quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

IRÃ NÃO TITUBEARÁ E SE DEFENDERÁ SE FOR ATACADO, DIZ EMBAIXADOR


O Irã não dará o primeiro passo para provocar confronto bélico com outros países, mas se algum de seus inimigos, como Israel, "cometer o erro de atacar", os iranianos se defenderão "sem hesitações", assegurou na segunda-feira (6) o embaixador iraniano na Espanha, Morteza Safari.

Em entrevista à agência [espanhola de notícias] EFE, Safari se referiu ao aumento do clima de tensão entre Estados Unidos, Israel e o Irã nas últimas semanas, nas quais se cogitou a possibilidade de que os israelenses estejam preparando ataque contra o país persa.

"Não acho que haja enfrentamento bélico. O Irã não dará o primeiro passo nesse sentido, não somos a favor de que haja guerra, mas se algum de nossos inimigos, como Israel, cometer o erro de atacar, com toda segurança o Irã defenderá seus direitos", ressaltou Safari.

O diplomata avaliou que o aumento da tensão entre EUA, Israel e o Irã é "forma de criar guerra psicológica" contra as autoridades de Teerã, mas destacou que o Irã "não se deixará vencer por esse clima e essa tensão".

Safari revelou ainda que as autoridades de seu país avaliaram "a realidade atual e as contradições" internas dos Estados Unidos e Israel e chegaram à conclusão de que "não estão em condições" de atuar militarmente contra o Irã.

Outro elemento que, segundo o diplomata, leva a crer que Washington não poderia se aventurar a iniciar conflito bélico neste momento é a difícil situação econômica que o país vive.

"As autoridades americanas e israelenses não podem cometer o erro (de atacar o Irã). Isso seria suicídio", declarou Safari.

O embaixador também indicou que o embargo da União Europeia às importações de petróleo iraniano só prejudicará "os países e os cidadãos do velho continente".

Segundo Safari, a Europa compra, atualmente, 18% da produção petrolífera iraniana, quantidade que o Irã pode "sem problemas" colocar em outros mercados quando os europeus deixarem de adquiri-lo.

O embargo europeu terá, ainda, outras consequências, como alta do preço do petróleo em 30%, o que representará mais renda para o Irã, argumentou o embaixador.”

FONTE: reportagem da agência espanhola de notícias EFE transcrita no site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/4689/Tambores-de-Guerra--Ira-nao-titubeara-e-se-defendera-se-for-atacado--diz-embaixador).

3 comentários:

  1. Algumas considerações sobre o Irã e a Síria

    Por James Petras

    (Comentários para a CX36 Rádio Centenário, no Uruguai)

    "Essa é outra armadilha em que caem os esquerdistas tontos, idiotas úteis que sempre condenam a Síria, sem entender que se trata de

    um esforço imperialista

    em

    repetir a

    experiência da

    Líbia, onde hoje o caos impera. O povo perdeu todos os benefícios e empregos que tinham durante o governo de Kadafi. O mesmo poderá acontecer na Síria. Por esta razão, a maioria do país não quer esta intervenção".

    Atualmente, é recorrente que o Irã vai

    cortar

    as exportações de petróleo à

    Grécia,

    Espanha e Itália,

    como forma de antecipar o embargo anunciado pelos países europeus.

    Mais uma vez os países

    imperialistas da

    Europa tomando

    decisões que vão prejudicar o

    sul da Europa.

    Os países líderes não serão afetados por uma possível restrição sobre as exportações do Irã, pois recebem seu petróleo da

    Arábia Saudita, da

    Rússia

    e de outras partes.

    Por esta razão, agora existe um perigo. Caso a

    Europa

    anuncie

    um embargo contra o Irã, o mesmo irá cortar as exportações e colocar a grande parte da Europa imersa numa crise ou, pelo menos, aprofundar a situação catastrófica existente.

    Isso mostra que o Irã não está disposto a entregar-se aos países imperialistas. O Irã está capacitado a exportar o petróleo à Ásia, não dependendo da Europa. A Europa só constitui 18% do mercado do Irã. E, se os europeus impuserem um embargo, seguindo a liderança do império norte-americano, a

    China

    poderá

    comprar mais petróleo do Irã, assim como a Índia e outros países da Ásia.

