segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
MALVINAS OU FALKLANDS?
“Aula de geografia. A professora mostra o mapa da América do Sul para os alunos. Ao falar da Argentina, comenta que existe um arquipélago em disputa com o Reino Unido. Como deveríamos chamar: Malvinas ou Falkland? A resposta a essa questão indicará a preferência não apenas da professora, mas de todos que se manifestem sobre o tema.
Por Gilberto Rodrigues
Em 2012, completam-se 30 anos da Guerra das Malvinas/Falkland. Uma guerra que a ditadura argentina perdeu para o governo conservador britânico de Margareth Tatcher, a “Dama de Ferro”. Para os argentinos, um capítulo triste e vergonhoso de sua história. Para os britânicos, ao som de “We are the champions” (Nós somos os vencedores), do Queen, um momento de afirmação de sua soberania sobre as ilhas e de seu poderio militar, em plena Guerra Fria.
Passadas três décadas, a Argentina segue reivindicando com barulho a soberania sobre as Ilhas Malvinas (“Las Malvinas son Argentinas”) e os britânicos continuam fleumáticos e impassíveis nas Ilhas Falkland. Porém, fatos novos entram em cena e estão alterando o equilíbrio de forças políticas e diplomáticas nesse embate.
Os países da UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), sob a liderança do Brasil, não querem que nenhum país de fora da região faça exercícios militares no Atlântico Sul. O Reino Unido não apenas teima em manter suas naves bélicas como anunciou que irá explorar petróleo no território marítimo das ilhas. Em razão disso [por mais essa razão], a UNASUL passou a declarar apoio à Argentina em seu pleito. Mais: Argentina e Uruguai proibiram qualquer empresa que explore petróleo nas Malvinas de utilizar os seus portos e de atuar no país.
Já os habitantes das ilhas "preferem" ficar com os britânicos e reagem indignados à política de Buenos Aires.[OBS deste blog: após a invasão das ilhas Malvinas e expulsão dos argentinos, esses “habitantes” da "Falkland" são militares e funcionários britânicos e suas famílias e descendentes. Seria como, no Iraque, fazer uma enquete se os soldados norte-americanos das tropas invasoras preferem continuar com suas cidadanias ou se preferem ser iraquianos]. Mas a Casa Rosada afirma que todos nas Ilhas são manipulados pela Corte de St. James. Não há dúvida de que está em curso a maior estratégia de defesa coletiva contra a soberania britânica sobre as Malvinas/Falkland até hoje vista. Não à toa, o Chanceler William Hague veio ao Brasil em busca de apoio à posição britânica, preparando futura visita do Príncipe William. Por enquanto, Malvinas/Falkland permanece como a dupla expressão dos mapas isentos."
FONTE: escrito Gilberto Rodrigues, professor do curso de Relações Internacionais da Faculdade Santa Marcelina. Foi professor visitante da Universidade de Notre Dame (EUA), doutor em Relações Internacionais pela PUC-SP, mestre pela Universidad para La Paz (ONU/Costa Rica) e pós-graduado pela Universidade de Uppsala (Suécia). Artigo publicado no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=174080&id_secao=9) [imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
Las Malvinas son Argentinas!!!
ResponderExcluirProbus,
ResponderExcluirEu não tenho dúvida que são argentinas. Não é escolha subjetiva, emocional. Devo estar certa. Análises e manifestações oficiais do Itamaraty sempre assim afirmaram.
Maria Tereza