso país pode até ter dinheiro, mas não consegue usar.
Também vou compartilhar uma informação interessante com vc. Muitos ingleses, até mais do que os escoceses, apoiam a independência da Escócia e em Portugal já até se cogitou dar a independência à Madeira. Porque? Porque eles estão cansados de sustentar essas duas regiões, sendo obrigados a viver sobre um regime fiscal mais apertado. É uma pena a idéia por aqui não ser a mesma. Até hoje temos no nosso país pessoas reclamando da venda de empresas estatais á iniciativa privada. Se isso não tivesse acontecido, hoje não teríamos celulares, por exemplo. Não digo que deveríamos vender a Petrobras, pois ela é eficiente, mas o governo tem que parar de superprotegê-la, passando a conta para nós. Eu não quero ser dono de muito petróleo e pagar caro por ele, ter a quinta maior produção de automóveis do mundo e pagar o dobro do que um mexicano paga por um carro feito aqui e exportado pra lá. Se esse governo fosse demotucano também estaria reclamando. Não me importada a ideologia. Me importa o que está sendo feito, e da maneira como está, não está bom. Reformas urgentes não está sendo realizadas, o imposto continua altíssimo, o governo continua se vendendo, como vimos agora nesse caso de aumento de IPI, o Mercosul não avança, continuamos a ser um país fechado, comercialmente falando, nossa infraestrutura é uma droga, e os investimentos para reverter esse quadro são pífios, etc.