    Isso mostra, mais uma vez, que o Irã tem a capacidade de enfrentar o imperialismo, tomar medidas de defesa e contestar as agressões.

    E, além disso, escutamos muitas vezes sobre o projeto de

    armas nucleares

    no Irã. Hoje, o Irã declarou estar disposto a

    conceder que os

    investigadores

    das Nações Unidas tenham

    acesso

    a qualquer centro nuclear, perguntem a qualquer cientista e possam investigar qualquer documento. Isso mostra a

    transparência do

    Irã e como as acusações, principalmente as movidas pelos EUA e por Israel, são falsas e

    fabricadas para

    montar

    campanhas de difamação. O Irã não possui programa nuclear, isso é um consenso entre todos os especialistas.

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  2. Agora, o que dizem os Estados Unidos é que,

    no futuro, poderão ter...

    Como os EUA sabem sobre o

    futuro, quando não sabem nem como manejar suas próprias políticas orçamentárias do dia a dia?

    Aí, outra vez, devemos defender o direito do

    Irã em seguir como

    país independente, contra

    todas

    as agressões do

    mundo imperialista.

    Isso

    não implica que

    devamos aprovar o caráter

    religioso que influi sobre a política. Uma coisa é que o Irã tenha que mudar sua forma de governar, outra coisa

    são os países imperialistas

    lançarem

    campanhas militaristas

    contra um país

    pacífico.

    Isso nos leva a

    outra contradição relacionada

    à Síria. A Síria é um país

    independente,

    soberano e

    secular. Agora, encontra-se sob o ataque e armado. Ultimamente, as fotos publicadas nos jornais mostram pessoas encapuzadas com metralhadoras, atirando sobre os soldados e contra o governo, ocupando os subúrbios de Damasco, a capital. Todas as pesquisas mostram que na grande cidade de Alepo e também em Damasco,

    a grande maioria está

    contra os terroristas;

    os mercenários tentam

    derrubar

    o governo a partir da

    força e da

    violência.

    Em todas as reportagens não são mencionados quantos

    civis estes

    terroristas matam,

    não são mencionados quantos soldados são

    assassinados.

    Só falam de vítimas. E vítimas, para eles, são apenas as

    de oposição e não as

    vítimas que

    apoiam

    o governo e os

    setores militares.

    Essa é outra armadilha em que caem os esquerdistas tontos, idiotas úteis que sempre condenam a Síria, sem entender que se trata de um esforço imperialista em repetir a experiência da Líbia, onde hoje o caos impera. O povo perdeu todos os benefícios e empregos que tinham durante o governo de Kadafi. O mesmo poderá acontecer na Síria. Por esta razão, a maioria do país não quer esta intervenção.

    E quero acrescentar uma coisa, pois muitos outros mostram que existem sírios nas ruas, protestando contra o governo. Historicamente, a conquista imperial no mundo passa pelo uso de

    mercenários...

    França, Inglaterra e agora os Estados Unidos utilizam

    colaboradores nacionais, internos e, especialmente,

    importam mercenários de

    outros países

    para fazer o trabalho sujo.

    Eu estou lendo uma história do império inglês e, na conquista do país hindu, milhares de centenas de mercenários conquistaram a Índia. Depois, utilizaram os hindus para conquistar a África. E, depois, trataram de

    montar um ataque, no século XIX, para conquistar a

    América Latina, onde fracassaram.

    Porém, esta é a utilização dos mercenários e, mesmo tratando de dar uma roupagem progressista, é uma tática velha, de 300 anos de uso, já que os países europeus utilizam somente oficiais militares para dirigir as tropas de mercenários e isso agora se repete.

    www.radio36.com.uy

    Tradução: Maria Fernanda M. Scelza (PCB)

    Crédito:4.bp.blogspot.com

    http://port.pravda.ru/mundo/10-02-2012/32909-petras_siria-0/

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  3. Probus,
    Também ótimo artigo. Obrigada. Você tem peneira (julgamento) muito boa para garimpar bons textos pela internet. E de fontes muito diversificadas. Se você abrisse um blog, faria sucesso.
    Maria Tereza

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