segunda-feira, 24 de outubro de 2011

BNDES FINANCIARÁ R$ 8 BILHÕES PARA EÓLICAS


VALOR É DE PEDIDOS DE FINANCIAMENTO PARA A ENERGIA A PARTIR DO VENTO; EMPRÉSTIMOS EM 2011 CHEGARÃO A R$ 4,5 BILHÕES

Brasil tem grande potencial por ventos bons e constantes; crise nos EUA e Europa atrai fabricantes para o país

“Os investimentos em energia eólica no país estão em franca expansão. Um dos termômetros desse comportamento, a carteira de pedidos de financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), disparou neste ano e atingiu R$ 8 bilhões. Os desembolsos do banco para parques eólicos em 2011 devem chegar a R$ 4,5 bilhões, segundo estimativa da chefe do departamento de energia elétrica do banco, Márcia Leal. A carteira representa os pedidos de empréstimo, enquanto os desembolsos são os recursos efetivamente liberados.

Se a expectativa do banco se concretizar, representará crescimento de mais de 14.000% sobre as liberações de empréstimo do ano passado -de R$ 649 milhões. Nos nove primeiros meses de 2011, esse valor já quase triplicou e atingiu R$ 1,6 bilhão.

A explicação para a explosão dos investimentos em energia eólica está em dois pilares. O primeiro é o potencial efetivo do Brasil, com ventos bons e constantes.

O segundo é a crise na economia mundial, especialmente com a retração dos investimentos de EUA e Europa em energia eólica, que fez com que o Brasil atraísse grandes fabricantes de equipamentos de aerogeração. "Há seis anos, havia apenas três fabricantes de equipamentos eólicos no país. Hoje eles são 13", diz o diretor-executivo da ABEEÓLICA (Associação Brasileira de Energia Eólica), Pedro Perrelli.

Agora, empresas como Impsa, Wobben, GE, Vestas, Suzlon, Gamesa, Alstom e Siemens têm fábricas de equipamentos e aerogeradores em solo brasileiro.

A possibilidade de nacionalização dos componentes e o interesse de grupos multinacionais em produzir esse tipo de energia alternativa no país acirraram a competição nos leilões de energia promovidos pelo governo e jogou os preços para baixo.

"Há redução de 20% a 25% em média nos preços da energia eólica a cada ano, e isso está fazendo com que ela seja mais competitiva ante outras fontes energéticas", diz o gerente de energias alternativas do BNDES, Luis André Sá d'Oliveira.

Nos últimos cinco leilões de energia realizados desde 2009, foram contratados 5.785 MW (megawatts) de potência instalada. Hoje, a energia eólica representa menos de 1% da matriz de geração nacional, mas, até 2014, quando todos esses projetos estiverem concluídos, chegará a 5% da capacidade instalada de geração no país.

O número de investidores interessados em instalar parques eólicos não para de crescer. Hoje, são 27 empresas: desde Petrobras e Eletrobras, como construtoras como Odebrecht e Queiroz Galvão, a grupos privados de energia como CPFL e Neoenergia.”

FONTE: reportagem de Leila Coimbra na Folha de São Paulo  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2010201103.htm) [imagem do google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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