sábado, 31 de março de 2012
NA ÍNDIA, DILMA CONDENOU A ADOÇÃO ABUSIVA DE SANÇÕES À SÍRIA, PALESTINA E IRÃ
Por Renata Giraldi, repórter da Agência Brasil
“A crise nos países muçulmanos foi tema do discurso da presidenta Dilma Rousseff quinta-feira (29), no encerramento da 4ª Cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Delhi, na Índia. Dilma defendeu a busca pela paz na Palestina e na Síria e o direito de o Irã desenvolver seu programa nuclear, desde que com fins pacíficos. A presidenta defendeu a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, formado por 15 países, dos quais apenas cinco têm assento permanente [e direito de veto].
Dilma condenou, ainda, a adoção de sanções de forma indiscriminada e repudiou a violência e as violações aos direitos humanos. A presidenta ressaltou que o caminho é o da diplomacia e do diálogo. Segundo ela, os países do BRICS podem colaborar na busca pela paz. “Os olhos do mundo estão voltados para nós e somos, sem dúvida, a esperança”, disse.
Nas negociações sobre a definição territorial da Palestina, Dilma advertiu que a adoção de restrições econômicas e financeiras na região só agrava a situação como um todo. “[A adoção] indiscriminada de sanções tem provocado a deterioração das relações [como um todo]”, disse ela.
Em relação à onda de violência que domina a Síria há um ano, provocando pelo menos 9 mil mortos e denúncias de violações de direitos humanos, como estupros, torturas e agressões a crianças e adolescentes, a presidenta condenou os atos violentos.
Dilma lembrou que o Brasil apoia as negociações do "enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe" na Síria, Kofi Annan, que recomendou um plano de paz no país. Terça-feira (27), o presidente sírio, Bashar Al Assad, indicou que pretende adotar o plano, que prevê cessar-fogo [obviamente se for de ambos os lados da guerra civil] e a criação de um corredor humanitário, entre outros aspectos.
Para a presidenta, é fundamental também que o Irã tenha o direito de desenvolver seu programa nuclear. Ela ressaltou que o Brasil é favorável às pesquisas nucleares com fins pacíficos. A "comunidade internacional" [como se autodenominam Israel, EUA e seus aliados europeus] desconfia que os iranianos desenvolvam armas atômicas nas suas pesquisas.
Dilma chegou terça-feira (27) à Índia, onde fica até hoje (31). Também participaram das reuniões da 4ª Cúpula do BRICS o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes Hu Jintao (China), Dmitri Medvedev (Rússia) e Jacob Zuma (África do Sul). Todos concederam entrevista coletiva conjunta na quinta-feira (29).”
FONTE: reportagem de Renata Giraldi, repórter da Agência Brasil. Colaborou Karla Wathier, de Nova Delhi, na Índia. Editada por Juliana Andrade (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-29/na-india-dilma-condena-adocao-de-forma-indiscriminada-de-sancoes-citando-siria-palestina-e-ira) [Título, imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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