sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
“FLOR POR FLOR, PETRÓLEO POR PETRÓLEO”
“Há meses atrás, no auge do entusiasmo otomano em elevar o tom das ameaças a seu vizinho do Sul, o ministro das Relações Exteriores da Síria respondeu que a "cada flor jogada para a Síria, a mesma retornaria com outra". O tempo vem mostrando que a intervenção militar na Síria pela porta turca não é algo fácil de se realizar e que, geralmente, as estradas não são de mão única.
Por Assad Frangieh, no “El-Marada”
Dias atrás, os conselhos do governo turco ao vizinho iraquiano foram duramente rebatidos como intervenção em assuntos internos, acusando Ancara de treinar oficiais iraquianos para um golpe militar, de incentivar conflitos religiosos e de tentar interceptar uma ordem jurídica de Bagdá que acusa o vice-presidente Tarek Al-Hashimi de terrorismo e tentativa de assassinato de Nouri Al-Maliki. "Se a Turquia tentar intervir em assuntos internos do Iraque, faremos igual. O que não falta é terreno fértil para tal." Foi a declaração da base do governo do Iraque, largamente divulgada na imprensa.
A União Europeia, representando os interesses dos Estados Unidos e Israel, decidiu criar sanções de importação do petróleo iraniano, porém, sem data para o início de sua aplicação. A diplomacia americana sempre prefere colocar seus aliados na frente do confronto, literalmente para deixar alternativa de conciliação. A resposta de Teerã foi rápida. As manobras no Estreito de Ormuz foram claras. Se não houver petróleo iraniano na Europa, não haverá petróleo para exportar do Golfo Pérsico. "Petróleo para todos ou para ninguém." Nenhum navio passará pelo estreito e nenhum suprimento maior será possível pela Arábia Saudita.
Ali Al-Nahimi, ministro do petróleo saudita, tinha prometido a seu colega iraniano Rustum Kassimi que não haveria aumento de produção em qualquer tentativa de pressão econômica sobre o Irã. Parece que cumprir promessa não é o forte de alguns governos. Num conflito armado, os mísseis não vão mirar apenas a frota e bases americanas. Os aliados no Golfo não serão poupados.
Pela reação da diplomacia norte-americana, estamos no pós-"Petróleo por Petróleo". O assassinato do físico iraniano tomou dimensões amplas. Há indícios de o nome do físico ter sido entregue por um observador da “Agência Internacional de Energia Atômica” e sua execução feita por um grupo radical sunita financiado por agentes israelenses disfarçados em agentes da inteligência americana. Imediatamente, os Estados Unidos negaram sua participação no ato, enviando uma carta para Teerã por três vias: o canal iraquiano de sua confiança, a embaixada suiça que representa seus interesses no país e o escritório do Irã nas Nações Unidas. Um sinal de seu interesse em manter a diplomacia das negociações e não da guerra. Isso desmascarou a armadilha israelense de envolver seus aliados em Washington num confronto com Teerã. A resposta iraniana já tem seu alvo. É Tel Aviv.
Para se perpetuar, é preciso mais do que manuais de administração e inteligência. É preciso História e Cultura, e isso não falta no Oriente, de Gaza a Pequim.”
FONTE: escrito por Assad Frangieh, no “El-Marada”, e transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=173491&id_secao=9) [título e imagem do Google adicionados por este blog ‘democracia&política’].
Tá aí o assunto de novo Maria Tereza...
ResponderExcluir20/01/2012: China dá o primeiro passo para reciclar os petrodólares
MK Bhadrakumar, Indian Punchline
China tiptoes to petrodollar recycling
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
http://redecastorphoto.blogspot.com/2012/01/china-da-o-primeiro-passo-para-reciclar.html
Probus,
ResponderExcluirObrigada.
Sobre o importante e pouco difundido assunto "saída do petrodólar", postei hoje (21) dois textos que abordam o tema.
Maria Tereza
22/01/2012: Sucre: Uma moeda virtual contra a ditadura do dólar
ResponderExcluirCriado em 2010, o Sucre (Sistema Único de Compensação Regional de Pagamentos), moeda virtual para o comércio entre os países da Alba (Alternativa Bolivariana para os Povos da Nossa América), além de fortalecer as economias do bloco é um forte mecanismo de integração regional. Em conversa com o Vermelho, o economista e professor da Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), Luciano Severo, esclarece como funciona este sistema.
Por Vanessa Silva, da redação do Vermelho
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=173716&id_secao=7
24/01/2012: Moeda da integração, Sucre segue com crescimento vigoroso
ResponderExcluirDurante 2011 foram realizadas 431 operações comerciais por meio do Sistema Unitário de Compensação Regional de Pagamentos (Sucre), informou o primeiro vice-presidente do Banco Central da Venezuela (BCV), Eudomar Tovar.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=173923&id_secao=7
24/01/2012: China encoraja o uso directo do iuan e do ien no comércio com o Japão
ResponderExcluirDo ODiario.info
Num quadro em que a China ultrapassou o Japão situando-se como a segunda maior economia mundial, a Academia Chinesa de Ciências Sociais conclui que “as nações asiáticas precisam de reestruturar os seus padrões de crescimento de modo a reforçar o comércio regional e a cooperação nas áreas monetária e de investimentos, precavendo-se contra a queda de exportações para os Estados Unidos e a União Europeia.”
http://www.outroladodanoticia.com.br/inicial/28845-china-encoraja-o-uso-directo-do-iuan-e-do-ien-no-comercio-com-o-japao.html