sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
NÃO ENTENDI MAIS ESSA DA “FOLHA”
[OBS deste blog ‘democracia&política’:
Todos nós sabemos que a “Folha de São Paulo”, assim como todos os demais veículos da chamada “grande” imprensa (exceto a “Carta Capital”) luta intensamente há dez anos pela volta da direita demotucana ao poder. Usa para isso todos os meios, limpos e sujos, legais ou ilegais, evidentes ou disfarçados, meias-verdades ou mentiras construídas, sempre contra o governo federal (Lula e Dilma).
Tenta parecer imparcial para não perder o que lhe resta de credibilidade. Porém, sempre se percebe as suas maldades, por mais que às vezes venham muito bem escondidas, até subliminares.
Contudo, hoje estou frustrada. Ainda não percebi a mensagem negativa na matéria (ver a seguir) publicada na Folha de São Paulo e com chamada na 1ª página do portal UOL, do Grupo Folha. O assunto não é de maior importância (roupa da presidenta), mas, mesmo assim, esperava-se, no mínimo, um deboche, alguma ridicularização da Dilma. Esse seria o comportamento tradicional da mídia. Não percebi isso no texto. Será que minha percepção está com defeito? Ou será que alguns setores da oposição, mais pragmáticos, estão querendo preservar a imagem de Dilma, pois, como já expressou Gilberto Maringoni no “Carta Maior”: “A indústria midiática perdeu a batalha eleitoral, mas ganhou politicamente em 2011. Ela conseguiu impor sua agenda quase integralmente ao governo Dilma Rousseff. Perdeu na embalagem, mas ganhou no conteúdo.”
Transcrevo a reportagem da “Folha”:]
“SEM APELAR PARA UNIFORME, DILMA TEM VISUAL CONSAGRADO POR ESTILISTAS
Por Vivian Whiteman, na “Folha”
“Começou em pé de guerra e terminou em consagração o "ano fashion" da presidente Dilma Rousseff.
No dia da posse, muitos esperavam dela um modelo alinhado em vermelho-PT. Outros insistiam que ela vestisse algo assinado por uma das grandes grifes brasileiras. Contrariando a todos, apareceu num conjunto branco assinado por sua amiga Luisa Stadtlander, modista gaúcha até então desconhecida.
A presidente, com muita habilidade, soube virar esse jogo ao longo de 2011. Nunca botou a roupa em primeiro plano, não apelou para nenhum tipo de "uniforme" repetido em série e não precisou vestir marcas de luxo nacionais ou estrangeiras para demonstrar seu apoio ao mercado de moda e ganhar a confiança do setor.
Manteve Luisa como sua estilista oficial e seguiu em frente. Quando teve chance de falar sobre suas roupas, deixou sempre claro que é uma mulher sem muita paciência para emperiquitações no visual e que preferia ser assessorada por uma senhora que compreendia esse traço de sua personalidade, deixando-a segura.
Aos poucos, os conjuntos foram ficando menos sisudos. Mais relaxada, a dupla de amigas investiu em pequenas mudanças, sem trair o jeitinho da presidente.
Mas o ponto áureo do ano foi o discurso de Dilma na ONU. Luisa não é nenhum Alexandre Herchcovitch no quesito criatividade, evidente, mas tem seus momentos de brilho simbólico.
Vestiu Dilma de renda suíça azul para o compromisso nas Nações Unidas. Não o branco óbvio da falsa e hipócrita promessa da paz universal, mas um azul de céu que promete abrir em sol.
E a renda, tecido símbolo da transparência elegante. Foi a transparência (não a da renda, mas a da política) um dos aspectos mais comentados pelos brasileiros que deram a Dilma índices recordes de aprovação nesse primeiro ano de governo.
As revistas mais importantes do mundo e, durante a última temporada de desfiles em Nova York, o estilista brasileiro Francisco Costa, diretor de criação da Calvin Klein e um dos papas da elegância mundial, elogiaram o porte e os looks da presidente. Muitos outros fizeram coro.
Assim, com muita discrição e habilidade na costura, Dilma driblou um certo esnobismo dos fashionistas, as maledicências dos machistas e a patrulha dos que acham que uma mulher em cargo de poder deve se vestir como um general truculento.
Durona sem perder a ternura, Dilma terminou 2011 levando o Brasil ao título de sexta maior economia do mundo sem perder o rebolado no modelo. Como diria a irônica Luisa (não a Stadtlander, mas a famosa Marilac): "e houve boatos de que ela estaria na pior".
FONTE: reportagem de Vivian Whiteman, na “Folha de São Paulo” (http://www1.folha.uol.com.br/poder/1026987-sem-apelar-para-uniforme-dilma-tem-visual-consagrado-por-estilistas.shtml) [título, imagem do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
Concordo. Tem alguma coisa errada. Vem lapada por aí. Só pode ser.
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